João Antonio Pagliosa
Se tivéssemos consciência de quanto nossa vida é efêmera, certamente pensaríamos mais antes de jogar fora oportunidades de sermos felizes, ou de fazermos felizes as pessoas que amamos.
Aproveitaríamos melhor e mais intensamente a vida. Muitas flores são colhidas cedo demais. Algumas ainda em botão... E, infelizmente há sementes que não nascem... Outrossim, há flores que vivem uma vida inteira, vida farta de dias... Até que, pétala por pétala, plenas de si, elas se entregam ao sabor do vento.
E, desconhecemos o momento à nossa frente... Não sabemos quanto tempo ainda nos resta... Tampouco, nada sabemos sobre as flores plantadas ao nosso derredor... E, descuidamos delas... Pura displicência... Pouco nos importamos com elas... Ás vezes nem conosco mesmo...
E,perdemos tempo e nos entristecemos com coisas vãs... Coisas inúteis... Miseravelmente pequenas... E, perdemos tempo precioso em devaneios ébrios e cheios de tudo que não edifica... E, perdemos dias, meses, anos em letargia ignóbil e dantesca...E, a vida fluindo... Fugaz e tépida...
Nos calamos quando deveríamos falar e expressar o que sentimos... Falamos demais quando deveríamos calar e ouvir os sábios... Negamos o abraço e o beijo que nossa alma clama... Quase sempre por simplória timidez...
Calamos o nosso "Eu te amo" por considerar que aquela pessoa "entende" o que eu sinto por ela, sem aquilatarmos o quanto isso seria bom para mim e para ela.
E o sol nasce e o sol se põe, muitas e muitas vezes... E permanecemos fechados em nós mesmos... E reclamamos do que não temos... E nos consumimos... E nos comparamos... Daí, sofremos.
E a vida escapa entre nossos dedos... Algumas vezes sem viver de fato e de direito... Sem entrega nem doação... E, mesmo assim, sobrevivemos... Talvez, porque não sabemos fazer outra coisa... Ou porque nos acomodamos...
Penso que é tempo de ser pequeno outra vez... Valorizar o simples e apequenar-se... E, compreender a grandeza de DEUS!
E nos calarmos...
Quinta-feira, 28 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)