Terça-feira, 5 de dezembro de 2023 - 15h12
O fim de ano simboliza o fechamento de um ciclo, quando, num curto
período de tempo, fazemos a leitura de tudo que vivemos nos últimos 12 meses e
idealizamos resolver problemas pessoais e profissionais, pendências, de forma a
nos organizarmos para o próximo ano.
As festas de fim de ano representam um tempo limite para o encerramento
de uma etapa que traz consigo desgastes físicos e emocionais, que geram aumento
significativo do quadro de ansiedade, depressão e estresse, de forma
geral.
A síndrome de fim de ano, também conhecida como “Dezembrite”, tem
crescido muito entre a população, pois assim como o fim do ano representa
alegria, conquistas e comemorações, também pode trazer tristeza, frustração,
decepção, entre outros sentimentos, que interferem diretamente no desempenho
pessoal e na qualidade de vida.
Por isso, é importante estar atento aos sinais que o nosso corpo e nossa
mente vêm nos dando sobre as pressões e expectativas que criamos no fim do ano,
de que precisamos encerrar esse ciclo com sucesso e suprir todas as
expectativas próprias e também do outro.
É importante destacar que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde
(OMS), o Brasil é o país que mais sofre com ansiedade, sendo esse um dos
sintomas mais presentes nessa época do ano.
A ansiedade se apresenta com sintomas como irritabilidade, falta de ar,
palpitação, náuseas, dores de cabeça, pensamentos acelerados, atitudes
compulsivas, angústia, entre outros, que interferem diretamente no cotidiano.
Diante de tais sinais, precisamos estar atentos para que o quadro de ansiedade
não avance para um quadro depressivo e/ou, no contexto de trabalho, para a
Síndrome de Burnout.
A Síndrome de Burnout não é exatamente uma doença, mas uma alteração
psicológica que está relacionada com a exaustão física e mental, e pode ser
desenvolvida por estresse crônico, tensão emocional, problemas no trabalho,
excesso de obrigações e questões familiares. Seus principais sintomas são:
cansaço excessivo, dores de cabeça frequentes, fadiga e dores musculares,
pressão alta e alteração dos batimentos cardíacos, alteração de apetite, perda
na produtividade e alteração de sono.
Diante disso é importante estar atento aos sinais que o corpo vai dando
de que algo não está bem. Não é um mês ou uma época do ano que vai nos dizer se
alcançamos ou não nossos objetivos, mas a forma como vivemos cada etapa, e como
nos sentimos ao longo de cada conquista.
Por isso, estipule pequenas metas, priorize sua saúde, pratique
atividade física e busque ajuda profissional ao perceber sinais que têm
interferido em seu bem-estar, pois nossa saúde é um bem precioso e precisamos
colocá-la como prioridade.
*Aline Tayná de Carvalho Barbosa Rodrigues é psicóloga
escolar no Instituto Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP).
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