Quarta-feira, 25 de setembro de 2019 - 09h45
Reintegrar é restabelecer
alguém na posse de algo. A reintegração
de posse afetiva é a recuperação da autoridade diante dos filhos. Todos
sabem o quanto os pais têm um papel
importantíssimo na vida dos filhos,
e que eles devem estabelecer limites e priorizar uma relação de respeito
diária.
Alguns pais abriram mão
da sua autoridade e, isso é algo que ocorre cotidianamente nas relações familiares de todo o mundo:
crianças estão assumindo o lugar de autoridade familiar. Isso porque a maioria
dos atuais genitores vem de uma geração onde era comum um modelo familiar de
extremo autoritarismo, em que a figura
patriarcal era extremamente temida.
Porém, o que eles se
esqueceram é de que algumas vivências são de suma importância para a construção
de valores éticos e morais dos filhos. Considerando isso, é indispensável uma
relação de comunicação e disciplina. É preciso uma imposição de pai para filho,
onde os pais não devem discutir, mas sim saber ouvir e tentar entender ao invés
de obedecer os filhos.
O processo de
reintegração pode causar impacto e conflito, mas é preciso impor e resgatar o
poder de ensinar e educar, promovendo, assim, valores essenciais para boas
relações pessoais. Porém, é essencial sair dos extremos, já que estudos
comprovam que não é saudável ser extremamente rígido e nem ser totalmente
permissivo. É importante que os filhos exponham sua opinião de uma forma que,
haja respeito aos limites impostos pelos genitores.
Portanto, reintegração de
posse afetiva é pegar de volta o lugar de autoridade
do lar, que por direito e dever, já pertencia à aqueles que são
representantes legais perante a sociedade.
Em casos de famílias
cujos pais são divorciados, a guarda compartilhada, sendo bem aplicada,
contribui para uma melhor formação da criança e para que a criança ambos
responsáveis como autoridades.
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Formei-me em 1958 em Direito na FDUSP e desde o início da década de 60,quando cinco dos atuais Ministros ainda não tinham nascido, atuo perante a Su