Segunda-feira, 16 de março de 2020 - 14h48
Fossem poucas as dificuldades que as classes mais pobres
enfrentam em sua luta diária pela sobrevivência, a elas ainda são acrescentadas
outras, facilmente evitáveis. Pressionados pela majoração sucessiva dos artigos
de primeira necessidade, enquanto os reajustes salariais não conseguem
acompanhar o ritmo frenético das máquinas remarcadoras, os segmentos mais
desvalidos vão sendo levados a uma situação de completa desesperança.
Enquanto isso, os que deveriam fazer a sua parte no sentido
de buscar soluções consistentes à resolução dos problemas contra os quais se
debate a sociedade, permanecem deitados em berço esplêndido. Assim, vai à
população pouco a pouco perdendo o ânimo e admitindo apenas vegetar. Difícil,
destarte, consolidar-se no espírito dos indivíduos o verdadeiro sentimento de
cidadania.
Ainda que os problemas que atinjam a coletividade e impõem
exercício criativo ao poder público sejam complexos e envolvam múltiplas
causas, não há como admitir ação que mais agrava as dificuldades e aprofunda a
crise. Não são poucas, porém, as ocorrências que revelam a insensibilidade de
agentes públicos, nem está se exerce de maneira a deixar isentos dos malefícios
os mais carentes.
A questão do transporte coletivo em Porto Velho diz bem dessa
prática. Entra prefeito, sai prefeito, e a situação só piora. Mauro Nazif consumiu
a paciência da população durante quatro longos anos empurrando o caso com a
barriga. Mesmo assim, ainda ganhou um mandato de deputado federal. O prefeito
Hildon Chaves vai deixar a prefeitura sem conseguir resolver o problema,
enquanto o usuário continua sendo apenado periodicamente com a majoração das
tarifas, andando em ônibus velhos e sujos, arriscando a própria vida, numa
situação verdadeiramente desesperadora.
Quem nunca viveu algum tipo de desconforto na mesa de um restaurante? Sabemos que existem profissionais que operam na linha de frente do atendimento
Distribuição da água, coleta e tratamento do esgoto rumo a privatização em Pernambuco
Virou palavrão falar em privatização, depois das promessas não cumpridas com a privatização da distribuidora de energia elétrica, a Companhia Energé
Recomeços: como traçar sua melhor jornada para 2025
Sempre há tempo de recomeçar, porém o Ano Novo é um período no qual geralmente as pessoas dão uma parada para reflexões que nos trazem mais uma chan
Gastança, a praga moderna que atrasa o Brasil
No século XIX, o pesquisador francês August Saint-Hilaire (1779-1853) ficou espantado com a ação devastadora das formigas cortadeiras no Brasil, ati