Domingo, 16 de dezembro de 2012 - 11h09
Professor Nazareno*
Não gosto muito de futebol, embora admita apreciar algumas partidas deste esporte que é preferência no mundo inteiro. Esperar quase duas horas torcendo por um time qualquer acho uma tortura. Falta-me paciência para tanto. Mas há partidas empolgantes, daquelas que valem a pena “perder” tanto tempo diante da televisão. E um desses jogos foi justamente a decisão do campeonato mundial de clubes, edição 2012, patrocinado pela FIFA. O Corinthians de São Paulo, num jogo épico, daqueles que ficarão marcados na história, derrotou com sobras, e mostrando um excelente futebol, o Chelsea da Inglaterra e se sagrou bicampeão mundial de clubes. Esse jogo de Yokohama no Japão teve vários motivos para ser uma “batalha” épica. Primeiro por que o time brasileiro não era o favorito e depois por que o Chelsea praticamente desapareceu em campo diante de um time brasileiro empolgado e ensinando o bom futebol.
Confesso que só vi o segundo tempo da partida, mas valeu a pena, pois me lembrou da seleção brasileira de 1970, quando Pelé e seus companheiros se sagraram tricampeões mundiais de futebol no México. O Corinthians, nesta partida, esnobou do favoritismo europeu e praticamente vingou a humilhação que o Santos de São Paulo sofreu o ano passado quando perdeu de quatro para o Barcelona de Messi e companhia decidindo este mesmo torneio. Os alvinegros do parque São Jorge embora tenham ganhado por apenas 1 X 0, mostraram ser muito superiores ao time da Catalunha. O Corinthians de São Paulo não só é o melhor time de futebol do mundo na atualidade como demonstrou essa superioridade sem nenhuma sombra de dúvidas e agora já pode ser comparado, guardadas as devidas proporções, ao Brasil de 70, Holanda de 1974, seleção brasileira de 1982 e até do Santos, bicampeão mundial na década de 1960.
Com este grande feito, o Corinthians devolveu um pouco de alegria aos sofridos brasileiros, atolados em escândalos intermináveis de corrupção, roubo e desmandos com a coisa pública. Em Porto Velho, os corruptos do PT e da Prefeitura Municipal, já estão quase todos soltos e torcendo em suas casas, com os seus familiares. Às vezes, os momentos bons nos veem de onde menos esperamos. Por isso, em campo vimos um verdadeiro passeio dos heróis corintianos, um dos mais fáceis jogos que o time já disputou. Parecia até que o “Corigão” estava jogando contra o Fluminense ou o Flamengo do Rio de Janeiro, o Palmeiras ou o São Paulo. Fez um gol e poderia ter goleado os assustados ingleses. Paolo Guerrero, Danilo, Chicão, Jorge Henrique, Cássio e companhia ensinaram ao mundo como se joga o bom futebol. Aliás, quem é hoje o melhor goleiro do mundo? Se um grande time começa com um grande goleiro...
Se eu gostasse de futebol e tivesse que escolher um time para torcer, apostava exatamente naquele que tem Tite, o melhor treinador do país e que não aceitou “nenhuma sobra da Europa” para compor o seu elenco. Deco, Ronaldinho Gaúcho, Wagner Love, Luís Fabiano, Dida, dentre outras velharias, todos já gordos, barrigudos e totalmente fora de forma, fazem a alegria dos inferiores times de futebol do Brasil. Na verdade, hoje só há dois times do futebol no nosso país: o Corinthians e o resto. No último campeonato brasileiro, com um time praticamente reserva e já na Libertadores da América, ficou em sexto lugar. Não sou nenhum louco, nem gosto muito daquele “bando de loucos”, mas o Corinthians devia substituir a seleção brasileira de futebol na Copa das Confederações no próximo ano e também na Copa do Mundo em 2014. Faria um papel muito melhor do que a fraca seleção nacional da modalidade, que só tem dado vexame em cada jogo que realiza. Depois de muito tempo, o Corinthians nos devolveu a alegria de ser brasileiro e de se torcer pelo bom futebol. Para azar do Chelsea e dos anticorintianos.
*É Professor em Porto Velho.
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