Terça-feira, 21 de junho de 2022 - 14h52
Quando
foi implantado, no Brasil, cotas para facilitar indivíduos de origem africana a
ingressarem no ensino superior – diria raça, se não fosse politicamente incorrecto,
– ergueram-se muitas vozes discordantes. Uma, foi a minha. Modesta, sim, mas
sincera, na imprensa brasileira, portuguesa e noutros países.
Discordei,
porque todos somos ou devíamos ser, iguais, seja – cor, etnia, religião e sexo
que for.
Discordei,
porque sou contrário a cotas, e se tiver que haver, devem basear-se apenas no
rendimento de cada um ou no agregado familiar.
Quantas
pessoas de cor branca, vivem – no Brasil, – em favelas imundas e debaixo de
pontes e viadutos, sem qualquer recato, em mínimas condições de higiene, mas
são, muitas vezes, preteridas, por serem de cor branca!
Também
não sou a favor de cotas para mulheres, para ocuparem cargos políticos, no
parlamento, governo e empresas.
Sou
contra, porque considero deprimente. As mulheres devem-se impor pelo mérito –
pelo saber e competência, – e não pelo sexo.
Depois,
quando se vê uma mulher nesses cargos, fica-se na dúvida, se ocupa pela
competência ou apenas por ser mulher.
Lamenta-se
que nos parlamentos europeus, as mulheres se encontrem em minoria.
Não
vejo qualquer problema nisso, porque o bom senso indica, que se deve escolher
sempre, para esses cargos, os mais competentes e não o sexo.
Amigo
meu – já falecido, – dizia, por graça: que tinha que existir equidade na
admissão ao ensino superior, já que há nas Faculdades, em regra, mais alunas
que alunos. Pois – não é verdade, – em tudo deve haver igualdade? - Concluía.
O
que deveria preocupar, não é haver mais mulheres ou homens, mas sim: que os
representantes sejam competentes e justos, que cuidem do bem-estar da
comunidade, e não deles.
Deixemo-nos
de cotas, de guerra de sexos, e que homens e mulheres, que ocupam cargos
importantes, sejam criaturas honestas, honradas, justas, e tementes a Deus.
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