Terça-feira, 20 de fevereiro de 2024 - 07h27
Cada ser humano é
diferente do outro e a forma como lidam com questões emocionais e de saúde
mental também. Muito se fala sobre saúde mental, mas estamos prestando atenção
ao comportamento das crianças? É muito importante que todos, que convivam e
estejam ao redor do pequeno, estejam atentos às mudanças de humor e
comportamento.
Quando falamos de
saúde mental nos referimos a como nossa mente e coração se sentem e funcionam.
Relaciona-se a como nos sentimos por dentro e como lidamos com nossos
pensamentos e emoções. Estar atento à saúde mental infantil se faz necessário
porque ela desempenha um papel fundamental em seu desenvolvimento e bem-estar.
Além disso, afeta
como elas aprendem, se relacionam com os outros e enfrentam os desafios da
vida. Quando as crianças estão emocionalmente saudáveis, têm mais chances de
serem bem-sucedidas em todas as áreas e aspectos de suas vidas.
Os principais
fatores de risco ligados à saúde mental infantil estão relacionados à
violência, social e familiar; bullying; violência sexual; e problemas
socioeconômicos.
Alguns sinais de
alerta que as crianças demonstram são mudanças drásticas de comportamento,
problemas de sono, expressão de emoções, declínio no desenvolvimento escolar e
comentários que podem ser vistos como preocupantes. Na mudança de
comportamento, passam a se isolar, evitam contato social e expressam tristeza
de maneira contínua.
Os problemas de
sono têm reações como constantes dores de cabeça, estômago ou recusa em ir à
escola. Na expressão de emoções, a criança pode começar a ter, por exemplo,
medo de tudo. A expressão de emoções incomuns ou extremas pode ser um
indicativo de que algo está perturbando a criança.
Já o declínio no
desempenho escolar também pode ser sinal de dificuldades emocionais. Nos
comentários preocupantes fazem afirmações como que desejam desaparecer, se
machucam ou machucam os outros. Esses comportamentos devem ser levados a sério.
Muitos pais se
perguntam o que fazer diante dessas circunstâncias. O mais indicado é conversar
com a criança e abrir um espaço seguro para que elas possam falar dos seus
sentimentos. É necessária uma escuta empática e sem julgamentos.
Também é importante
um apoio profissional para que essa criança seja amparada e que suas
necessidades sejam compreendidas. Procure reduzir o estresse criando um
ambiente familiar calmo e de apoio. Identifique os sinais de alerta e procure
ajuda. Lembre-se, buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas, sim, de amor e cuidado.
(*) Luciana Brites
é CEO do Instituto NeuroSaber (https://institutoneurosaber.com.br ),
autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem, pedagoga,
palestrante, especialista em Educação Especial na área de Deficiência Mental e
Psicopedagogia Clínica e Institucional pela UniFil Londrina e em
Psicomotricidade pelo Instituto Superior de Educação ISPE-GAE São Paulo, além
de ser Mestra e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento pelo Mackenzie.
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