Segunda-feira, 26 de setembro de 2022 - 18h32
Que o financiamento público
de campanha nunca foi visto com bons olhos pelo povo brasileiro é coisa que todo
o mundo sabe. O que muita gente não sabe é que, apesar desse senso comum, são
quase R$ 5 bilhões destinados para a campanha deste ano. E o que é mais preocupante:
os partidos são os gestores dessa dinheirama, podendo destinar os recursos
segundo critérios de cada agremiação.
Mas há, nestas “paragens do
poente”, uma boa notícia: nem todos os candidatos ao Senado por Rondônia estão
usando recursos do Fundo Especial para o Financiamento de Campanhas (FEFC). Pelo
menos é esse o caso do empresário da produção rural Jaime Bagattoli, do Partido
Liberal (PL). Em seus discursos, ele afirma que não concorda com mais esse
custo recaindo sobre o povo brasileiro. E se comporta conforme o que afirma:
não utilizou e garante que não vai utilizar nem um centavo do dinheiro público
para sua campanha. Tem respaldo pra isso, já que em 2018, quando também
disputou uma cadeira no Senado Federal, agiu da mesma forma, recusando-se a
usar o dinheiro público.
Bagattoli tem sido assertivo
quando indagado sobre sua postura: “um país como o Brasil, com as demandas
públicas urgentes que tem, jamais deveria aplicar recursos nesse tipo de
despesa.” Como diversidade e democracia caminham juntas, há nas demais
candidaturas ao Senado por Rondônia, diferentes comportamentos
financeiro-eleitorais. No site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas
prestações de contas, identifica-se quem foram os candidatos ao Senado por
Rondônia que mais receberam recursos público para suas campanhas:
1º - Jaqueline Cassol (PP) –
R$ 3.500.000,00 – 99,09% do orçamento da campanha
2º - Expedito Júnior (PSD) –
R$ 2.800.000,00 – 100,00% do orçamento da campanha
3º - Mariana Carvalho (PSDB)
– R$ 2.570.000,00 – 96,25% do orçamento da campanha
4º - Acir Gurgacz (PDT) – R$
1.000.000,00 – 88,65% do orçamento da campanha
Considerando o que as
pesquisas têm apontado como preferência popular, é de se considerar que a
postura de Bagattoli no que se refere a sua recusa a lançar mão do dinheiro
público esteja lhe rendendo reconhecimentos, adesões e apoios. As urnas darão a
palavra final.
“Não há governo se a lei não é obedecida, mas não há liberdade se essa obediência combate sempre a nossa vontade e, ainda menos, se revolta a razão.
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