Sábado, 2 de maio de 2020 - 09h06
O PROCON de Rondônia quer convencer
o incauto morador de Porto Velho de que a redução do preço do litro da gasolina
nas bombas, vivenciada nas últimas semanas, é resultado da atuação
fiscalizadora do órgão. Prova disso é que distribuiu material jornalístico em
quase todos os sites de noticias da capital. Não duvido das boas intenções do
PROCON, mas não acredito que tenha indo tão longe na defesa do suado dinheiro
do consumidor portovelhense.
Agora, o PROCON vai entrar no
ringue para brigar pela redução do preço do botijão de gás. Acredite se quiser.
Não é preciso ser especialista em mercado financeiro para saber que vários
fatores contribuíram para a redução do preço final da gasolina cobrado ao
consumidor, dentre eles os cortes nos preços do produto nas refinarias e a
queda da demanda por conta do coronavírus.
De acordo com especialistas, a
gasolina é um dos combustíveis que tem a maior taxa de evaporação. Essa
evaporação ocorre de duas maneiras, ou seja, quando do abastecimento nas bombas,
ou, ainda, pela linha do respiro do sistema de abastecimento subterrâneo. Isso
significa que, quanto mais tempo o produto permanecer nos tanques, maior será a
evaporação. Nesse caso, o melhor para os donos de postos é reduzir o preço do
que perder ativos.
Não é de hoje que moradores de
Porto Velho reclamam da tarifa de energia - uma das mais caras do país. E, o
que é pior, a cada mês a conta fica mais salgada no bolso do usuário, contudo
não observo nenhuma manifestação plausível por parte do PROCON para enquadrar a
concessionária de energia – alvo, inclusive, de uma CPI, criada pela Assembleia
Legislativa, em setembro do ano passado, que caminha a passos de tartaruga -,
acusada de praticar eventuais abusos contra consumidores rondonienses. Por que
o PROCON não peita a concessionária, acostumada a deitar e rolar sobre os
direitos da população, principalmente dos segmentos mais carentes, que não
podem pagar advogados para representá-los judicialmente? São eles que precisam
de uma atenção especial do órgão fiscalizador.
Muitas são as histórias de pessoas
que teriam sido lesadas por empresas de seguro, telefonia e planos de saúde,
que procuraram o PROCON de Rondônia, registraram suas queixas, mas, até hoje, não
lograram êxito. Assim fica difícil acreditar na tão propalada eficiência
cantada em prosa e verso pelo órgão.
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Formei-me em 1958 em Direito na FDUSP e desde o início da década de 60,quando cinco dos atuais Ministros ainda não tinham nascido, atuo perante a Su