Quarta-feira, 22 de novembro de 2023 - 14h05
O
deserto do Serengeti, no norte da Tanzânia e sudoeste do Quênia, na África,
registra um dos maiores fenômenos da terra. A Grande migração do Gnu. Um tipo
de animal meio boi, meio cavalo, com cara de bode. Uma coisa estranha! Esse
bicho, todos os anos, com a escassez da pastagem, é obrigado a fazer uma longa
marcha em busca de nova fonte de alimento. São milhares se locomovendo cuja a caminhada
chega a estrondar o chão, seguindo os sinais da chuva.
Ao
longo do caminho, predadores que já sabem desse fenômeno, esperam pacientemente
esse momento para ir fazendo suas vítimas.
Doentes, filhotes e os desgarrados são os primeiros a sucumbir ao grande
êxodo. O líder que, no sentido dos outros parece mais experiente, conduz o
grande rebanho até chegar num dos seus maiores obstáculos, o rio Mara. Um
estreito lamacento, água suja e pedregoso de difícil transposição. Todos param. Dias se passam e a fome chega. Algo
precisa ser feito e começam a exigir que o líder tome uma decisão. Porém,
escondido debaixo da água barrenta está um dos maiores predadores da terra, o
crocodilo. Tranquilo, uma vez que mesmo sem comida, conseguiu esperar a hora
certa desse instante.
A
grande manada em polvorosa, sem saída, se atira no rio. Os outros, sem qualquer
tipo de análise crítica da situação, também se jogam, acabam caindo numa
verdadeira carnificina. Os crocodilos fazem um estrago naqueles que podem
abocanhar, enquanto que alguns outros, em meio ao desespero, conseguem
atravessar aquele inferno.
Nós,
homens, a imagem e semelhança do Criador, munido de inteligência racional,
somos levados para um mesmo abismo a exemplo do rio Mara e, mesmo nos jogando
voluntariamente, nas mandíbulas do crocodilo, acreditamos que ainda poderíamos
escapar. Que tolice! Essa analogia toda foi só para ilustrar como nós,
brasileiros, travestidos de gnus, somos manipulados por forças políticas
estruturadas que conduzem essa massa de nutelas, formados nas universidades e
nas escolas manipuladoras, para acreditar numa força política que o levaria a
igualdade social. Mero devaneio.
Em
sua filosofia, Friedrich Nietzsche, criticou veementemente o que chamou de
"pensamento de rebanhos" ou "moral de rebanhos"
(Herdenmoral em alemão). Para ele, esse tipo de comportamento, representa uma
conformidade acrítica às normas e valores estabelecidos pela sociedade, muitas
vezes resultando em uma falta de individualidade e deficiência.
A
moralidade dos rebanhos, para Nietzsche, também está relacionada à imposição de
valores uniformes pela sociedade, o que ele considerava prejudicial ao
florescimento individual. Na política contemporânea, isso pode se traduzir em
sistemas políticos que impõem uma única visão moral sobre questões como
direitos civis, liberdade individual e justiça social, sem levar em conta a
diversidade de perspectivas.
Onde
estamos? se não no Brasil, comandado pela esquerda marxista, retrograda que vem
impondo mudanças sociais, como se aqui fosse um imperialismo putinista
russo, que, a exemplo do que ocorreu
outrora, fez o povo negar suas crenças, mudar a língua e seus comportamentos
acreditando que estaria no caminho certo sem ,contudo, contrapor com qualquer
outro argumento. Todos os dias, a mídia, o judiciário e os grupos de militantes
organizados, se incubem de fortalecer o Estado onde eles estão no topo do
poder. O povo, há! coitado do povo. Esse, como bucha de canhão, é atirado aos
crocodilos. Não existe mais família, respeito e tolerância.
O
filósofo alemão defendeu a ideia de que os indivíduos deveriam desafiar a
autoridade e criar seus próprios valores. Na política contemporânea, isso
poderia ser interpretado como um apelo para que as pessoas questionem as
estruturas de poder condicionais, exijam transparência e participem na formação
de políticas, em vez de, simplesmente, seguirem a liderança sem questionar.
Promover
a individualidade na política contemporânea pode significar consideração a
diversidade de perspectivas políticas, evitando a conformidade com ideologias
pré-existentes. Isso pode levar a uma política mais dinâmica e adaptável, capaz
de lidar com a complexidade dos desafios modernos. Mas para onde apelar? Como
ultrapassar o rio Mara?
As
forças encarregadas de contrapor as mandíbulas governamentais foram, por elas
compradas ou subjugadas por seus próprios erros que se mantem escondidos, como
um ás, na manga do grande crocodilo.
Esperança
e Coragem. Foram duas palavras que melhoram o dulçor do acerbo político que vivemos
no Brasil, com a eleição de Javier Milei,
na Argentina. Um buraco na muralha esquerdista que tentava cercar a América
Latina e vinha aguçando a fome dos predadores chineses, russos, cubanos,
venezuelanos e de africanos. Não os da
savana, mas os do poder.
Não
será fácil! Os hermanos terão que reconstruir o seu País.
Vão precisar de muita perseverança e apoio internacional, sem radicalismo do
discurso eleitoreiro, mas com o pé no chão e força para enfrentar, os
obstáculos.
Devemos
observar, acompanhar e registrar toda essa movimentação argentina para, como um
espelho, podermos fazer os nossos acertos, já que estamos ainda nas fraudas da
democracia libertária. O programa de
poder da esquerda no Brasil mantido com pão com mortadela para intelectuais,
convencendo esses de que picanha, camarão, bacalhau e vinho branco não pode
ser consumido porque representa a classe dominante, levou 40 anos de lavagem
cerebral, enquanto nós ficávamos dizendo que isso nunca aconteceria por estas
paragens.
Uma
inércia, na qual eu me coloco e que, por muito tempo, apenas olhava os caras de
barba, com um livro de Marx debaixo do braço e uma camiseta de Guevara falando
que iriam dominar o que eles chamavam de elite. Paulada na cabeça levei e o “
galo” ainda está protuberante. Como dizia dona Aurea, minha vó: “Isso é pra
você aprender, seu moleque”.
Precisamos
nos organizar, deixar de ser Gnu e saber contornar os obstáculos, procurando
novas pastagens, mais verdes, bem longe das águas sujas da política partidária,
da corrupção, do “jeitinho” brasileiro. Precisamos, erguer nossos olhos para o
alto, fazer voos como uma Harpia e destroçar essa praga que corrói nosso
intelecto e aniquila o nosso pensar, para que possamos ser mais críticos e mais
atuantes.
Não se esqueçam! O Crocodilo
Barbudo que administra o nosso rio Mara, na planície central de Brasília, ainda
está escondido sob as águas à espreita das desavisadas manadas.
*Rubens
Nascimento, é Jornalista, Bel em Direito e ativista do
desenvolvimento
A importância de crianças e adolescentes estudarem
A educação é um direito fundamental para o desenvolvimento do ser humano em qualquer sociedade. No Brasil, através da Constituição Federal de 1988,
O Pensamento Escravo-Fascista no Contexto do Estado Brasileiro
Vinício Carrilho Martinez (Dr.) – Cientista Social/UFSCar Vinícius Miguel Raduan (Dr.) – Cientista Social/UNIREste artigo propõe uma análise int
Como Desenvolvedores de Jogos Online Estão Usando IA para Criar Jogos Mais Inteligentes e Dinâmicos
O mundo dos games está se transformando rapidamente, e a inteligência artificial (IA) está no centro dessa evolução. Os jogos online de hoje não são
Da Tela ao Espaço: Criando Sua Casa Ideal
Criar a casa ideal é um sonho que muitas pessoas desejam concretizar. Essa jornada, que vai da imaginação à realidade, é um processo que envolve pla