Terça-feira, 4 de janeiro de 2022 - 11h54
Na condição de
paciente, e tendo corrido o risco de morrer face a uma má escolha que fiz,
resolvi advertir as pessoas sobre os cuidados que precisam ter ao escolher o
médico e o hospital que devem procurar para serem tratadas. Isso, claro, se
tiverem a sorte de não precisar cair num hospital público que não tenha
qualidade ou mesmo num particular nessa mesma condição.
1.
Procure
se informar sobre os médicos da cidade onde você vive. De preferência, obter
essas informações com algum amigo seu que foi tratado por aquele que você
pretende procurar.
2.
É
importante ter determinados médicos em vista antes de precisar deles, posto que,
em necessidades urgentes, não dá tempo de escolher corretamente o profissional.
3.
É
prudente ter um médico de sua confiança, tipo médico da família, para pedir
sugestão sobre o profissional que vai assisti-lo.
4.
Confirme
se o médico é realmente especialista no que diz que é. Em caso de dúvida, o
Conselho Regional de Medicina poderá ajudá-lo nesse sentido.
5.
Caso
conheça algum profissional de enfermagem que trabalha no hospital onde o médico
atua, eles geralmente são uma fonte de informação certa sobre os médicos da
equipe.
6.
Quando
o médico é cirurgião, o equipe de enfermagem do centro cirúrgico é a melhor
fonte.
7.
Cuidado
com médicos que atuam ou indicam hospitais de má qualidade, como são aqueles
que não observam as normas de proteção ao paciente. O cirurgião pode estar fazendo
a indicação por interesse pecuniário
pessoal.
8.
Jamais
se submeta a cirurgias de pequeno ou médico portes em hospitais sem Unidade de
Tratamento Intensivo (UTI), visto que, se você tiver alguma complicação grave,
pode não dar tempo de ser transferido para um onde haja esse serviço.
9.
É
importante que a UTI do hospital seja coordenada por especialista em tratamento
intensivo de larga experiência, e que possua uma equipe médica e demais
profissionais da saúde qualificada para esse tipo de atendimento.
10.
A UTI precisa ter os equipamentos necessários
para atender pacientes de alto risco.
11.
Além de UTI, o hospital precisar dispor os
outros serviços de suporte a paciente graves, tais como laboratório, exames por
imagem etc.
12.
O
hospital precisa ser certificado pela Agência Estadual de Vigilância Sanitária
(Agevisa), que comprova que a unidade observa todas as normas reguladores de
funcionamento de hospitais.
Parecem ser muitas as
exigências para que se possa confiar num médico e num hospital para nos
atender. Mas todas elas são necessárias. Por eu não tem atentado para isso,
quase perco a vida quando fui operado da vesícula que, por displicência minha,
não foi retirada no tempo certo e acabou apodrecendo, causando-me uma infecção
generalizada. Como na clínica onde fui operado não havia UTI, precisei ser
transferido às pressas para um hospital que dispunha de tipo de atendimento.
Escapei por pouco.
Aproveito a oportunidade para pedir que a Agevisa e o Conselho Regional de Medicina que fiscalizem essas clínicas onde médicos irresponsáveis insistem em operar seus pacientes, mesmo sabendo de todos os riscos, inclusive do risco de morte, que os expõem.
*Professor
aposentado
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