Segunda-feira, 2 de março de 2015 - 06h33
O modelo de assinatura semanal, que faz sucesso na venda de serviços de valor adicionado para usuários pré-pagos no Brasil especialmente nas áreas de educação, saúde e entretenimento, deve chegar em breve aos serviços de segurança móvel. Essa é a aposta da finlandesa F-Secure, que provê um app de segurança para usuários da Telefônica em vários mercados da América Latina e que também tem contratos com Claro, CTBC e GVT no Brasil. Um teste piloto foi lançado em novembro do ano passado na Movistar do México e está dando certo. Agora, a ideia é replicar a experiência no resto da América Latina. Dessa forma, a taxa de adesão ao serviço, que hoje gira entre 5% e 10% da base de usuários de smartphones das teles parceiras, deve subir para 20% a 25% até o final do ano, espera Ariel Torres, gerente técnico de serviços da F-Secure na região.
No modelo de assinatura semanal, quando o usuário deixa de pagar, a proteção oferecida pelo app é desativada. Quando paga novamente, é reativada para os próximos sete dias, explica o executivo.
A consciência dos usuários móveis latino-americanos sobre a necessidade de segurança em seus dispositivos ainda é baixa. Torres estima que menos de 20% tomem algum cuidado relativo a esse ponto em seus smartphones. E a penetração de uso de antivírus, especificamente, é ainda menor. Ele ressalta que as pessoas, por outro lado, hoje dão mais valor à proteção do conteúdo em seus smartphones do que ao aparelho em si. "Temos uma pesquisa que mostra que para 95% dos usuários é mais importante o conteúdo do que o aparelho. Este está cada vez mais barato e ainda tem seguro oferecido pelas operadoras. Quando você perde seu telefone, vai sentir mais falta das fotos do aniversário da sua filha do que do aparelho", comenta.
O app da F-Secure funciona como uma suíte com várias funcionalidades de segurança. Antivírus é apenas uma delas. Há ainda uma ferramenta antirroubo, uma para apagamento remoto dos dados e uma para controle parental, dentre outras. Em seu modelo de negócios, a F-Secure vende o serviço sempre por meio de parcerias com operadoras, nunca diretamente para o consumidor final
Fernando Paiva
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