Sábado, 18 de julho de 2020 - 12h04
Em
Portugal há estranha hipocrisia, que leva a condenar todos, que tiveram a
infelicidade de cair na desgraça.
Enquanto
o político, o industrial, a figura pública, ocupa lugar de respeito, todos o
bajula e admira.
Dizem
alguns, com pontinha de inveja: “ É um grande homem! Subiu a pulso!”.
O
Chefe do Estado apressa-se a cobri-lo de condecorações, a mass-media tece-lhe
rasgados louvores, e o comum dos cidadãos rende-se ao dinheiro, afirmando:
graças à “inteligência” e “saber”, tornou-se o orgulho da nação.
Mas,
se por volte face, da fortuna, perde prestígio e dinheiro, os que o bajulavam,
passam a descobrir-lhe defeitos. E os amigos, que se branqueavam na farta mesa,
afastam-se, e declaram lastimosamente: “ Estávamos enganados ou enganaram-nos”.
Por vezes a “justiça”, da praça pública, é acompanhada pela
judicial…
Descobre-se,
então, o que há muito se conhecia ou suspeitava-se: cambalachos degradantes,
mas que ninguém tinha coragem de os revelar.
Quem
tem o pundonor de levantar a voz para dizer: crime!; quando o poderoso se encontra
em cargo de relevo?
No
Concilio de Trente, só o bom Arcebispo de Braga, teve coragem de censurar o
comportamento dos cardeais, perante a estupefação de ilustres eclesiásticos e
descendentes de honrados príncipes…
O
que se passa em Portugal, ocorre, igualmente, na totalidade das nações.
A
isso costumo chamar hipocrisia, para não apelidar de coisa pior.
Nas
empresas, esse comportamento, verifica-se nos trabalhadores, lisonjeando o
chefe, enquanto este se mantêm na graça da administração; uma vez retirado o
tapete – como popularmente se diz, – escorrega e cai, e poucos são os que o
defendem, a não ser correligionários, receosos de perder a proteção do
camarada. Esse repugnante comportamento faz -me recordar a velha e relha
história do leão moribundo:
Os
animais da floresta visitam-no. Entre eles, o burro, que ao despedir-se,
atira-lhe parelha de coices.
O
leão quebrado, estertorante, exclama em voz dolorida:
-
Também tu, reles animal! …
Quando
o Rei Leão estava na pujança, todos o honravam e alegravam-se com sua
companhia. Mas…
O
Homem é o rei dos animais, mas é certamente o mais hipócrita.
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