Sexta-feira, 6 de setembro de 2013 - 21h49
Por Inácio Azevedo
No sábado, dia 07 de setembro de 2013, se comemora em todo o Brasil o dia da independência, processo que culminou com a emancipação política do território brasileiro de Portugal no início do século XIX (1822) e instituiu o Império do Brasil. De acordo com a historiografia, a data de comemoração é 7 de setembro, em decorrência de nesta data, no ano acima mencionado, ter ocorrido o famoso “Grito do Ipiranga”, onde D. Pedro de Alcântara de Bragança teria bradado perante a sua comitiva “Independência ou Morte!”.
Desde então, como não poderia ser diferente, tivemos grandes mudanças nos contextos internos e externos, que nos leva a alguns questionamentos se realmente ficamos independentes. Creio que aquela época(1822), ao deixar de se submeter às explorações de Portugal, a independência representou uma grande conquista.
Hoje, numa conjuntura de mundo globalizado, de criação de blocos econônicos para impor seus interesses políticos e comerciais aos países deles excluídos; de sociedades majoritariamente capitalistas, onde o lucro de alguns grupos está acima da sobrevivência de milhões de pessoas, já não temos tanta segurança de que somos realmente independentes.
É verdade que o Brasil de hoje tem diferenças do daquela época e até mesmo do de algumas décadas. Por exemplo, com o pagamento da dívida externa, acabamos com a dependência do FMI (Fundo Monetário Internacional), que antes determinava em que e quanto investir em serviços públicos prioritários para a nossa população. Na última década milhões de brasileiros mehoraram a sua qualidade de vida, conseguiram comprar bens antes impossíveis, o que se nota, por exemplo, na quantidade de motos em nosso transito, transporte que até pouco tempo só alguns tinham acesso.
No entanto, as “praticas políticas” de hoje não se deferenciam tanto das da época de colonização. Ainda prevalecem os “currais eleitorais” em algumas regiões, a exemplo das familias Sarnei, Magalhães, Renan, Agripino, Gomes, Jucá, Viana e tantas outras. O mesmo acontece nos grupos econômicos, inclusive alguns ligados à área de comunicação, como o caso da Familia Marinho, cujos três herdeiros do patriarca são apontados como ocupantes dos 5°, 6° e 7° lugar dos empresários mais ricos do país, com patrimônios acima de 5 bilhões de reais.
Neste dia 7 de setembro, insatisfeitos com uma série de fatos como os acima narrados e outros não citados ocorridos na política brasileira, há uma articulação nas redes sociais, no sentido de que esta data comemorativa seja transformada num dia de protesto. Os órgãos de imprensa já noticiam que as “autoridades” foram informadas pelos seus serviços de informações, o que poderá acontecer em várias cidades do país, inclusive de que no caso de Brasília, Capital Federal, pode haver “incitação à violência”.
As mobilizações da época da Copa das Confederações neste ano foi um exemplo, inesperado por alguns setores da sociedade, de que só se a população for para as ruas é que as mudanças esperadas acontecerão. Vai ser preciso observar bem quem é quem hoje para no ano que vem (2014) não venhamos errar de novo nas nossas escolhas.
Em 1822 foi dado o grito de “Independência ou Morte!”, é chegada a hora de conquistarmos realmente essa tal independência que só acontecerá se banirmos tudo de ruim que tem hoje na política brasileira. Nosso grito de hoje não pode ser mais o mesmo de 1822, só se livrando do clientelismo em vários seguimentos; dos investimentos que iniciam com uma previsão e terminam, em alguns casos, com o dobro do valor inicialmente orçado, é que seremos verdadeiramente independentes. Quem não se lembra do Hospital Regional de Cacoal, cujo valor inicial do investimento miltriplicou ao seu término? Vamos à luta!
Inácio Azevedo da Silva, é advogado, foi vereador por dois mandatos em Porto Velho (1989/1996) e é servidor da Eletrobras Distribuição Rondônia a mais de 30 anos.
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