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Jovens ricos gostam de ter várias opções para investir

Private equity, commodities, imóveis e até mesmo obras de arte fazem parte da diversificação de carteira desse público


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Foto: drobotdean/Freepik

Na era da informação e das oportunidades financeiras diversificadas, jovens ricos demonstram uma tendência em explorar várias opções de investimento como parte de suas estratégias de crescimento patrimonial. O desejo de multiplicar suas fortunas e garantir a estabilidade financeira no médio e longo prazo tem levado essa geração de investidores a ampliar seus horizontes além dos aportes tradicionais.

 

Em vez de se limitarem a uma única forma de investimento, os jovens adotam uma abordagem multifacetada, distribuindo seus recursos em diversos veículos de investimento, desde ações e títulos até investimentos alternativos como startups e criptomoedas.

 

Conforme materiais publicados em sites especializados em assuntos financeiros, a busca pela diversificação da carteira é movida por uma série de fatores. A volatilidade dos mercados financeiros modernos, por exemplo, ensina a importância de não colocar todos os ovos na mesma cesta. Ao distribuir investimentos por diferentes ativos, contar com um agente autônomo de investimentos (AAI), pode ser uma forma de mitigar riscos e equilibrar potenciais perdas.

 

Além disso, é possível observar que a familiaridade dos jovens com a tecnologia desempenha um papel crucial. Plataformas de negociação online, aplicativos de investimento e redes sociais têm democratizado o acesso a informações e oportunidades de investimento, permitindo que investidores mergulhem em mercados que anteriormente eram de difícil acesso.

Diversificação além das ações tradicionais

 

Em contraste com as gerações anteriores, jovens pertencentes à classe de alta renda estão optando por uma distribuição diversificada em suas carteiras em vez de concentrar-se predominantemente em ações.

 

O relatório anual sobre americanos abastados, conduzido pelo Bank of America em 2022, revelou que 75% dos entrevistados pertencentes à geração do milênio, com idades entre 21 e 42 anos, expressaram a crença de que "atingir retornos acima da média não é viável apenas por meio de investimentos em ações e títulos tradicionais".

 

A situação foi consideravelmente diferente entre os participantes com 43 anos ou mais, em que apenas 32% compartilharam dessa perspectiva. Os millennials com maior capacidade financeira indicaram que alocam 25% de seus portfólios em ações, uma proporção consideravelmente menor em comparação com os 55% que os investidores mais velhos direcionam para esse tipo de investimento.

 

Em vez disso, os jovens ricos estão direcionando uma parcela significativamente maior de suas carteiras, três vezes mais, para investimentos alternativos, como private equity, commodities, imóveis e até mesmo obras de arte.

 

O crescente interesse dos jovens por criptomoeda também ganha evidência, com 15% de seus portfólios alocados para essa classe de ativos, em contraste com a alocação de apenas 2% por parte dos investidores mais velhos.

 

Essas conclusões foram extraídas de um estudo abrangente que entrevistou mais de mil americanos, todos com idade igual ou superior a 21 anos e com ativos investidos totalizando mais de US$ 3 milhões cada um.

Origens sociais não garantem mais sucesso

 

Gestores de fundos de investimento provenientes de famílias ricas entregam retornos inferiores em comparação com seus colegas de origens menos privilegiadas, conforme indica um estudo conduzido pela Universidade do Arizona em 2016 e atualizado em 2018.

 

Contrariando a suposição comum de que aqueles que tiveram vantagens financeiras durante a infância se tornariam melhores profissionais, a pesquisa sugere que o acesso facilitado pode levar os gestores mais ricos a apresentarem menor competência.

 

O estudo, intitulado "Family descent as a signal of managerial quality: evidence from mutual funds" (Ascendência familiar como sinal de qualidade gerencial: evidências de fundos mútuos), aponta que barreiras sociais, bem como falta de estrutura familiar e distâncias geográficas, podem influenciar para que gestores com origens menos privilegiadas tenham que comprovar seu valor.

 

A pesquisa também desmistifica a ideia de que gestores de famílias ricas têm vantagens na obtenção de maiores fluxos de investimento devido às suas conexões com indivíduos mais afluentes. A sugestão é de que a habilidade real é mais preponderante do que o histórico familiar na atração de capital.

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