Domingo, 21 de janeiro de 2024 - 10h30
São muitos os que se indignam - e com razão, -
da exploração de crianças, no mundo do trabalho; e poucos os que se preocupam
com os chamados meninos-prodígios, que tantas vezes são tratados, pelos
progenitores, como verdadeiros escravos.
Sei que me vão dizer ou pensar: São "
vitimas" da Arte. Trabalham pelo prazer e pela vaidade.
Mas quantos não puderam nem podem brincar,
porque os pais os obrigaram e obrigam a treinos constantes, para estarem aptos
a participarem em competições desportivas, artríticas ou teatrais?
Passam e passaram noites mal dormidas,
percorrendo feira em feira, circo em circo até altas horas, angariando dinheiro
aos progenitores.
Recordo a ginástica Nadia Comannecci, que
alcançou importantes medalhas nos Jogos Olímpicos, para seu País podesse
orgulhar-se da conquista de medalhas de oiro. Mas a que preço? De constantes
sacrifícios, treinos forçados e infância perdida.
Lembro-me, de Saul e do notável futebolista -
hoje multimilionário, Cristiano, que iniciou a carreira na Madeira, aos nove e
entrou no Sporting. aos onze, sendo titular aos dezassete anos.
E também do extraordinário Lionel Messi, que
começou a fulgurante vida de futebolista aos sete e aos treze foi para
Barcelona, sendo titular aos dezasseis. Dir-me-ão: jogar a bola não é trabalho;
trabalho é explorar os menores, para ajudarem os pais nas lidas domésticas ou
nas tarefas agrícolas e oficina.
Não decorreu ainda uma década - penso eu, - que
jornalista surpreendeu rapazinho, em plena serra transmontana a guardar o
rebanho paterno.
Levantou-se a mass-media, indignada - criança
de tão pouca idade devia estudar e não ser pastor!
Tratava-se de filho de agricultores remediados,
que frequentava a escola secundária, mas por gosto, em horas de lazer, subia à
serra com o gado do pai, para recreio. O problema é que a pastorícia não é
Arte, mas trabalho, portanto - exploração infantil,
Crime é o comerciante levar o filho para a
loja, no intuito de o coadjuvar ou o lavrador solicitar ajuda ao filho, nas
labutas agrícolas. Porque o menor não pode nem deve trabalhar, asseveram os
políticos e certos intelectuais.
Até 1841 era permitido as crianças trabalharem
em todo o mundo. Depois foi proibido, em França, ou melhor: só podiam trabalhar
com mais de oito anos!"...
Em Portugal, só no reinado de D. Carlos é que
se levantou a questão do trabalho infantil.
No nosso tempo, na maioria dos países, o
trabalho infantil está proibido, embora ainda se pratique em alguns, mas
ilegalmente.
Os nossos velhos diziam (com razão?)" O
trabalho do menino é pouco, mas mais louco é quem não o aproveita. Claro que só
executavam – penso eu, - nessa época e na nossa terra, tarefas de acordo com
idade. Caso contrário seria a crime.
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