Terça-feira, 7 de dezembro de 2021 - 19h39
Desde que Hipócrates
(460-377 a.C.), dito o Pai da Medicina, rompeu com as crendices que definiam
doenças como castigo dos deuses e passou a estudá-las com bases científicas, a
medicina nunca evoluiu tão rápido e de modo tão importante como nas últimas
sete décadas, mormente mais recentemente face aos fantásticos avanços da
tecnologia.
Não há dúvida que a cirurgia
foi uma das especialidades médicas que se destacou nesse contexto. Os temidos
riscos do passado foram dando lugar a soluções mais eficazes e seguras, com
respaldo dos avanços da anestesia, e surgimento de hospitais bem estruturados
para dar suporte a todas as fases do atendimento aos pacientes, condições essas
disponíveis atualmente também em nosso meio.
A videocirurgia é um
bom exemplo dessa evolução por serem realizadas com visualização do interior do
corpo dos pacientes através de microcâmeras de vídeo, que mostram imagens cada
vez mais nítidas e até magnificadas, tornado a atuação do cirurgião ainda mais precisa.
Essa modalidade cirúrgica chegou ao Brasil em agosto de 1990, e a Porto Velho
em 1995. Logo que isto acontece, um pequeno grupo de cirurgiões que então
atuavam aqui (alguns até hoje atuam), entre os quais eu, passaram a praticá-la.
Atualmente, com os avanços tecnológicos dos equipamentos de captação de imagens e dos materiais cirúrgicos cada mês mais delicados, esses procedimentos minimamente invasivos disponibilizam aos pacientes o melhor que a cirurgia pode oferecer. Aquelas incisões amplas, com maior risco de contaminação, que deixavam cicatrizes antiestética, que produziam mais sangramento e dores pós-operatórias, e ainda demandavam maior tempo de internação, recuperação dos operados e retorno as atividades habituais deram lugar a cirurgias com incisões milimétricas, que produzem cicatrizes quase imperceptíveis. Somando-se a isso, têm um reduzido risco de infecção, sangramentos mínimos, quase sem dor no pós-operatório, menor tempo de internação e rápido retorno a vida saudável normal.
Cicatrizes pouco
visíveis de uma minilaparoscopia para retirada da vesícula (caso do autor)
A importante destacar,
a priori, que todas essas vantagens podem se confirmar desde que a escolha do
cirurgião seja adequada (perguntar a quem já foi operado por ele é um jeito
prático para obter esta informação). Não se forma adequadamente um
videocirurgião (aliás, nenhum especialista médico) em cursinhos de imersão de
finais de semana. Qualificar um profissional desse nível, que tem mais chance
de oferecer os melhores resultados, demanda anos de estudos, treinamentos
práticos e acompanhamento continuado dos avanços das técnicas e dos
equipamentos para realizar tais procedimentos.,
É importante informar
que quaisquer cirurgias, a partir das de médio porte, sejam realizadas em
hospitais que ofereçam um atendimento seguro e competente. O médico — postula
nosso código de ética — tem obrigação de orientar bem o seu paciente também
nessa escolha.
Toda a equipe precisa estar em sintonia com a competência, daí a necessidade de contar com bons anestesistas e profissionais de enfermagem. É esse conjunto de condições otimizadas de profissionais e estrutura hospitalar que geram a excelência na assistência ao enfermo, consequentemente os bons resultados pretendidos.
*O Dr. PAULO GONDIM é cirurgião geral e
videocirurgião. Pós-graduado em Cirurgia Minimamente Invasiva pelo
IPEMEC-CETREX, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente
Invasiva e Robótica (Sobracil), Membro Titular da Sociedade Brasileira de
Hérnia e Parede Abdominal (SBH), Especialista em Cirurgia Geral pelo CBC,
Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Membro do Colégio
Brasileiro de Cirurgia Digestiva,, Especialista em Cirurgia Videolaparoscópica
pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica, pela
Associação Médica Brasileira e pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Especialista em Cirurgia Geral pelo
Conselho Federal de Medicina e o responsável pelo Centro de Videocirurgia do
Hospital Central. Contatos:pgondim15@hotmail.com, WhatsApp 8100-3949,
@drpaulogondim e #drpaulogondim.
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