Sexta-feira, 6 de março de 2020 - 12h24
Faz muito tempo que se cobra, e várias vezes ao longo do tempo, pedimos uma solução para a Estrada do Belmont, em Porto Velho. Por diversas vezes, a população local já chegou mesmo a bloquear a estrada para chamar a atenção para o seu abandono. E, não se pode negar, que com razão, de vez que, na região, além de ter mais de 350 residências, com um população estimada em mais de 800 pessoas, se trata de uma das regiões portuárias mais importantes de nosso estado. Sua importância deriva de que o petróleo consumido por Rondônia, Acre e o sul do Amazonas descarrega nos portos das petrolíferas instaladas no Belmont. Na região estão as bases da Petrobras, Shell, Ipiranga e Atem. Apenas a Equador, que antes era lá, mudou-se para Porto Chuelo (área rural à margem direito do rio Madeira, em Porto velho) onde localiza-se o novo porto privado da Amaggi. Mas, não são apenas as petrolíferas, também nos portos do Belmont são embarcados para o Amazonas e Pará, todo o álcool combustível produzido em usinas do Mato Grosso. De forma muitas empresas tem sua base portuária no Belmont, e isto provoca um grande fluxo de caminhões de cargas pesadas que cruzam o bairro Nacional. Como se trata do único acesso existente o trânsito pesado aumenta muito o risco de acidentes. Sem asfalto na estrada, os moradores, os caminhoneiros e demais pessoas que usam o acesso vivem o dilema de lamas e atoleiros no inverno, quando não, a interrupção do trânsito, quando as enchentes são muito grandes, afora o desbarrancamento das margens, e muita poeira no verão. Por causa disto até já se propôs a abertura de outro acesso através dos terrenos da Infraero (nos fundos do Aeroporto Internacional Jorge Teixeira), porém, a ideia não evoluiu. Esta segunda via poderia diminuir o tráfego pesado de dentro do bairro Nacional e ser uma forma de solução do problema.
Agora, em janeiro, o Governo de Rondônia iniciou a execução dos serviços preliminares de cerca de quatro quilômetros de asfalto, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura e Serviços Públicos (DER), como parte de um termo de acordo celebrado com o município de Porto Velho por meio do Convênio 007/PGM/2019, que prevê a execução dos serviços de 10 quilômetros de pavimentação, sendo cinco de asfalto e os cinco restante com revestimento primário, encascalhamento. Também o engenheiro civil Diego Correa, coordenador de Operação e Fiscalização da autarquia, afirmou que esta é uma das obras mais importantes do Estado sob o ponto de vista da qualidade e função econômico-social e que será executada com o que há de melhor em termos de material, durabilidade e segurança rodoviária. Não podemos deixar de elogiar a iniciativa, de vez que é dar condições de trafegabilidade a uma artéria que responde por cerca de 30% do ICMS estadual, mas, pelo passado, por já ter sido tantas vezes, dito, prometido, que seria feita, a população fica com um pé atrás. E nós, apesar de acreditarmos que, agora vai, ficamos acompanhando, e torcendo, para que, finalmente, se tenha uma solução definitiva com o asfaltamento da estrada.
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