Terça-feira, 19 de maio de 2020 - 11h49
A pandemia do coronavírus
impôs uma rotina completamente diferente à população brasileira, modificando
hábitos que pareciam ser eternos e intocáveis por tempo secular. Essa mudança
de rotina atingiu, inevitavelmente, todos os setores da economia, da medicina,
da cultura e da educação, promovendo uma série de situações que ficarão para
sempre na memória dos brasileiros. Entre os setores mais afetados, do ponto de
vista administrativo, está a seara da educação, que enfrenta desafios jamais
imaginados por profissionais deste ramo, pelo governo, pelos alunos e pais de
alunos. No caso específico de Rondônia, os problemas são bem maiores, porque
além das circunstâncias dos fatos, a pasta da educação é comandada por uma
pessoa que está, há décadas, fora da sala de aula e desconhece completamente a
realidade do estado, como é o caso de Suamy Lacerda...
As discordâncias registradas
aqui, em relação ao secretário de educação de Rondônia não são e não poderiam
ser generalizadas, haja vista que não se pode colocar todos os problemas na
conta dele. Claro que não!!! E se alguém fizer isto, estará cometendo uma
grande injustiça. Este preâmbulo tem a finalidade de esclarecer que não se
trata de birra pessoal contra o secretário, mesmo porque não existe razão para
isso. A questão é meramente profissional, técnica, pedagógica, didática e
histórica; porém não vamos esmiuçar muito a abordagem histórica, visto que
História não parece ser o forte do secretário. Assim, é muito importante saber
que não foi Suamy Lacerda que provocou a pandemia; não foi ele quem criou a
plataforma das “Aulas Remotas”, como também ele não é autor das “apostilas”.
Logicamente que não poderia ser autor mesmo, porque ele não tem capacidade nem
mesmo de administrar sua pasta. Sempre que acontece alguma lambança na Seduc,
ele trata de colocar a culpa em algum subordinado e chama o Chefe da Casa Civil
para apresentar as desculpas à imprensa e à sociedade.
E por que as “Aulas Remotas”
não funcionam??? Porque não existem condições para que funcionem. A palavra
“remota” possui diversos significados, mas a Seduc adotou a concepção de que
remoto é aquilo que tende a dar errado; aquilo que é duvidoso; aquilo que é
pouco provável. E por que as “Aulas Remotas” não funcionam?? Porque grande
parte dos alunos não tem computador em casa; porque a Pedagogia não recomenda
aulas pelo celular; porque uma imensa maioria de alunos utilizam pacotes de
internet em seus aparelhos de celular, e não possuem condições financeiras para
manter os aparelhos com créditos; porque não existe nenhuma família em Rondônia
que tenha condições de dar aulas em casa para seus filhos, sobre diversas
ciências diferentes; porque existem famílias que possuem apenas um aparelho de
celular e quatro ou cinco filhos em escolas diferentes; porque existem milhares
de professores que não dominam a arte de manusear algumas ferramentas
tecnológicas; porque os professores da rede estadual de Rondônia possuem
formação para aulas presenciais; e não remotas. Claro que o secretário ignora
esses fatos, porque o importante nas Aulas Remotas é fingir. Fernando Pessoa,
um grande gênio da literatura portuguesa, falecido em meados da década de 30,
registrou, certa feita, que “O poeta é um fingidor, finge tão completamente, que chega a fingir que é dor a dor
que deveras sente”. Mas não vamos confundir a cabeça do secretário com
informações remotas sobre a literatura, porque Suamy Lacerda deve odiar esse
tema, como Marquês de Pombal odiava os jesuítas. Aliás, o Marques de Pombal
odiava tanto os jesuítas, que os expulsou da colônia, no século XVII, porque
não aceitava o modelo de educação que os jesuítas adotavam. Essa questão de
modelo de educação, por imposição, é um problema sério desde os tempos do
Brasil Colônia...
Então, por que o secretário fala com tanto orgulho dessas
“Aulas Remotas” em Rondônia?? O Principal motivo é porque ele não conhece o
estado. Talvez conheça um pouco mais Itapuã do Oeste e a sala da direção da
escola João Bento da Costa, locais onde passou a vida como professor. Assim, os
diretores de escolas são seus maiores cúmplices nesse modelo de aulas remotas,
porque eles mentem que tudo está uma maravilha. Claro que eles dizem que está
uma maravilha, porque, nas salas remotas criadas nas escolas, os alunos não
podem dar opinião. Os alunos apenas aceitam as aulas impostas, sem direito de
discutir nada. Os alunos são bloqueados para a opção opinar. Mas os professores que conversam com alunos e
com os pais sabem muito bem que os resultados têm sido péssimos. Para que
possamos fazer justiça, nem todos os diretores são cúmplices do secretário e
das CRE’s; apenas um pequeno percentual de uns 98%, porque, para eles, o que
mais importa é se manter no cargo de diretor. Enquanto isso, Suamy Lacerda
registra no portal da Seduc que ele considera a sala de aula o melhor lugar de
uma escola, ainda que este lugar não seja tão remoto na vida dele... Tenho
dito!!!
Francisco
Xavier Gomes
Professor
da Rede Estadual e Jornalista
A importância de crianças e adolescentes estudarem
A educação é um direito fundamental para o desenvolvimento do ser humano em qualquer sociedade. No Brasil, através da Constituição Federal de 1988,
O Pensamento Escravo-Fascista no Contexto do Estado Brasileiro
Vinício Carrilho Martinez (Dr.) – Cientista Social/UFSCar Vinícius Miguel Raduan (Dr.) – Cientista Social/UNIREste artigo propõe uma análise int
Como Desenvolvedores de Jogos Online Estão Usando IA para Criar Jogos Mais Inteligentes e Dinâmicos
O mundo dos games está se transformando rapidamente, e a inteligência artificial (IA) está no centro dessa evolução. Os jogos online de hoje não são
Da Tela ao Espaço: Criando Sua Casa Ideal
Criar a casa ideal é um sonho que muitas pessoas desejam concretizar. Essa jornada, que vai da imaginação à realidade, é um processo que envolve pla