Terça-feira, 20 de fevereiro de 2024 - 10h24
Anda
o País (que digo eu?) o mundo, preocupado com a corrupção, e é mal difícil de
estripar.
Já
o nosso Sá de Miranda, em carta a El-Rei, lamentava: " Onde há homens há
cobiça."
E
Diógenes percorria atarefado as artérias de Atenas, em busca de Homens, e ao
que se saiba, faleceu sem os ter encontrado.
Já
que estou em época de citações, trago aqui, novamente, o Sá de Miranda ao
referir-se ao filósofo que ia de aldeia a aldeia: " Vou-me por aqui
buscando/Entre tantos homens um. / Neste vão trabalho ando; / Inda não achei
nenhum." - " Poesias".
Nem
eu acharia por mais voltas que desse à cidade, se por tontaria me dedicasse à
tarefa e, muito menos, se andasse por gabinetes atapetados e climatizados,
porque o dinheiro corrompe o mais honesto.
Mas
sabem-me dizer o que é um ladrão?
Responde
D Francisco Manuel de Melo, no: " Escritório Avarento Apólogos
Dialogais", pela voz de corsário:
Sendo
levado à presença do Grande Alexandre, modesto pirata, que infestava as costas
macedónicas, saqueando e pilhando, foi severamente advertido pelo Imperador.
Este
repostou: " Não me maltrate, que tu e eu ambos temos um próprio ofício,
mas com tal diferença: que a ti, porque roubas o mundo cercado de exércitos, te
saúdam as gentes por monarca, e a mim, que com poucos companheiros faço
pequenos danos me infamam de corsário!"
Na
verdade, quando o pobre, o insignificante, rouba, a sociedade, a mass-media,
apelida-o de gatuno ou larapio; mas quando o rico, o importante, rouba, é
deslize e desvio ou ainda, engano.
É
a justiça do mundo! A bitola como somos avaliados e julgados.
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