Segunda-feira, 3 de agosto de 2020 - 12h10
Pouco menos de quatro meses nos separam das eleições municipais. Em novembro vamos escolher vinte e um vereadores e o cidadão ou cidadã que governará o município de Porto Velho, por um período de quatro anos. Isso, evidentemente, se não houver nenhum erro de percurso. Muitos se julgam capacitados para assumir o lugar hoje ocupado pelo prefeito Hildon Chaves, mas, na prática, nem todos estão habilitados para comandar uma cidade com tantos problemas. Alguns, crônicos, como é o caso do transporte coletivo.
E como mudar esse quadro? Só tem um jeito: escolher um administrador que se identifique com a cidade, alguém que tenha com ela uma espécie relação platônica, uma paixão que deságua na descoberta e no resgate da cidadania. Só cantá-la, em prosa e verso, durante o período eleitoral, é muito pouco, para, depois, entregá-la à sua própria desdita, como se fosse um objeto imprestável, sem nenhuma utilidade. Se não entender a cidade, humanizá-la, nada feito. É preciso criar uma consciência crítica e consolidada em torno do revigoramento da urbe.
A impressão que se tem é de que Porto Velho se transformou numa cidade de faz-de-conta. Poucos são os que realmente se dispõem a defender as cores da capital do estado de Rondônia, sua cultura, seus costumes e tradições. Quando deixamos de votar em homens de bem, pessoas íntegras, para apostar em canalhas, mascarados com tintas de decência, individuos que não passariam incólumes em frente a uma delegacia de policia, estamos condenando o nosso próprio futuro. Às vezes, por egoísmo, amizade, paixão ou pieguice, mandamos os homens errados aos lugares certos enquanto os homens certos permanecem nos lugares errados.
Mais uma vez, teremos a
oportunidade, com a graça de Deus, de usar o bisturi da honestidade, da
competência e da seriedade. Como um cirurgião experiente não pode vacilar, pois
qualquer descuido
ou um movimento menos coordenado pode significar a mutilação ou até mesmo a
morte do paciente, nós, eleitores, também não podemos cometer erros na hora de
escolher os que pretendem nos representar nos palácios e nas casas
legislativas.
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Formei-me em 1958 em Direito na FDUSP e desde o início da década de 60,quando cinco dos atuais Ministros ainda não tinham nascido, atuo perante a Su