Terça-feira, 27 de fevereiro de 2024 - 11h06
RESUMO
O
INSS, representado pela Advocacia-Geral da União, opôs Embargos de Declaração
sobre a legalidade do Acórdão lavrado pelo STF. As alegações do INSS são
descabidas, desvirtuando a finalidade do instrumento jurídico opostos pela
União que é de esclarecer obscuridade, contradição e omissão ocorrida na
decisão proferida pelo juiz ou por órgão colegiado, mas não tem poderes de
alterar a essência da decisão do STF. No texto argumentativo buscamos mostrar
aos leitores todos os julgamentos realizados no STF, sobre à revisão da vida
toda, Tema 1102, a fim de que ele possa contextualizar sobre os recentes
julgamentos, notadamente referente aos embargos de declaração, opostos pelo
INSS. Nesse sentido, o artigo no seu núcleo do tema busca mostrar sobre o
próximo julgamento no STF, do malfadado embargos de declaração. Com isso,
explicitamos os pontos polêmicos discutidos no plenário, tanto virtual quanto
físico do STF. De sorte que, sobre o próximo julgamento programado para o dia
28/02/2024, discorremos sobre os embargos de declaração opostos pelo INSS, que
denotam uma procrastinação ao tratar sobre à anulação do acórdão proferido pelo
STJ, sob arguição de violação da cláusula de reserva do plenário e da modulação
dos efeitos a partir de 13/12/2022. Aliás, o meio jurídico, notadamente a OAB e
o ABA, manifestaram expondo que nas decisões colegiadas não houve
irregularidade que viesse justificar alteração do voto do conceituado ministro
Ricardo Lewandowski. Finalmente, concluímos com nossas considerações finais.
SUMÁRIO
1.Introdução.
2. Revisão da vida toda: o que se espera do julgamento no STF, agendado para o
dia 28/02/2024, do malfadado Embargos de Declaração do INSS? 3. Considerações finais. 4.
Referências Bibliográficas.
Palavras-chaves: Embargos
de Declaração, aposentados, revisão da vida toda, INSS, STF, OAB, ABA,
procrastinação, reserva de plenário, efeitos de modulação, julgamentos do STF.
1
– INTRODUÇÃO
O
objetivo deste artigo é mostrar aos leitores, de maneira geral, a busca dos
aposentados junto ao judiciário sobre a “revisão da vida toda”, bem como, suas
dificuldades no contexto Republicano de um Estado Democrático de Direito.
No
texto argumentativo buscamos mostrar aos leitores todos os julgamentos
realizados no STF, sobre à revisão da vida toda, Tema 1102, a fim de que ele
possa contextualizar sobre os recentes julgamentos, notadamente referente aos
embargos de declaração, opostos pelo INSS.
Nesse sentido, o artigo no seu núcleo do tema
busca mostrar sobre o próximo julgamento no STF, do malfadado embargos de
declaração. Com isso, explicitamos os pontos polêmicos discutidos no plenário,
tanto virtual quanto físico do STF.
Desse
modo, mostramos que no Plenário Físico do STF, foi realizado o julgamento do
Tema 1102, no dia 1º de dezembro de 2022, ocasião em que o placar de 6x5 foi
favorável aos aposentados, prevalecendo o entendimento de que quando houver
prejuízo para o segurado é possível afastar a regra de transição introduzida
pela lei, que exclui as contribuições anteriores a julho de 1994.
O
Acórdão o lavrado pelo STF não deixa nenhuma dúvida quanto o direito
conquistado pelos aposentados, bem como, da obrigação de fazer e pagar do INSS,
porém, no dia 05/05/2023, foi protocolado os Embargos de Declaração opostos
pelo INSS, representado pela Advocacia-Geral da União, mais uma vez com
objetivo de procrastinação.
As
alegações do INSS são descabidas, desvirtuando a finalidade do instrumento
jurídico opostos pela União que é de esclarecer obscuridade, contradição e
omissão ocorrida na decisão proferida pelo juiz ou por órgão colegiado, mas não
tem poderes de alterar a essência da decisão do STF.
Ainda,
o INSS mantém o entendimento já julgado, cuja retórica é fundamentada que o
pagamento trará impactos financeiros aos Cofres Públicos e busca confundir com
alegações, data vênia, conduzindo à opinião pública que os pedidos de vista e
destaques do ministro Nunes Marques, André Mendonça e Cristiano Zanin, são de
natureza mais política do que jurídica, a fim de postergação dos pagamentos aos
aposentados pelo direito conquistado junto ao STF.
De
fato, o ministro Cristiano Zanin, ao devolver o “pedido de vista” no dia
24/11/2023, em plenário virtual, dois pontos foram acolhidos pelo INSS: a)
anulação do acórdão proferido pelo STJ, sob arguição de violação da cláusula de
reserva de plenário; b) modulação de efeitos, a partir de 13/12/2022.
Porém,
o ministro Alexandre de Moraes manifestou que não houve violação à cláusula de
reserva do plenário (art. 97, CF/1988), inclusive pelo fato do STJ não ter
declarado inconstitucionalidade da norma jurídica, inclusive no Memorial,
emitido em 26/01/2024, o Presidente do Conselho Federal da OAB, manifestou o
entendimento de que não existiu a mencionada violação da cláusula de reserva de
plenário, também, manifestado pela ABA e pelo meio jurídico de uma maneira
geral.
Ainda,
chega ao extremo dos absurdos propor outro julgamento de revisão da vida toda
pelo STJ, notadamente, convenhamos seus argumentos são de procrastinação e de
confundir o meio jurídico, magistérios e os aposentado.
Finalmente,
concluímos que aquelas Autoridades do País com poder de decisão deveriam ter um
olhar holístico da justiça aos aposentados, idosos e aos portadores de doenças
graves, entre outros, bem como o bem-estar social aos aposentados e idosos,
assegurando o direito aos aposentados da revisão da vida toda, conquistado no
Plenário do STF, no dia 1º de dezembro de 2022.
2 – REVISÃO DA VIDA TODA: O QUE SE ESPERA
DO JULGAMENTO NO STF, AGENDADO PARA O DIA 28/02/2024, DO MALFADADO EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO DO INSS?
O
objetivo deste artigo é mostrar aos leitores de uma maneira geral os
desdobramentos sobre os julgamentos relacionados a revisão da vida toda,
entretanto, aqueles leitores que não estão familiarizados com o tema convido
efetuarem uma leitura dos nossos artigos publicados na doutrina pátria com
objetivo de um melhor entendimento sobre o contexto atual, com isso, tornar a
leitura mais leve evitando repetições.
Vale esclarecer que o Instituto Nacional do
Seguro Social – INSS, autor do Recurso Extraordinário (RE) nº 1.276.977[1], de 5/8/2020, no
julgamento de 27/8/2020, o referido órgão, inconformado, interpôs o RE
contrário ao direito dos aposentados da “revisão do benefício mais favorável”,
sob alegação da repercussão econômica resultando um impacto financeiro
decorrente da imediata aplicação da tese, oriundo das aposentadorias por tempo
de contribuições, por exemplo, 16,4 bilhões para os últimos dez anos.
O Ministro Marco Aurélio, atualmente
aposentado, no julgamento virtual do Tema 1102[2], da Repercussão Geral,
realizado em 11/6/2021, da “revisão da vida toda”, do Recurso Extraordinário -
RE nº 1.276.977/RG-DF, foi o Relator, que propôs a seguinte tese vencedora:
Na apuração do salário
de benefício dos segurados que ingressaram no Regime Geral da Previdência Social
até o dia anterior à publicação da Lei nº 9.876/1999 e implementaram os
requisitos para aposentadoria na vigência do diploma, aplica-se a regra
definitiva prevista no artigo 29, incisos I e II, da Lei nº 8.213/1991, quando
mais favorável que a norma de transição.
Assim, no julgamento de 11/6/2021,
do Tema 1102[3]
da Repercussão Geral, de “revisão da vida toda”, acompanharam o Relator
Ministro Marco Aurélio, os ministros Edson Fachin e Ricardo Lewandowski, bem
como as ministras Carmem Lúcia e Rosa Weber. Entretanto, teve o voto divergente
do Ministro Nunes Marques, com isso, acompanharam a divergência os seguintes
ministros: Dias Toffoli, Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Luiz Fux.
Por
essa razão a votação ficou empatada em cinco votos a favor e cinco votos
contra, ocasião em que ficou para o Ministro Alexandre de Moraes o “voto
minerva”, mas o mesmo pediu “vista do voto” para adiar a decisão para o
Plenário Virtual em 25/2/2022, o placar foi 6x5, favorável aos aposentados,
porém houve o pedido de destaque do ministro Nunes Marques.
Assim, contextualizando os
pontos a serem considerados no que diz respeito ao destaque do ministro Nunes
Marques ante a ADI nº 5399, um dos pontos foi o fato que o julgamento se
encerra não havendo possibilidade de reabrir.
Já o outro ponto seria a
possibilidade de desistência do pedido[4] de destaque que, exaurindo
com o tempo não teria sentido, resultando a perda do objeto do referido pedido
de destaque.
Os dois pontos obtiveram
concordância dos ministros Nunes Marques, Alexandre de Moraes e André Mendonça;
diante de aspectos de ordem regimental, ficou combinado que seria efetuada uma
sessão administrativa em caráter de urgência a fim de modificações da Resolução
nº 642/2019.
Em
resumo, sabe-se que, existindo a manutenção do voto do relator, o ex-ministro
Marco Aurélio, bem como da desistência do pedido de destaque por intermédio do
ministro Nunes Marques houve o respeito interna
corporis das decisões do colegiado e do fortalecimento da segurança
jurídica
Nesse sentido, na tramitação
processual do Tema 1102, referente ao Recurso Extraordinário (RE) nº 1.276.977,
em 9/6/2022, por meio da questão de ordem central da Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) nº 5.399, trazida pelo ministro Alexandre de
Moraes, acatada por maioria da Corte Maior, prevaleceu a manutenção do voto do
ex-ministro Marco Aurélio (aposentado), com placar de 6x5, no julgamento
virtual de 25/2/2022, constando o pedido de destaque do ministro Nunes Marques.
Entretanto, diante da
impossibilidade de votar do ministro André Mendonça, existiu a possibilidade de
encaminhar de ofício o processo à Presidência do STF, a ministra Rosa Weber
(aposentada), a fim de dar continuidade na tramitação processual que ficou estagnada
por vários meses desde a decisão no julgamento de 25/2/2022.
De
fato, o autor Murilo Aith, que em seu artigo “O “dever” de diplomacia do
ministro André Mendonça e o respeito com o aposentado[5]”, esclarece com
propriedade os fatos novos de fundamental importância, inclusive na sua Live, no canal do Youtube, informa sobre
sua reunião com a ministra Rosa Weber (aposentada) da presidência do STF, no
que diz respeito aos desdobramentos do processo do Tema 1102, os quais
discorremos anteriormente.
Enfim,
após as tratativas interna corporis,
o julgamento da revisão da vida toda foi realizado no Plenário Físico do STF,
nos dias 30/11/2022 e 1/12/2022, o qual acompanhamos pelo Canal do Youtube de
Luiz Portilho.
Assim, no julgamento do RE nº 1.276.977, Tema
1102, realizado nos dias 30/11/2022 e 1/12/2022, teve o placar de 6x5,
favorável aos aposentados. Nesse sentido, votaram a favor o ex-ministro Marco
Aurélio (voto mantido), Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Carmem Lúcia,
Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, entretanto, votaram contra os ministros Nunes
Marques, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Ainda,
foi derrubado o pedido de destaque do Ministro Nunes Marques, ocasião em que
prevaleceu a força de Têmis: verdade, equidade e humanidade[6].
No julgamento prevaleceu o entendimento
de que quando houver prejuízo para o segurado é possível afastar a regra de
transição introduzida pela lei, que exclui as contribuições anteriores a julho
de 1994.
No que diz respeito a regra de transição[7], o RE nº 1.276.977,
interposto pelo INSS contra decisão do STJ, que havia garantido a um
beneficiário, filiado ao RGPS antes da Lei nº 9.876/1999, a revisão da sua
aposentadoria com aplicação da regra definitiva prevista no art. 29, da Lei nº
8.213/1991, por ser mais favorável ao cálculo do benefício que a regra de
transição.
Por essa razão, no julgamento em que
ocorreu a vitória dos aposentados, no dia 1º de dezembro de 2022, a tese[8] de repercussão geral
fixada foi a seguinte:
O segurado que implementou as condições para o
benefício previdenciário após a vigência da Lei nº 9.876, de 26/11/1999, e
antes da vigência das novas regras constitucionais, introduzidas pela EC nº
103/2019, que tornou a regra transitória definitiva, tem o direito de optar pela
regra definitiva, acaso esta, lhe seja mais favorável.
De
maneira que, somos sabedores que o INSS, Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, representado pela
Procuradoria-Geral Federal, órgão da Advocacia-Geral da União, efetuou um
pedido junto ao STF, protocolado em 13/2/2023[9], com fundamento para a
suspensão nacional de processos, previsto no item II, o que denota
procrastinação ao discorrer sobre a necessidade da lavratura de Acórdão com
trânsito em julgado, o que acreditamos a fim de possibilitar ao referido órgão
interpor “Embargos de Declaração”, aliás, o que acabou ocorrendo como
demonstramos no presente artigo.
Ainda, o marketing institucional é
responsável pelos baixos proventos dos aposentados no Brasil após sujeitarem-se
a uma escravidão moderna das sociedades empresariais privadas durante décadas
consolidada pelo INSS quando da aposentadoria, por essa razão, é simplesmente
vergonhoso o fundamento para a suspensão nacional de processos, previsto no
item II, do pedido o que denota procrastinação sob a alegação de
impossibilidade estrutural no sentido de cumprir a sua “obrigação processual de
fazer e de pagar”.
Também,
o suposto discurso do INSS de rombo de que se fala ocasionado pelos
beneficiários do INSS, oriundos das sociedades empresárias privadas, talvez das
governanças corporativas públicas, bem como, o impacto financeiro que expõe o
INSS no RE nº 1.276.977/RG-DF, data vênia, não tenha sido maior do que o custo
do judiciário pela judicializacão, bem como do aumento da carga tributária em
decorrência da falta de controle dos gastos públicos.
Enfim, não há sentido lógico-jurídico
e nem ético em não conceder “melhor qualidade de vida” aos aposentados efetuando
reajustes em seus proventos, aliás, à contribuição previdenciária da qual
resulta o benefício da aposentadoria do INSS é uma contribuição bandoleira,
pois, beneficia o governo e o meio empresarial, enquanto, os aposentados ficam
reféns das decisões jurídicas em face das leis que não foram bem elaborada
estruturalmente.
De fato, o julgamento do Tema 1102,
da Repercussão Geral do RE nº 1.276.977/RG-DF, referente às demandas
denominadas “revisão da vida toda”, foi favorável ao aposentado e não à União
(INSS) que tem de cumprir o que determina o Código de Processo Civil, a exemplo
do que ocorre com a parte perdedora do processo responsável pela indenização à
parte vencedora.
Assim, o leitor
poderá observar que sobre a revisão da vida toda há justiças e injustiças em via de mão dupla dos
três poderes, o pior, não é especificamente na busca do referido direito pelos
aposentados e sim pela busca dos cidadãos de maneira geral na prestação jurisdicional que consiste na satisfação
do direito à composição do litígio, isto é, definição ou atuação da vontade concreta da lei diante do conflito
instalado entre as partes.
De
sorte que, no que diz respeito à Decisão Monocrática[10], de 28/02/2023, do ministro
Alexandre de Moraes nas páginas nºs de 2 a 5, ele traduziu ipsis litteris o texto do pedido de suspensão nacional de processo,
emitido em 07/02/2023, protocolado no STF em 13/02/2023, pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS,
representado pela Procuradoria-Geral Federal, órgão da Advocacia-Geral da União[11].
No Acórdão publicado no DJe de 13/4/2023[12], o leitor ao acessá-lo
poderá observar que consta um vasto histórico sobre o julgamento realizado no
dia 1º de dezembro de 2022, do RE nº 1.276.977/DF, de Repercussão Geral, Tema
1102, constando o relatório e voto do ministro Marco Aurélio (aposentado).
Também,
relatório e voto do ministro Alexandre de Moraes (relator), negando provimento
ao Recurso Extraordinário e proposta de tese: O segurado que implementou as
condições para o benefício previdenciário após a vigência da Lei nº 9.876, de
26/11/1999, e antes da vigência das novas regras constitucionais introduzidas
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019, tem o direito de optar pela regra
definitiva, caso esta, lhe seja mais favorável (ALMEIDA, Edson, grifo nosso,
p. 16-17). Além disso, constam relatórios e os votos, bem como, o voto-vista
dos demais ministros e ministras que participaram do julgamento em 1º/12/2022.
Ainda
que, o Acórdão lavrado pelo STF não deixa nenhuma dúvida quanto o direito conquistado
pelos aposentados, bem como, da obrigação de fazer e pagar do INSS, não
obstante, no dia 05/05/2023, foi protocolado os Embargos de Declaração[13] opostos pelo INSS,
representado pela Advocacia-Geral da União, mais uma vez com objetivo de procrastinação.
O
leitor poderá observar que nos Embargos de Declaração, o INSS ao finalizar no
item sobre requerimentos não deixa nenhuma dúvida que estamos diante de uma
manobra processual no sentido de procrastinar sua obrigação de fazer e pagar,
pois são postuladas matérias absurdas as quais não cabem em hipótese alguma no
estágio atual do processo, por exemplo, a anulação do acórdão recorrido, do
Colendo Superior Tribunal de Justiça, por inobservância do art. 97 da
Constituição, com determinação do retorno dos autos àquele Tribunal para novo
julgamento.
Também,
modular os efeitos do acórdão embargado, de forma que ele se aplique apenas
para o futuro, excluindo-se expressamente a possibilidade de: a) revisão de
benefícios previdenciários já extintos; b) rescisão das decisões transitadas em
julgado que, à luz da jurisprudência dominante, negaram o direito à revisão; e c)
revisão e pagamento de parcelas de benefícios quitadas à luz e ao tempo do
entendimento então vigente, vedando-se por consequência o pagamento de
diferenças anteriores a 13.04.2023 (data de publicação do acórdão do Tema
1.102/STF).
Em outras palavras qualquer
acadêmico do curso de direito é sabedor que o recurso denominado embargos de
declaração está previsto no art. 1.022, do CPC/21015, (ALMEIDA, Edson,
grifo nosso) tem finalidade especifica de esclarecer obscuridade, contradição
ou omissão ocorrida em decisão proferida por juiz ou por órgão colegiado.
Além disso, os embargos de declaração, não
altera o julgado, convenhamos o Acórdão relacionado ao julgamento de 1º de
dezembro de 2022, referente ao RE nº 1.276.977/DF, Tema 1102/STF, não deixa
nenhuma dúvida ao meio jurídico, conforme jurisprudência e doutrina pátria.
Pasmem! Anulação do Acórdão do STJ, requerida pelo INSS é uma afronta a
sabedoria do legislador do processo civil, bem como, a seriedade jurídica dos
membros dos tribunais do STJ e do STF.
Nos Embargos de Declaração, no item
III, o embargante discorre sobre omissão a respeito da decadência e da
prescrição, assim, no referido item, manifesta que de seus oitos itens do
Acórdão embargado discorreu sobre a incidência da prescrição e decadência, mas
omisso quanto ao ponto, acreditamos que o embargante está se referindo ao lapso
temporal, senão vejamos:
[...]
16. Dessa forma,
observa-se que o precedente qualificado do C. Superior Tribunal de Justiça
submetido a esse E. Supremo Tribunal Federal em sede de recurso extraordinário
ressalvou a necessidade de observar os prazos prescricionais e decadenciais em
sua aplicação.
17. No entanto, em nenhum de seus oito itens,
o r. acórdão embargado abordou a incidência da decadência decenal e da
prescrição quinquenal, restando omisso quanto ao ponto, muito embora a
incidência da decadência tenha sido reafirmada pelos Ministros dessa Corte, a
exemplos dos votos do Ministro Gilmar Mendes e da Ministra Rosa Weber [...]
No que diz respeito, sobre algumas dúvidas do
prazo decadencial é oportuno esclarecer que o Supremo Tribunal Federal (STF),
no julgamento do Recurso Extraordinário - RE 630.501-RS[14], de 21/12/2013, decidiu
que o prazo decadencial de 10 (dez) anos, previsto no art. 103, da Lei nº
8.213/1991, não deverá ser aplicado em relação ao pedido de reconhecimento do
direito ao benefício mais vantajoso por equiparar-se à pretensão revisional,
pois não se aplica o prazo decadencial para fins de preservação do direito
adquirido[15]
a nova circunstância de fato.
Pois o direito não caduca tampouco prescreve,
pelo fato de ele não se relacionar com o direito de pedir ou com a repercussão
econômica e sim com a sustentação intelectual de um direito realizado.
De maneira que no julgamento realizado no
Plenário Virtual do STF, em 9 de outubro de 2020, por meio da ADI nº 6.096/DF[16], também com placar de 6
votos a favor e 5 contra, a Corte Maior julgou inconstitucional o texto do art.
103, incisos I e II, da Lei nº 8.213/1991, com prazo decadencial de 10 (dez)
anos, declarando inconstitucional o art. 24 da Lei nº 13.846/2019.
Nesse sentido, podemos observar que as teses
vencedoras tanto do STJ, quanto do Relator Ministro Marco Aurélio (aposentado),
bem como do voto vista do Ministro Alexandre de Moraes, do STF, não mencionam
prazo decadencial para obtenção do direito conquistado em razão de erro de
cálculo previdenciário por parte do INSS; data vênia, caso constasse, as teses seriam inócuas beneficiando os Cofres Públicos,
bem como a ADI nº 6.096/DF de 13/10/2020, em relação à inconstitucionalidade do
prazo decadencial, seria letra morta.
Enfim, no que diz respeito à retórica defendida
por algumas autoridades públicas sobre a fundamentação jurídica do prazo
decadencial, é no sentido de evitar a eternização dos litígios e na busca de
equilíbrio financeiro e atuarial para o sistema previdenciário, cujo exemplo
foge ao contexto da tese vencedora do Tema 1102/STF.
Aliás, além do prazo decadencial não ser
aplicado na revisão da vida toda, conforme o Recurso Extraordinário - RE
630.501-RS, de 21/12/2013, tal pretensão é rechaçada pela ADI nº 6.096-DF/2020,
conforme mencionamos, o leitor poderá observar que o próprio INSS nos
embargos de declaração discorre sobre omissão do prazo decadencial no Acórdão
do STF, data vênia, demonstrando total desconhecimento da jurisprudência da Corte
Maior sobre o prazo decadencial. (ALMEIDA, Edson, Embargos de Declaração p.
5, grifo nosso)
Além disso, cada ação contém um modo de pedir
distinto das demais ações, por exemplo, aqueles pedidos revisionais
solicitados na esfera administrativa ao INSS sem nenhuma resposta que
ultrapasse o prazo decadencial estão garantidos, considerando que o órgão
público não cumpriu uma “obrigação de fazer”, o nº do protocolo poderá ser
utilizado, como meio de prova (ALMEIDA, Edson, grifo nosso).
Ainda, sobre o prazo decadencial de 10 (dez)
anos, previsto no art. 103, a Lei nº 8.213/1991[17] o STF decidiu favorável
ao aposentado, manifestando no sentido de que no pedido revisional não há
prazo decadencial por preservação do direito adquirido ante a nova
circunstância de fato, o que, com a devida vênia, descarta a pretensão
daqueles que defendem o prazo decadencial de 10 (dez) anos.
De fato, em não permitir as revisões por erros
materiais do cálculo previdenciário de um direito adquirido é eternizar a má
prestação dos serviços e dos atos ilícitos pela Previdência Social de certa
forma beneficiando os Cofres Públicos e penalizando os aposentados, inclusive
os herdeiros daquele aposentado falecido. Nesse sentido, em junho de 2021, o
STJ publicou o Acórdão do Tema 1.057 sobre a possibilidade da revisão de
aposentadoria do segurado já falecido.
Não obstante, observamos que a maioria dos
artigos da espécie notícias que são divulgados nas redes sociais, vem sustentando que o prazo decadencial é de 10 (dez)
anos, a partir da data do primeiro pagamento dos proventos da aposentadoria,
admitindo uma perspectiva que não é favorável ao segurado do INSS.
Ainda, o INSS, nos embargos de declaração,
alegou omissão no Acórdão do STF, utilizando nas suas citações o prazo
decadencial de 10 (dez) anos, mencionando alguns portais das mencionadas redes
sociais; data vênia, discordamos deste entendimento, considerando o que
expusemos anteriormente sobre o referido prazo.
Vale ressaltar que, numa interpretação imediata
utilizando em termos de hermenêutica jurídica, o legislador não foi feliz ao
mencionar o prazo prescricional de 10 (dez) anos, que a rigor deveria ser tão
somente sobre às contribuições previdenciárias, porém elas não estão à margem
do Código Tributário Nacional, por essa razão, o prazo prescricional seria de 5
(cinco) anos, repito tão somente para contribuições que no Direito Tributário é
um tributo, ou seja, à contribuição não está à margem do sistema tributário.
Por outro lado, prazo prescricional e
decadencial, não devem ser aplicados em relação ao pedido de reconhecimento do
direito ao benefício mais vantajoso por equiparar-se à pretensão revisional,
pois não se aplica o prazo decadencial para fins de preservação do direito
adquirido[18]
a nova circunstância de fato
Nas
redes sociais, demandas e nas doutrinas temos nos posicionado no sentido de que
o aposentado neste País é um “boi de piranha” das anomalias decorrentes do
institucionalismo, em que prevalece o marketing institucional em detrimento da
realidade dos fatos, a exemplo do que ocorre com os baixos proventos dos
aposentados no Brasil após sujeitar-se a uma escravidão moderna[19] das sociedades
empresariais privadas, durante décadas consolidada pelo INSS quando da
aposentadoria.
Com
isso, prejudicando os trabalhadores aposentados idosos que buscam “melhor qualidade
de vida”, inclusive muito deles portadores de doenças graves, no pouco tempo
que lhes restam para sua sobrevivência, bem como livrar-se das amarras das
instituições financeiras na condição de devedor dos empréstimos consignados[20].
Nesse
contexto, o aposentado fica refém do algoritmo[21] da tecnologia,
massificando e oprimindo valores, o pior, sendo utilizado por criminosos para
tirar o pouco que o aposentado possui, além disso, há por parte das redes
sociais, a exemplo, do YouTube, entre outras, que criam expectativas aos
aposentados de um tema que depende de um basta das amarras do poder público.
Reportando-nos
sobre os Embargos de Declaração, o INSS com a mesma retórica utilizou o
termo colapso do órgão em decorrência do desembolso financeiro em favor dos
aposentados no exercício do seu direito conquistado nos tribunais do STJ e do
STF (ALMEIDA, Edson, grifo nosso).
O
executivo não tem nenhum interesse em aumentar despesas com gastos
previdenciários a fim de não contrariar a Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO), quando da elaboração do Orçamento Anual. De fato, no RE nº 1.276.977/RG-DF,
do INSS na sua argumentação contrária à decisão do STJ, favorável aos
aposentados o referido órgão não deixou nenhuma dúvida sobre os possíveis
gastos previdenciários.
Além
do mais, pergunta-se: os elevados gastos públicos sem controle que ocasionaram
os aumentos da carga tributária para cobrir Orçamento Anual são menores que
qualquer reajuste dos proventos da aposentadoria? Acreditamos que não, pois as
revisões são especificas e o rombo em relação aos reajustes que constam nas
peças do RE nº 1.276.977/DF não traduzem uma realidade, aliás, no voto do
Ministro Alexandre de Moraes ele discorda dos argumentos do INSS.
Além
disso, a União menciona que os recentes impactos fiscais, regulamentação da
Renda Básica Universal por sugestão do Fundo de Erradicação da Pobreza
resultarão num gasto de R$93,7 bilhões; por esse motivo, pretende-se evitar um
colapso financeiro e da máquina pública diante do exaurimento dos recursos
discricionários das despesas de condenações judiciais.
Enfim,
é notório que no orçamento público as despesas são orçadas por meio de receitas
que poderão cobrir os gastos, havendo um equilíbrio ou não; com isso, quando
mal administrado, gera um déficit, o que não ocorre com a gestão das empresas
privadas, pois as receitas condicionam os desembolsos para pagamento de
despesas, enquanto na gestão pública são as despesas, isto é, os gastos que
determinarão o valor da receita.
Em
outras palavras, em relação aos rombos da previdência, supostamente o aposentado é um verdadeiro “boi de piranha”, em que
as governanças públicas do País, com objetivo de sensibilizarem a opinião
pública, utilizam argumentos de que os aumentos nos benefícios da aposentadoria
trariam impactos financeiros à União, conforme podemos constatar no RE
nº 1.276.977[22],
de 5/8/2020, do INSS no julgamento de 27/8/2020.
Nesse
contexto, concluímos que os gastos públicos os quais não foram controlados
ocasionaram um rombo no orçamento da União, que equivocadamente são imputados
aos aposentados, tão somente pela falta de controle das Governanças
Corporativas Públicas.
Vale
ressaltar que, desde o julgamento de 2021 no STF até os Embargos de Declaração
opostos ao Acórdão lavrado pela Corte Maior, o INSS sustentou de rombo ocasionado
pelos beneficiários, do INSS, oriundos das sociedades empresárias privadas,
talvez das governanças corporativas públicas, bem como, o impacto financeiro
que expõe o INSS no RE nº 1.276.977/RG-DF, data vênia, não tenha sido maior do
que o custo do judiciário pela judicializacão, bem como do aumento da carga
tributária em decorrência da falta de controle dos gastos públicos.
Por esses motivos, o julgamento
vitorioso de 1º de dezembro de 2022, no Plenário do STF, deve ser respeitado e
não ser consideradas às amarras procrastinatórias efetuadas junto ao STF pelo
INSS[23],
notadamente foi mais uma manobra processual a fim de postergar o direito
conquistado.
Assim, o leitor
poderá observar que sobre a revisão da vida toda há justiças e injustiças em via de mão dupla dos
três poderes, o pior, não é especificamente na busca do referido direito pelos
aposentados e sim pela busca dos cidadãos de maneira geral na prestação jurisdicional que consiste na satisfação
do direito à composição do litígio, isto é, definição ou atuação da vontade concreta da lei diante do conflito
instalado entre as partes.
De fato, não será
com a obrigação de pagar que o judiciário manterá a justiça conquistada nos
tribunais em relação à revisão da vida toda, bem como das outras conquistas de
direitos, ou seja, trata-se de uma questão gravíssima de justiças e injustiças
pactuadas por intermédio dos três poderes em via de mão dupla[24],
referente, inclusive sobre o recebimento do precatório de demandas que demoraram
décadas nos tribunais e com risco de aumentar ainda mais o tempo do tão
esperado precatório.
De fato, vários brasileiros estão em
situações lastimáveis esperando o recebimento dos precatórios, a exemplo dos
aposentados, portadores de doenças, idosos, entre outros que litigaram durante décadas
e tendo que aumentar ainda mais o tempo do tão esperado precatório diante da
Emenda Constitucional nº 113, de 08/12/2021[25]
e da Emenda Constitucional nº 114, de 16/12/2021[26],
regulamentadas pela Resolução nº 482, de 19/12/2022[27],
do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, medidas eivadas de injustiças, a fim de
acobertar ingerência do Poder Público na administração dos gastos públicos.
Nesse
sentido, os Embargos de Declaração opostos pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, representado pela
Procuradoria-Geral Federal, órgão da Advocacia-Geral da União, convenhamos, é
um desrespeito à dignidade da pessoa humana, considerando que aquelas
Autoridades do País com poder de decisão deveriam ter um olhar humano e justo
aos aposentados, aos portadores de doenças graves, bem como o bem-estar social
aos aposentados e idosos.
Pois
em sendo admitido o referido Embargos de Declaração do INSS pelo STF, seria uma
afronta ao Estado Democrático de Direito, por um
sistema de garantia dos direitos humanos, afrontando aos princípios da
dignidade da pessoa humana[28] (art. 1º, III, da
CF/1988), dos valores sociais do trabalho (art. 1º, IV, da CF/1988) e da
igualdade (art. 5º, caput, da CF/1988), bem assim, um retrocesso aquelas normas
previstas no CPC/2015, por intermédio do legislador brasileiro.
Mas,
caso não haja a retirada do sobrestamento dos processos da revisão da vida
toda, por intermédio dos tribunais em razão da conquista dos aposentados no
julgamento no Plenário do STF, realizado no dia 1º de dezembro de 2022, pelo
placar de 6 (seis) votos a favor e 5 (cinco) contras, o aposentado que esperou
por décadas deverá esperar por mais tempo.
Aliás, até mesmo ante a oportunista e
vergonhosa pretensão do Governo Federal, por intermédio do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS,
representado pela Procuradoria-Geral Federal, órgão da Advocacia-Geral da
União, quando opostos os Embargos de Declaração.
Por
sua vez, em decorrência das procrastinações e dos atos de justiças e injustiças
em via de mão dupla dos três poderes, os trabalhadores, aposentados, idosos,
portadores de doenças graves que buscam “melhor qualidade de vida”, são
prejudicados no pouco tempo que lhes restam para sua sobrevivência.
Em outras palavras, o aposentado com benefício do INSS é
diferente dos funcionários públicos lotados nos órgãos dos Três Poderes, quando
da inatividade os proventos poderão ser pela integralidade, isto é, o mesmo
valor será com base no último salário quando estavam na atividade, que
certamente serão superiores ao teto máximo do INSS, para alguns funcionários
públicos.
Além
de tudo, nas modernas governanças corporativas públicas ou privadas[29] o trabalhador ao
aposentar-se é discriminado no mercado de trabalho tanto pela organização em
que aposentou-se, bem como pelas parcerias, negando ou obstando[30] emprego ou nas prestações
de serviços, a fim de que ele possa retornar à atividade em decorrência dos
baixos proventos da aposentadoria na condição de segurado do INSS.
Reportando-nos
aos Embargos de declaração opostos pelo INSS, o julgamento do Tema 1102,
retomou no dia 18/08/2023, porém, o ministro Cristiano Zanin, pediu vista dos
autos, relativos aos embargos de declaração, opostos pelo INSS.
Por
esse motivo, o julgamento do RE nº 1.276.977, foi retomado no dia 24/11/ 2023 a
1º/12/2023, na sessão virtual do STF[31]. No julgamento, o placar
estava quatro votos a favor de modular os efeitos da decisão e em três para
acolher o pedido do INSS e anular o Acórdão do STJ.
De
maneira que, o ministro Cristiano Zanin, ao devolver o “pedido de vista” no dia
24/11/2023, em plenário virtual, dois pontos foram acolhidos pelo INSS: a)
anulação do acórdão proferido pelo STJ, sob arguição de violação da cláusula de
reserva de plenário; b) modulação de efeitos, a partir de 13/12/2022, data da
publicação da ata de julgamento do acórdão embargada[32] impossibilitado:
“a.
revisão de benefícios previdenciários já extintos; b. rescisão das decisões
transitadas em julgado que, à luz da jurisprudência dominante, negaram o
direito à revisão; em tais casos, aplicam-se às parcelas posteriores a
13/12/2022 a cláusula rebus sic stantibus, para que sejam corrigidas
observando-se a tese fixada neste processo; c. revisão e pagamento de parcelas
de benefícios quitadas à luz e ao tempo do entendimento então vigente,
vedando-se por consequência o pagamento de parcelas pretéritas.”
Assim, o ministro Alexandre de Moraes manifestou que não
houve violação à cláusula de reserva do plenário (art. 97, CF/1988), inclusive
pelo fato do STJ não ter declarado inconstitucionalidade da norma jurídica.
De fato, a Ordem dos Advogados - OAB[33], através do Memorial,
emitido em 26/01/2024, o Presidente do Conselho Federal, manifestou o
entendimento de que não existiu a mencionada violação da cláusula de reserva de
plenário, também, manifestado pela Associação Brasileira de Advogados - ABA,
bem como pelo meio jurídico de uma maneira geral, todos se manifestaram expondo
que nas decisões colegiadas não houve irregularidade que viesse justificar
alteração do voto do conceituado ministro Ricardo Lewandowski, atualmente
aposentado, senão vejamos:
Assim,
não há fato novo ou superveniente que permita a votação do Min. Zanin quanto ao
suposto desrespeito à reserva de plenário. Cogitar eventual anulação do
julgamento do tema 999 do STJ após decisão por maioria, com votação em plenário
virtual e presencial, se revela notório desrespeito às decisões colegiadas,
além de subverter os comandos constitucionais da segurança jurídica e do juiz
natural.
[...]
Impolida
e forçosa a tese defendida pelo INSS e acolhida no voto do Min. Zanin de que o
Min. Lewandowski não se manifestou a respeito da reserva de plenário. Além dos
votos dos relatores que o Min. acompanhou, o tema foi amplamente debatido em
plenário pelas demais cadeiras no julgamento presencial. Portanto, caso
divergisse nesse ponto teria se manifestado expressamente, o que não ocorreu.
Assim, sob o argumento de anulação do julgamento do tema
999, do STJ, após votação em plenário virtual e presencial, por intermédio da
maioria dos ministros, inclusive, mantendo o voto do ministro aposentado, ou
seja, nada pode ser editado à petição inicial, apenas em fato superveniente,
sendo seu voto acompanhado pelos relatores ministro Marco Aurélio (aposentado)
e o ministro Alexandre de Moraes, com a devida vênia, a referida pretensão do
INSS, caracteriza litigância de má fé. Ainda, além de subverter os comandos
constitucionais da segurança jurídica e do juiz natural fere o regimento interno
da Corte.
O outro ponto da embargante foi a modulação de efeitos, a
partir de 13/12/2022, data da publicação da ata de julgamento do acórdão
embargado, por essas razões, a modulação de efeitos já possui um
posicionamento, o qual será debatido no próximo julgamento do dia 28/02/2024,
caso novamente não seja prorrogado, que não deixa de ser uma procrastinação,
senão vejamos:
IV. Modulação de efeitos
O principal ponto a ser aqui debatido reside,
certamente, na modulação de efeitos da tese jurídica fixada no Tema 1102 da
repercussão geral.
O ministro Alexandre de Moraes pontua alguns
argumentos centrais para a compreensão da modulação de efeitos que sugeriu no
caso em tela: a) o STJ alterou seu entendimento quanto à tese da revisão da
vida toda tão somente a partir do julgamento do Tema 999; b) o STF ainda não
havia se posicionado juridicamente sobre a tese, tendo-o feito apenas no
julgamento do Tema 1102, em 1/12/22.
Diante disto, estabeleceu a modulação de efeitos da
revisão da vida toda para excluir da aplicação da tese as seguintes situações:
"(a) a revisão de benefícios previdenciários
já extintos;
(b) a revisão retroativa de parcelas de benefícios
já pagas e quitadas por força de decisão já transitada em julgado; aplicam-se
às próximas parcelas a cláusula rebus sic stantibus, para que sejam corrigidas
observando-se a tese fixada neste leading case, a partir da data do julgamento
do mérito (1/12/22)."
A ministra Rosa Weber dele divergiu parcialmente,
nos seguintes termos:
9. Ante o exposto, acolho, em parte, os embargos de
declaração, unicamente para modular os efeitos da tese fixada no Tema 1002,
mas, - e aqui divergindo em parte, com a mais respeitosa vênia, do ministro
Alexandre de Moraes -, voto, nesta modulação, para que se exclua do
entendimento fixado no Tema 1102 a possibilidade de: ( i ) revisão dos
benefícios previdenciários já extintos; ( ii ) ajuizamento de ação rescisória,
plenário virtual - minuta de voto - 21/8/23 com fundamento na tese firmada
neste recurso extraordinário, contra decisões que tenham transitado em julgado
antes de 17/12/19; ( iii ) pagamento de diferença de valores anteriores a
17/12/19, ressalvados os processos ajuizados até 26/6/19.
Assim,
favorável a modulação, no plenário virtual do dia 24/11/2023, votaram os
ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin e as ministras Rosa Weber
(aposentada) e Cármen Lúcia. Por sua vez, a favor da anulação do acórdão, votou
o ministro Cristiano Zanin, cujo voto foi acompanhado pelos ministros Luís
Roberto Barroso e Dias Toffoli.
Ainda,
a revisão da vida toda, ficou de retornar no dia 1º de fevereiro de 2024, mas, existiram
outros julgamentos e o tempo não permitiu que houvesse o esperado julgamento,
com isso, foi agendado para o dia 28/02/2024, não obstante, existem vários
processos na frente do julgamento da revisão da vida toda, o que nos conduz a
pensar que não haverá o julgamento sendo ele postergado novamente, oxalá que
autor esteja errado e que haja o julgamento desatando esse nó jurídico que até
o momento vem prejudicando ainda mais aos aposentados e o Modus operandis das governanças públicas.
Ante o
exposto, aquelas Autoridades do País com poder de decisão deveriam ter um olhar
holístico da justiça aos aposentados, idosos, portadores de doenças graves,
entre outros, principalmente em respeito aos ideais republicanos que emergem
do humanismo com leis para proteger os interesses comuns (CICERO Marco
Túlio, 106 a. C - 46 a. C, grifo nosso), nesse sentido, assegurando a obrigação
de fazer e pagar pelo INSS, aos aposentados da revisão da vida toda, cujo
direito foi conquistado no Plenário do STF, no dia 1º de dezembro de 2022.
3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ante
o exposto, o leitor poderá observar que o artigo no seu núcleo do tema buscou
mostrar todos os julgamentos realizados no STF, sobre à revisão da vida toda,
Tema 1102, expondo, inclusive os reflexos sobre o próximo julgamento no STF, do
malfadado embargos de declaração. Com isso, explicitamos os pontos polêmicos
discutidos no plenário, tanto virtual quanto físico do STF.
Nesse
contexto, o ministro Alexandre de Moraes manifestou que não houve violação à
cláusula de reserva do plenário (art. 97, CF/1988), inclusive pelo fato do STJ
não ter declarado inconstitucionalidade da norma jurídica.
Além do mais, o meio jurídico em especial a
OAB e a ABA, bem assim, o meio jurídico de uma geral se manifestaram expondo
que nas decisões colegiadas não existiu irregularidade que viesse justificar
alteração do voto do conceituado ministro Ricardo Lewandowski, atualmente
aposentado.
Finalmente,
concluímos que aquelas Autoridades do País com poder de decisão deveriam ter um
olhar holístico da justiça aos aposentados, idosos, portadores de doenças
graves, entre outros, assegurando a obrigação de fazer e pagar pelo INSS, aos
aposentados da revisão da vida toda, cujo direito foi conquistado no Plenário
do STF, no dia 1º de dezembro de 2022.
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Acesso em: 10/05/2023.
[1] BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF).
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NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº 630.501. Publicado em 17/4/2015. Disponível
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[1]
BRASIL. Supremo Tribunal
Federal (STF). Acórdão da Repercussão
Geral do Recurso Extraordinário nº 1.276.977-DF, de 5/8/2020, julgamento de
27/8/2020. Disponível em: https://www.stf.jus.br. Acesso em:
15/6/2021.
[2]
BRASIL. Supremo Tribunal
Federal (STF). Tema nº 1102 da
Repercussão Geral, julgamento no
Plenário Virtual em 21/6/2021, referente
ao RE nº 1.276.977, de 25/8/2020, interposto pelo INSS. Disponível em: https://www.stf.jus.br.
Acesso em: 15/6/2021.
[3]
BRASIL. Supremo Tribunal
Federal (STF). Tema nº 1102, de
11/6/2021, da Repercussão Geral. Disponível em: https://www.stf.jus.br. Acesso em:
15/6/2021.
O Tema refere-se a Repercussão Geral do RE nº
1.276.977-DF, o qual tratou no julgamento do plenário o seguinte:
Possibilidade de revisão de benefício previdenciário
mediante a aplicação da regra definitiva do art. 29, dos incisos I e II, da Lei
nº 8.213/1991, quando mais favorável do que a regra de transição contida no
art. 3º da Lei nº 9.876/1999, aos segurados que ingressaram no Regime Geral da
Previdência Social antes da publicação da referida Lei nº 9.876/1999, ocorrida
em 26/11/1999. Relator: Ministro Marco Aurélio. Ata de Julgamento nº 19, de
14/6/2021, DJE nº 119, divulgado em 21/6/2021, com vistas ao Ministro Alexandre
de Moraes.
[4]
AITH, Murilo. O “dever” de diplomacia do ministro André
Mendonça e o respeito com o aposentado. Postado em 19/10/2022. Disponível
em: https://www.conjur.com. br. Acesso em: 27/10/2022.
[5]
AITH, Murilo. O “dever” de diplomacia do ministro André
Mendonça e o respeito com o aposentado. Postado em 19/10/2022. Disponível
em: https://www.conjur.com. br. Acesso em: 27/10/2022.
[6] ALMEIDA, Edson. Julgamento sobre revisão da vida toda foi
favorável aos aposentados, placar 6x5, derrubado o pedido de destaque do
Ministro Nunes Marques, prevaleceu a força de Têmis: verdade, equidade e
humanidade. Postado em 19/7/2022. Disponível em: https://www.gentedeopniao.com.br.
Acesso em: 19/7/2022.
[7] ALMEIDA, Edson Sebastião de. Revisão da vida toda: o Acórdão publicado
pelo STF, garantiu o direito aos aposentados, mas agora quais serão os seus
desdobramentos? Disponível em: https://www.contabeis.com.br.
Acesso em: 26/04/2023.
[8]
BRASIL. Superior Tribunal
Federal (STF). “Revisão da vida toda” é
constitucional, diz o STF. Disponível em: https://portal.stf.jus.br. Acesso
em: 1/12/2022.
[9] BRASIL. ADVOCACIA-GERAL DA
UNIÃO.PROCURADORIA-GERAL FEDERAL. Pedido
de suspensão nacional de processos. RE nº 1.276.977/DF-Tema 1102/STF.
Recorrente: Instituto Nacional de Seguros Social – INSS, Recorrido: Vanderlei
Martins de Medeiros, Procuradora-Geral Federal: Adriana Maia Venturini,
7/2/2023, protocolado em 13/2/2023.
[10]
BRASIL. Superior Tribunal
Federal (STF). Recurso Extraordinário
1.276.977/DF – Tema 1102. Decisão Monocrática, de 28/02/2023. Petições nºs
12.110/2023 e 13.157/2023. Relator: Ministro Alexandre de Moraes.
Recorrente: Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, Recorrido: Vanderlei
Martins de Medeiros. Publicada no DJe, de 2/3/2023. Disponível em: https://www.stf.jus.br.
Acesso em: 5/3/2023.
[11]
BRASIL. Advocacia-Geral da
União. Procuradoria-Geral Federal. Pedido
de suspensão nacional de processo. RE nº 1.276.977/DF-Tema 1102/STF.
Recorrente: Instituto Nacional de Seguros Social-INSS, Recorrido: Vanderlei
Martins de Medeiros, Procuradoria-Geral: Adriana Maia Venturini, emitido em
07/02/2023, protocolado no STF em 13/02/2023. Disponível em: https://www.stf.jus.br.
Acesso em: 14/03/2023.
[12]BRASIL. Supremo Tribunal Federal
(STF). Recurso Extraordinário 1.276.977,
Distrito Federal. Inteiro Teor do Acórdão, páginas 1 de 192, de 1/12/2022.
Relator: min. Marco Aurélio, Redator do Acórdão: Min. Alexandre de Moraes. Réu:
Instituto Nacional de Seguro Social – INSS. Autor: Vanderlei Martins de
Medeiros. Disponível em: https://www.stf.jus.br. Acesso em: 13/04/2023.
[13]
BRASIL. Advocacia-Geral da
União. Procuradoria-Geral Federal. Embargos
de Declaração, de 05/05/2023, RE nº 1.276.977/DF, Tema 1102/STF, Processo nº
5022146-41.2014.4.04.7200. Embargante: Instituto Nacional de Seguro Social
– INSS, Embargado: Vanderlei Martins de Medeiros. Procuradora-Geral Federal:
Adriana Maia Venturini. Disponível em: https://www.stf.jus.br. Acesso em:
10/05/2023.
[14]
BRASIL. Supremo Tribunal
Federal (STF). Recurso Extraordinário nº
630.501-RS, de 21/2/2013.Aposentadoria, proventos, cálculos, benefício mais
favorável não há prazo decadencial em preservação do direito adquirido frente a
nova circunstância de fato não se aplicando no prazo decadencial previsto no
art. 3º da Lei nº 8.213/1991, nas revisões que não pode ser afetada por decurso
do tempo. Relatora: Ministra Ellen Gracie. Redator do Acórdão: Ministro Marco
Aurélio. Publicado no DJe nº 166, divulgação em 23/8/2013, publicação em
26/8/2013, Ementário nº 2700-1. Disponível em: https://www.stf.jus.br. Acesso em:
15/6/2021.
[15] PREVIDENCIARISTA. PREVIDENCIÁRIA. TRF 4. PREVIDENCIÁRIO.
DECADÊNCIA. DIREITO ADQUIRIDO AO MELHOR BENEFÍCIO. DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL EM REPERCUSSÃO GERAL, NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº 630.501.
Publicado em 17/4/2015. Disponível em: https://www.previdenciarista.com.br.
Acesso em: 15/6/2021.
[16] BRASIL. Supremo Tribunal Federal
(STF). Ação Direta de
Inconstitucionalidade – ADI nº 6096/DF, de 13/10/2020, p. 1-52. Requerente:
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria-CNTI, Intimado: Presidente
da República, Relator: Ministro Edson Fachin. Disponível em: http://www.stf.jus.br.
Acesso em: 10/12/2020.
[17] BRASIL. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991.
Dispõe sobre Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras
providências. Disponível em: https://www.planalto.gov.br.
Acesso em: 15/6/2021.
[18] PREVIDENCIARISTA. PREVIDENCIÁRIA. TRF 4. PREVIDENCIÁRIO.
DECADÊNCIA. DIREITO ADQUIRIDO AO MELHOR BENEFÍCIO. DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL EM REPERCUSSÃO GERAL, NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº 630.501.
Publicado em 17/4/2015. Disponível em: https://www.previdenciarista.com.br.
Acesso em: 15/6/2021.
[19]
ALMEIDA, Edson Sebastião de.
Aposentados: Escravidão Moderna Imposta
pelo INSS x Aposentadoria Revisão da Vida Toda, Julgamento do Tema 1102 no STF,
Quem Vencerá? São Paulo: Revista Síntese Trabalhista e Previdenciária, nº
389, novembro/2021, p. 89-103.
[20]
ALMEIDA, Edson Sebastião de. Reaposentação: o julgamento pelo STF em
06.02.2020 Retrata um Ativismo judicial? São Paulo: Revista SÍNTESE Direito
Previdenciário - Ano 19, nº 96 (maio/jun. 2020), 2020, p. 211.
[21] GARRET, Filipe. O que é algoritmo? Entenda como funciona em
apps e sites da internet. Publicado em 14/5/2020. Disponível em: https://techtudo.com.br.
Acesso em. 17/2/2023.
[22]
BRASIL. Supremo Tribunal
Federal (STF). Acórdão da Repercussão
Geral do Recurso Extraordinário nº 1.276.977-DF, de 5/8/2020, julgamento de
27/8/2020. Disponível em: https://www.stf.jus.br. Acesso em:
15/6/2021.
[23] BRASIL. ADVOCACIA-GERAL DA
UNIÃO.PROCURADORIA-GERAL FEDERAL. Pedido
de suspensão nacional de processos. RE nº 1.276.977/DF-Tema 1102/STF.
Recorrente: Instituto Nacional de Seguros Social – INSS, Recorrido: Vanderlei
Martins de Medeiros, Procuradora-Geral Federal: Adriana Maia Venturini,
7/2/2023, protocolado em 13/2/2023.
[24] ALMEIDA, Edson Sebastião de. Revisão da Vida Toda: Justiças e Injustiças
em Via de Mão Dupla dos Três Poderes e a Absurda Manobra Processual do INSS com
Pedido de Suspensão ao STF das Obrigações de Fazer e de Pagar. São Paulo:
Revista Síntese Trabalhista e Previdenciário, v. 33, nº 406, 2023, p. 64-86.
[25]
BRASIL. Presidência da
República. Casa Civil. Emenda
Constitucional nº 113, de 08/12/2021. Altera a Constituição Federal e o Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias para estabelecer o novo regime de
pagamentos de precatórios, modificar normas relativas ao Novo Regime Fiscal e
autorizar o parcelamento de débitos previdenciários dos Municípios, e dá outras
providências. Disponível em: https://www.planalto.gov.br.
Acesso em: 13/12/2021.
[26]
BRASIL. Presidência da
República. Casa Civil. Emenda
Constitucional nº 114, de 16/12/2021. Altera a Constituição Federal e o Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias para estabelecer o novo regime de
pagamentos de precatórios, modificar normas relativas ao Novo Regime Fiscal e
autorizar o parcelamento de débitos previdenciários dos Municípios, e dá outras
providências. Disponível em: https://www.planalto.gov.br.
Acesso em: 13/12/2021.
[27] BRASIL. Conselho Nacional de
Justiça – CNJ. Resolução nº 482, de
19/12/2022. Atualiza a Resolução CNJ nº 303/2019, que dispõe sobre a gestão
de precatórios e respectivos procedimentos operacionais no âmbito do Poder
Judiciário. Disponível em: https://www.cnj.jus.br. Acesso em:
20/12/2022.
[28] SAMPAIO, Marcos. O conteúdo essencial dos Direitos Sociais.
São Paulo: Saraiva, 2013, p. 215.
[29] ALMEIDA, Edson Sebastião de. CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA: conflitos
das normas de combate à sonegação fiscal com os novos paradigmas da era digital
das modernas governanças corporativas públicas e privadas. Rio de Janeiro:
Editora Lumen Juris, 2014, p. 9-22.
[30] BRASIL. Tribunal de Justiça do
Distrito Federal e dos Territórios. Discriminação
ou Preconceito. Lei nº 7.716, de 05/01/1989. Disponível em: https://www.tjdft.jus.br.
Acesso em: 10/05/2023.
[31] BRASIL. Supremo Tribunal Federal
(STF). STF retoma julgamento de recursos
sobre caso da revisão da vida toda. Disponível em: https://portal.stf.jus.br.
Acesso em: 25/02/2024.
[32]
CABRAL, José Alberto Ribeiro
Simonetti; SANTOS, Ulisses Rabaneda dos. ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – OAB. Memorial, de 26/01/2024. Disponível em:
pc@oab.prg.br/www.oab..org.br. Acesso em: 25/02/2024.
[33]
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