Sábado, 4 de novembro de 2017 - 07h15
Eis aí uma tarefa assaz difícil, e de extrema complexidade, e que
requer habilidade se ambicionamos êxito na empreitada. Mudar mentes
depende exclusivamente de quem assume e se conscientiza que pensa e,
portanto, age de maneira incorreta.
O primeiro entrave: Ninguém gosta de admitir erros. Vergonha,
autoestima ferida, decepção consigo próprio, mágoas, fazem a pessoa
procrastinar mudanças, e por isso, sofrem coisas que não precisariam
sofrer.
Houve tempos em que eu considerava mudar mentes uma batalha perdida, e
dezenove anos atrás escrevi um artigo comentando sobre a imutabilidade
da cabeça do homem.
Raciocinava, outrora, que pau que nasce torto morre torto, as mudanças
eram superficiais e no cerne, nas suas essências, o homem não mudava.
Embora esteja cercado de provas de que pessoas não mudam suas cabeças,
atualmente não penso mais assim. Hoje compreendo que as pessoas podem
mudar radicalmente as suas vidas, mas elas precisam se convencer
disso, e precisam, principalmente, querer isso. Por quê? No livro de
Atos 6 : 6, conhecemos a figura de Estevão, um homem cheio de fé e
cheio de Espírito Santo, que fazia prodígios e grandes sinais,
(milagres), entre o povo judeu.
Você, leitor, sempre levantará a ira de seus adversários quando
mostrar habilidades, sabedoria e sucesso. E estes adversários vão
aprontar armadilhas para derrubá-lo. Isso aconteceu também com
Estevão.
Os sumo sacerdotes do Sinédrio, (o S.T.F. da época), não conseguiam
resistir a sabedoria e ao Espírito pelo qual Estevão falava, e então,
subornaram pessoas, as quais testemunharam assim: “Temos ouvido este
homem blasfemar contra Moisés e contra Deus.”
Pronto, estava armada a armadilha. Estevão foi julgado e todos que
estavam no Sinédrio, fitando os olhos naquele apóstolo de Jesus, viram
o rosto de Estevão, como se fosse rosto de anjo.
Era, prezado leitor, a presença de Deus, naquele fiel servidor.
Sempre menciono que Deus nunca abandona aliados. Ele atravessa os
desertos conosco, Ele permanece ao nosso lado quando adoecemos, quando
estamos carentes e famintos de tudo e de todos. Ele é fiel, não muda e
não quebra os princípios que Ele próprio instituiu.
No transcorrer do julgamento, Estevão demonstra toda a sua sabedoria,
e confronta os sacerdotes e o povo judeu. Isso está em Atos 7 : 51 e
52, e Estevão diz : “Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração
e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo, assim como
fizeram os vossos pais, assim também vós o fazeis. Qual dos profetas
vossos pais não perseguiram? Eles mataram os que anteriormente
anunciavam a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes traidores
e assassinos, vós que recebestes a lei por ministério de anjos e não a
guardaste.”
Ouvindo estas palavras, enfureceram-se os judeus e rilhavam-se seus
dentes e arremeteram-se contra Estevão, que pleno do Espírito Santo,
levantou os olhos para o céu e viu a glória de Deus, e viu Jesus, que
estava a direita do Pai, e disse; “Eis que vejo os céus abertos, e o
Filho do Homem, em pé a destra de Deus.”
Queridos, Deus não abandona seus aliados, e por isso Jesus está de pé
e não sentado. E o povo enfurecido, lança Estevão fora da cidade e o
apedrejam. As testemunhas deste massacre insano deixam as vestes de
Estevão aos pés de Saulo, o cirineu. (o qual se tornaria o apóstolo
Paulo).
Enquanto o apedrejavam, Estevão invocava e dizia: “ Senhor Jesus,
recebe o meu espírito!” E ajoelhando-se, enquanto as pedras o matavam,
ele clamou em alta voz: “Senhor, não lhes imputes este pecado.” E com
estas palavras, Estevão, adormeceu. Morreu, e cumpriu brilhantemente a
sua tarefa. Tornou-se o primeiro mártir da Igreja de Jesus Cristo,
após a descida do Espírito Santo.
Prezado, deixe-me dizer-lhe algo: Quando aceitamos Jesus de verdade,
nós somos completamente transformados, nós não nos importamos mais com
nós mesmos. O nosso próximo é nossa prioridade. O nosso desejo carnal,
nós o sufocamos, a nossa alma que é a origem de nossos pecados, nós a
dominamos, e alinhamos o nosso querer com o querer de Jesus.
As angústias, as depressões, os pânicos, e todas as confusões
psíquicas que atormentam pessoas deste mundo, mundo que
lamentavelmente jaz no maligno, são resultados de preocupações com
nosso próprio umbigo, com o nosso próprio eu. Cristão que sofre as
agruras de mente fragilizada, necessita urgentemente se ajoelhar
perante Jesus e clamar pelo seu socorro. Esta é a terapia que
funciona! Mudança de mente somente acontecerá quando nos voltarmos
para Deus, quando entendermos a nossa pequenez sem a sua presença. E,
concomitantemente, a nossa real soberania e extrema competência em
tudo que é bom, útil e agradável, acontecerá com a presença de Deus.
Aliança com Deus, eis aí, a chave para mudar mentes.
João Antônio Pagliosa
Curitiba, 04 de novembro de 2017
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