Sábado, 26 de agosto de 2023 - 11h23
Na era da informação e das oportunidades financeiras diversificadas,
jovens ricos demonstram uma tendência em explorar várias opções de investimento
como parte de suas estratégias de crescimento patrimonial. O desejo de
multiplicar suas fortunas e garantir a estabilidade financeira no médio e longo
prazo tem levado essa geração de investidores a ampliar seus horizontes além
dos aportes tradicionais.
Em vez de se limitarem a uma única forma de investimento, os jovens
adotam uma abordagem multifacetada, distribuindo seus recursos em diversos
veículos de investimento, desde ações e títulos até investimentos alternativos
como startups e criptomoedas.
Conforme materiais publicados em sites especializados em assuntos
financeiros, a busca pela diversificação da carteira é movida por uma série de
fatores. A volatilidade dos mercados financeiros modernos, por exemplo, ensina
a importância de não colocar todos os ovos na mesma cesta. Ao distribuir
investimentos por diferentes ativos, contar com um agente autônomo de investimentos
(AAI), pode ser uma
forma de mitigar riscos e equilibrar potenciais perdas.
Além disso, é possível observar que a familiaridade dos jovens com a
tecnologia desempenha um papel crucial. Plataformas de negociação online,
aplicativos de investimento e redes sociais têm democratizado o acesso a
informações e oportunidades de investimento, permitindo que investidores
mergulhem em mercados que anteriormente eram de difícil acesso.
Diversificação além
das ações tradicionais
Em contraste com as gerações anteriores, jovens pertencentes à classe de
alta renda estão optando por uma distribuição diversificada em suas carteiras
em vez de concentrar-se predominantemente em ações.
O relatório anual sobre americanos abastados, conduzido pelo Bank of
America em 2022, revelou que 75% dos entrevistados pertencentes à geração do
milênio, com idades entre 21 e 42 anos, expressaram a crença de que
"atingir retornos acima da média não é viável apenas por meio de
investimentos em ações e títulos tradicionais".
A situação foi consideravelmente diferente entre os participantes com 43
anos ou mais, em que apenas 32% compartilharam dessa perspectiva. Os
millennials com maior capacidade financeira indicaram que alocam 25% de seus
portfólios em ações, uma proporção consideravelmente menor em comparação com os
55% que os investidores mais velhos direcionam para esse tipo de investimento.
Em vez disso, os jovens ricos estão direcionando uma parcela
significativamente maior de suas carteiras, três vezes mais, para investimentos
alternativos, como private equity, commodities, imóveis e até
mesmo obras de arte.
O crescente interesse dos jovens por criptomoeda também ganha evidência,
com 15% de seus portfólios alocados para essa classe de ativos, em contraste
com a alocação de apenas 2% por parte dos investidores mais velhos.
Essas conclusões foram extraídas de um estudo abrangente que entrevistou
mais de mil americanos, todos com idade igual ou superior a 21 anos e com
ativos investidos totalizando mais de US$ 3 milhões cada um.
Origens sociais não
garantem mais sucesso
Gestores de fundos de investimento provenientes de famílias ricas
entregam retornos inferiores em comparação com seus colegas de origens menos
privilegiadas, conforme indica um estudo conduzido pela Universidade do Arizona
em 2016 e atualizado em 2018.
Contrariando a suposição comum de que aqueles que tiveram vantagens
financeiras durante a infância se tornariam melhores profissionais, a pesquisa
sugere que o acesso facilitado pode levar os gestores mais ricos a apresentarem
menor competência.
O estudo, intitulado "Family descent as a signal of managerial
quality: evidence from mutual funds" (Ascendência familiar como sinal de
qualidade gerencial: evidências de fundos mútuos), aponta que barreiras
sociais, bem como falta de estrutura familiar e distâncias geográficas, podem
influenciar para que gestores com origens menos privilegiadas tenham que
comprovar seu valor.
A pesquisa também desmistifica a ideia de que gestores de famílias ricas
têm vantagens na obtenção de maiores fluxos de investimento devido às suas
conexões com indivíduos mais afluentes. A sugestão é de que a habilidade real é
mais preponderante do que o histórico familiar na atração de capital.
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