Segunda-feira, 5 de abril de 2021 - 09h31
O mercado da Construção Civil é um nicho que performou em altos e baixos no cenário brasileiro ao longo dos anos. Essa instabilidade decorre do contexto exterior, como crise
financeira e instabilidade política.
Dessa forma, o contexto positivo ou negativo que ocorre no país impacta diretamente no setor. E, além disso, para entender como esse mercado irá funcionar, é importante avaliar as possíveis mudanças e diversos fatores que vão ocorrer ao longo dos anos.
A tecnologia e a modernização da indústria permite que o setor consiga ampliar e expandir em oportunidades. Podendo criar novos conceitos e ideias e também melhorar e impulsionar a forma como o cenário se apresenta ao consumidor.
A necessidade do público e o desejo de ou reformar sua habitação ou de investir em imóveis, como comprar um apartamento para investimento, faz com que cada vez mais tendências sejam criadas. O setor, mesmo em pandemia, teve um crescimento significativo e isso ocorreu principalmente pela demanda.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 2019 foi um ano de recuperação para o setor da Construção Civil. O clima otimista permeou o ano de 2019 inteiro e quando este começava a dar sinais de grande recuperação, o ano de 2020 trouxe novos desafios com a pandemia do Coronavírus.
As previsões apresentadas pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), mostram um cenário do PIB com uma queda de 2,5%.
Isso se justifica principalmente pelo recuo de 4% na atividade empresarial no setor e também na diminuição de 1% no consumo das famílias, que também passaram por crises de desemprego ou redução salarial. Em um primeiro momento, as famílias ficaram em situação de investir o capital em serviços essenciais.
Porém, na contramão desse recuo, há resultados positivos: o nível de atividades ficou normalizado ; foram criadas 138 mil novas vagas de emprego no setor durante o ano ; houve uma alta de 2,7 pontos no índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-Construção).
No contexto da pandemia, a tecnologia e suas vertentes, foram essenciais para manter o interesse das famílias no consumo.
Ao ficar mais tempo em casa, os consumidores passaram a se interessar mais em pequenas reformas em suas casas e também em reparos em eletrodomésticos, que também ampliaram o uso.
Assim, foi visto uma procura maior por materiais de construção e também em profissionais e empresas especializadas em consertos e reparos técnicos de eletros.
Porém, esse processo de modernização já ocorre e é ampliado à medida que novas oportunidades chegam. Inclusive, a tecnologia no setor civil vem evoluindo a cada dia e o seu diferencial é a busca da eficiência e produtividade.
A tecnologia e a Indústria 4.0 são aliadas para ter mais precisão em todas as etapas de uma obra, desde o projeto até a execução.
Essa inovação traz uma série de vantagens, como: redução de custos e melhor alocação do dinheiro, aumento da produtividade, maior segurança, fortalecimento do registro de informações e maior controle na mensuração dos resultados.
Ainda que em 2021 ainda estaremos enfrentando a crise da pandemia do coronavírus, o otimismo do setor da construção civil continua em ritmo crescente e positivo.
As projeções positivas geram circunstâncias favoráveis para investimento e compra, fortalecendo ainda mais o crescimento do setor. Assim, especialistas esperam que exista maior equilíbrio entre oferta e demanda no ano.
Essa retomada animadora se dará principalmente por obras de iniciativa privada. Além disso, a contínua queda da taxa Selic e das taxas de juros e a disponibilização de novas linhas de créditos são componentes determinantes que favorecem a aquisição de imóveis.
Atualmente, já nos deparamos com uma variedade de equipamentos e funcionalidades tecnológicas nas obras, como por exemplo, vemos a utilização de drones, sensores, softwares de gestão integrada, impressão 3D e outros.
Com projeções positivas para construção civil, muitos investidores, engenheiros e construtoras se interessam por novas ferramentas e tendências. Nessa busca, existem muitos temas que merecem uma atenção especial.
O uso de soluções digitais está em ascensão no mercado, e pode ser considerada um grande diferencial. As empresas que entenderam e adotarem essa tendência saem em vantagem competitiva entre seus concorrentes.
Isso ocorre porque o setor da construção civil é visto como o menos digital, o que demonstra que existe uma grande necessidade de digitalização. Suas oportunidades são infinitas e permite a obtenção de resultados ainda maiores.
As tecnologias digitais são amplas, podemos citar como exemplo, o uso de braços mecânicos para automatizar tarefas repetitivas e aplicação de inteligência artificial na parte da engenharia e construção.
Cidades inteligentes são aquelas que otimizam a utilização dos recursos para servir melhor os cidadãos. Isso vale para a mobilidade, a energia ou para qualquer serviço necessário à vida das pessoas.
Isso significa que as novas construções devem ser pensadas já tendo isto em mente, ou seja, ou projetos devem contemplar construções sustentáveis e soluções otimizadas de energia, água e transporte, entre tantos outros pontos que influenciam na qualidade de vida de quem habitará.
Essa é uma tendência que já existe há um bom tempo, mas cuja demanda tende a crescer cada vez mais. Além de ser uma tendência a ser pensada nos projetos futuros, a sustentabilidade merece ser analisada individualmente e que já se aplica até mesmo ao modelo tradicional de cidades.
A sustentabilidade alcança todas as novas tecnologias. Construtoras que querem atrair mais clientes e reduzir custos não podem mais deixar de investir em sustentabilidade em todas as etapas da gestão de obras. E aqui englobamos tudo, desde o planejamento e construção, até a manutenção e demolição.
Estruturas modulares e pré-fabricadas estão ganhando espaço na construção civil faz algum tempo. Sua capacidade de acelerar e otimizar etapas da construção são um diferencial impossível de ignorar.
De uma forma geral, as edificações modulares pré-fabricadas são um tipo de construção feita a partir de módulos. Ou seja, são uma espécie de caixa. Além disso, essas caixas são construídas em uma fábrica fora do canteiro de obra e posteriormente alocadas e montadas no local final de edificação.
Com isso, as obras são mais rapidamente concluídas e os custos de mão de obra são reduzidos.
O Building Information Model, mais conhecido como BIM, pode ser traduzido como Modelagem da Informação da Construção. Sua ideia consiste no processo de criação e gestão de informação em um projeto de construção, sendo aplicável do início ao fim do projeto.
Esta é uma tendência que depende do envolvimento de todos: engenheiros, arquitetos, mestres de obra, financeiro, estoque, compras e todos os demais departamentos.
E isso é porque o BIM pode ser considerado uma central de informações que auxilia na tomada de decisões, sejam elas no escritório ou no canteiro de obra, para que sejam alcançados os melhores resultados.
A construção civil a cada ano passa por situações de crise e contextos desafiadores que se tornam empecilhos para seu constante crescimento. Ainda assim, com grandes incentivos do governo e aumento na demanda da população, o setor tem estimativas positivas.
Essas estimativas positivas em conjunto com os avanços tecnológicos propiciam que empresas, investidores e construtoras passem a se atualizar das tendências para oferecer cada vez mais soluções atrativas ao mercado.
Alinhadas com as tendências, as empresas terão bons retornos financeiros e os consumidores terão maiores oportunidades de estruturas e empreendimentos de qualidade.
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