Quinta-feira, 6 de janeiro de 2022 - 14h11
A
escola no tempo de santo Agostinho, era teatro de pancadaria brava. Era a
palmatória, a bofetada, e até o chicote, que trabalhava, por qualquer engano ou
esquecimento.
No Brasil, no princípio do século XIX, as
crianças, na escola, eram tratadas às palmatoadas. Palmatória – que por vezes,
tinha um espinho, – e a vara nodosa, silvava, frequentemente, pela cabeça e
orelhas, com alfinete na ponta, por qualquer engano.
Quando
não se sabia a lição, o professor, ainda castigava, pondo o estudante, de
braços abertos, de joelhos, sobre grão de milho!
Em
meados do século XX, em Portugal e Europa, a escola era ainda lugar de suplicio
quase inquisitorial.
O
professor batia desalmadamente, deixando, por vezes, as mãos e as orelhas ensanguentadas.
Um
dos prazeres sádicos de muitos professores, era fecharem as mãos dos jovens e
baterem nos nós dos dedos, com régua em esquina!
Trindade
Coelho sofreu essa barbaridade na escola primária, e mais tarde num colégio do
Porto, foi-lhe aplicado, como castigo, 37 palmadas seguidas!...
No
meu tempo de menino, ainda se infringiam castigos severos, com palmatória, em
regra nas escolas públicas, apesar de ser expressamente proibido.
Num
colégio respeitável, nos anos cinquenta, os alunos da "Primaria" se não
conhecessem a lição, na ponta da língua, eram postos de joelhos sobre as
carteiras, durante horas...
Felizmente
essas barbaridades são agora do passado.
Se outrora os pais e os professores foram
demasiadamente severos, agora são "camaradas", ao ponto dos filhos
baterem nos progenitores e maltratarem os mestres.
Não
sou favorável à palmada, mas casos há, que boa palmada, resolve melhor que
muita pedagogia.
Recentemente
vi petiz a pontapear a mãe, na via pública, e esta envergonhada, mandava-o
estar quieto, enquanto o menino ia-lhe batendo ferozmente nas canelas...
Os
pais receiam castigar os filhos, para não serem condenados pela opinião
pública, e até pelas autoridades; e o mesmo receio verifica-se no professorado
e nas educadoras de infância.
E
pena é que seja assim, porque se está a "educar" uma geração rebelde,
malcriada, que se rege apenas pelo prazer.
Será
como dizem a geração mais instruída: não digo: mais culta; mas será,
certamente, a mais violenta e imoral. Uma geração sem valores e sem Deus.
Paulatinamente
estamos a assistir ao declínio da civilização cristã; para isso contribui,
decididamente, a mass-media e a classe politica.
Se
queremos sociedade mais justa, respeitadora, não basta instruir, é mister:
educar, baseado em princípios cristãos. Devemos, como cristãos, respeitar os
agnósticos e a religião e costumes dos outros, mas nunca abdicar das nossas
tradições e dos ensinamentos de Cristo.
A
não ser que se queira acabar com a nossa civilização.
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