Segunda-feira, 28 de dezembro de 2020 - 10h03
Escutei
esta frase, de católica “ fervorosa”, referindo-se ao sacerdote da sua
paróquia. Como lhe dissesse, que é dever do crente contribuir, consoante suas
posses, para a manutenção do templo, replicou:
-
“A Igreja é rica! Veja: o Vaticano e alguns santuários! …”
A
mesma senhora, noutra ocasião, defendeu a tese do casamento de sacerdotes.
Argumentou, que o padre, a exemplo do pastor, deveria – se o desejasse, –
contrair matrimónio.
Não
sou contra padres casados, até concordo, pois a esposa poderia auxiliá-lo,
aconselhando os jovens, e na catequese de crianças; mas receio, que nem todas
seriam dignas de serem mulher de sacerdote, e os filhos – com seu
comportamento, – poderiam ainda causar escândalo.
Mas,
o problema mais grave – a meu ver, – é que os paroquianos teriam de arcar com a
despesa da família…A côngrua, quando há, suportaria o encargo?
Claro,
em paróquias, em que todos ou quase todos, pagam o dízimo, seria viável. (Os
que pregam o evangelho, devem viver dele) – ICor: 9,14
Quando
passei férias no interior, frequentei a Igreja, onde o pároco, na prática
insistia na obrigação de pagar, anualmente, a côngrua, para manter o templo – a
casa de Deus, – com dignidade.
Conheci,
nessa ocasião, o médico da povoação, que me contou não frequentar a paróquia,
porque o padre andava, sempre a falar da côngrua. No seu parecer, a diocese
deveria arcar com a manutenção…
Alguns
problemas – penso eu, – resolver-se-iam com o diaconato.
Tenho
amigo, que sempre me rebate, quando falo de diáconos. Diz-me que não é o mesma
coisa, que padre.
Eu
sei que não é; mas na ausência deste, é melhor do que nada.
Há
décadas que defendo a vantagem da Igreja fomentar o diaconato.
Há
reformados católicos, de elevado grau cultural e académico, que deveriam ser
aproveitados. Os idosos poderiam – e bem, – servir a Igreja, gratuitamente, ou
quase, já que possuem pensões, que lhes permitiriam sobreviver sem
sobrecarregar o orçamento da paróquia.
Se
o assunto fosse ventilado, nas homilias e imprensa católica, por certo,
sugeriam candidatos – verdadeiros discípulos de Cristo, – para servir a Igreja.
Antigamente,
falou-se muito na vantagem de existir: Bilhete de Identidade Católico, com os
sacramentos recebidos, passado pela diocese, e anotado pelos párocos.
Seria
prático e útil.
Queria
ainda abordar, o problema de sacerdotisas, mas será matéria para outra crónica.
Acredito,
que há muitas pretendentes, apenas por vaidade; mas mulheres, como a Irmã
Teresa de Calcutá, ou a Irmã Faustina, seriam ótimas sacerdotisas.
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