Terça-feira, 26 de fevereiro de 2013 - 16h15
Brasília-DF, 26/02/2013 - Tenho ocupado este espaço sistematicamente para alertar a população sobre quem são os verdadeiros inimigos do desenvolvimento e do progresso do Brasil. A quem de fato não interessa o nosso sucesso e, mais grave ainda, quem “banca” esses “ativistas” disfarçados de ambientalistas e às vezes de trabalhadores nas grandes obras nacionais. Pego como exemplo as obras das Usinas Hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio, em Rondônia. Indispensáveis, os empreendimentos buscam fornecer energia para assegurar o desenvolvimento regional e o crescimento industrial do País.
Jirau, por exemplo, está localizada a aproximadamente 130 km da capital de Porto Velho, e terá capacidade instalada de aproximadamente 3.300 Megawatts (MW). As duas usinas terão energia o suficiente para abastecer quase 20 milhões de casas, apenas para citar uma referência de sua capacidade e importância para a nossa matriz energética. Além, é claro, de fomentar o desenvolvimento daquela região desde o inicio de suas obras em 2008.
No aspecto ambiental, as usinas representam a opção mais barata e menos poluente se comparada às alternativas de geração de energia que utilizam o óleo combustível, carvão ou gás natural. Sua construção representa a redução de emissões de gases de efeito estufa, algo em torno de 24 milhões de toneladas de CO2 por ano, o que beneficia todo o planeta que convive hoje, dizem, com os problemas de aquecimento global e mudanças climáticas.
Eu ocuparia todo espaço aqui disponível para mostrar a importância dessas obras e o que elas agregam para a atual e as futuras gerações. Dos projetos socioambientais ali desenvolvidos, alguns pioneiros no mundo. Mas prefiro alertar para outra forma de terrorismo que, silenciosamente, presta serviços a países e setores da economia mundial que gastam verdadeiras fortunas impedindo o desenvolvimento do Brasil. Os nossos verdadeiros inimigos.
Uma comprovação dos interesses externos por trás do ambientalismo/indigenismo foi a chamada Iniciativa para Conservação da Bacia Amazônica (ABCI), lançada em 2005 pela Agência de Desenvolvimento Internacional dos EUA (USAID), para coordenar as ações de diversos grupos ambientalistas e indigenistas nacionais e estrangeiros, provendo-os dos recursos e instrumentos para o controle efetivo da região. No documento base da ABCI, encontra-se o argumento de que os enormes e desconhecidos recursos da Bacia Amazônica “podem servir como uma base sólida para o desenvolvimento regional, mas são ameaçados por usos não sustentáveis associados com a agricultura, pecuária, exploração madeireira, mineração, exploração de petróleo e pesca. Essas ameaças, por sua vez, são intensificadas por outras forças, como o crescimento populacional, o desenvolvimento infraestrutural, a expansão dos mercados de commodities”. Ou seja, estamos condenados a viver no subdesenvolvimento. Tudo balela que não se sustenta com a consciência de preservação que o produtor rural brasileiro desenvolveu nos últimos anos, mesmo contra a vontade e o poderio desses setores. Além disso, avançamos com a garantia jurídica, mesmo que ainda mínima, com o novo Código Florestal Brasileiro, outro alvo em que miram os inimigos do nosso desenvolvimento, agora e neste caso com o apoio de parcela mínima da Procuradoria Geral da República (PGR).
Na verdade, tudo isso é uma bem articulada estratégia de sabotagem de projetos de infraestrutura principalmente na Amazônia brasileira, por trás da qual se encontram setores radicais do movimento ambientalista-indigenista internacional. Os mesmos que já denunciei aqui, e com respaldo de um pesquisador da Universidade de Brasília (UnB). Alerto que, os mentores e autores desses atos devem ser procurados e serão encontrados entre integrantes desses movimentos, que, infiltraram elementos nos canteiros de obras, como trabalhadores, para ficar à espera de uma oportunidade para perpetrar ações de vandalismo.
Prova disso, são os lastimáveis episódios verificados apenas nas obras das citadas, especialmente Jirau. Um motim em março de 2011 seguido de destruição dos alojamentos e maquinários do canteiro, e no ano seguinte e na mesma época, outro incêndio que destruiu tudo novamente. Segundo a revista Istoé (21/03/2011), a Polícia de Rondônia recebeu relatos da presença de homens encapuzados no acampamento, que não seriam funcionários das empresas responsáveis pela obra. Na ocasião, uma fonte de inteligência policial, especialista na região, observou que a informação é coerente e que tudo teria sido bem organizado para a ação, como a estocagem de galões de combustível em locais específicos. Ora, o profissional que destrói seu local de trabalho, não é trabalhador. É vândalo, terrorista. E essa não é a tradição dos movimentos sindicais quando de suas mobilizações.
Decidi ocupar este espaço com esta abordagem para alertar que daqui a alguns dias comemoraremos mais um “aniversário” desses fatídicos episódios, e mais uma vez, essas “lideranças” virão com a ideia de acordo coletivo de trabalho, que como afirmei acima não é nada disso, e podem novamente promover atos de verdadeiro terrorismo e incendiar as obras de Jirau, como já fizeram recentemente e foi denunciado pela imprensa nas hidrelétricas Colíder, em Mato Grosso, e de Belo Monte, no rio Xingú, no estado do Pará. Outras obras estratégicas para o desenvolvimento do Brasil.
Por conta disso, alertei ao Ministro Edson Lobão, das Minas e Energia, ao Ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça, Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, da real possibilidade da repetição desses lamentáveis atos, esperando que o Governo Federal acione a Força Nacional de Segurança, que coloque os setores de investigação e de inteligência da ABIN e da Polícia Federal para identificar e colocar na cadeia, antes de lograrem novo êxito, esses incendiários que estão aterrorizando o País a serviço de interesses escusos e estrangeiros.
Rubens Moreira Mendes Filho é deputado federal pelo PSD-RO e foi presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
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