Terça-feira, 31 de março de 2020 - 15h03
O problema do recolhimento e descarte
adequado do lixo em Porto Velho parece ser crônico. Entra prefeito, sai
prefeito, e a coisa não anda. Pelo contrário, retrocede. Muitas reuniões e
audiências públicas já foram realizadas para falar sobre o assunto, mas, de
concreto, nada. A construção de um aterro sanitário vem-se arrastando desde
2004. Em fevereiro do ano passado, o prefeito Hildon Chaves se reuniu com sua
equipe e representantes do consórcio Santo Antônio Energia. Na pauta, a construção
de um aterro emergencial, que até hoje não saiu do papel.
Enquanto ninguém faz absolutamente
nada para solucionar o problema, montanhas de lixos e detritos vão se
acumulando pelas vias públicas, jogados, em sua maioria, por marmanjos, que,
por completa ignorância, descaso ou mesmo por índole perversa, não pensam duas
vezes em danificar o meio ambiente. E aí, quando vem à enxurrada, como a que
aconteceu na noite de sexta-feira, a população sofre as consequências. Com os
bueiros entupidos com garrafas e copos de plásticos de qualquer tamanho, além
de papeis de toda a espécie, a água invade as casas, causando não somente
prejuízos materiais como também colocando em risco a saúde das pessoas.
Há quem defenda uma grande campanha
de esclarecimento à população. Particularmente, não sei se esse seria o caminho
mais viável. Tem gente que é incapaz de medir a dimensão do erro que comete.
Por isso, não está nem ai em colaborar com a limpeza da cidade. É muito comum
ver lixo acumulado em frente às casas ou mesmo defronte aos comércios, como se
varrer uma calçada fosse uma coisa deprimente. Muitas pessoas não se preocupam
em limpar porque simplesmente acham que a responsabilidade é da prefeitura,
esquecendo-se de que todos nós, cidadãos, temos a obrigação de fazer a nossa
parte.
O poder público precisa agir com
rigor contra os sujismundos que emporcalham as ruas da cidade de maneira
irresponsável, não importando o motivo, advertindo-os, e, num segundo aviso,
aplicando-lhes multas progressivas. É provável que, em algum momento, a
situação mude com resultados compensadores.
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Formei-me em 1958 em Direito na FDUSP e desde o início da década de 60,quando cinco dos atuais Ministros ainda não tinham nascido, atuo perante a Su