Domingo, 9 de março de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Opinião

FAÍSCA: UM HOMEM DO MERCADO - Por Heródoto Barbeiro


Gente de Opinião

Mais uma vez esse maldito déficit fiscal. O governo gasta mais do que arrecada. Isto, ao longo do tempo, formou uma verdadeira bola de neve, denominada de dívida pública. A arrecadação de impostos deveria ser suficiente para bancar os gastos do Estado, mas estes aumentam sistematicamente, e um dirigente passa o déficit  para  o outro. Este por sua vez se esforça para equilibrar o orçamento, e as vezes, não  intencionalmente, contribui para aumentar ainda mais a dívida. Ele não consegue resistir ás pressões dos poderosos e que dominam grande parte da economia especialmente, bancos, comércio e agricultura. São privilegiados, consideram isso um direito divino, que o gestor tem que satisfazer, quer queira quer não. Assim, os gastos do Estado não param de aumentar e um dos responsáveis é a quantidade de apaniguados pendurados nos salários bancados pelos impostos. Uma imensa burocracia privilegiada, vitalícia e improdutiva que contribuí para agravar ainda mais a situação financeira. O desfecho era previsível, uma hora os financiadores da dívida do Estado iriam suspeitar de uma crise maior, suspenderiam os empréstimos e o país iria  quebrar.

A elite financeira está sempre de olho na relação da dívida com a capacidade do Estado pagar pelo menos os juros. A situação nacional  evolui para um tal rombo que não há dinheiro nem para pagar os juros, quanto mais as parcelas da dívida. Todo ano o tesouro apresenta déficit e mais uma vez o Estado é obrigado a se socorrer de empréstimos dos endinheirados convencidos por taxas de juros cada vez maiores e que agravam ainda mais o déficit. Na outra ponta está a arrecadação.  Ninguém quer pagar impostos. Alguns setores ganham do Estado isenção tributária sob o pretexto de poder fazer frente à concorrência dos importados e gerar empregos.  Os pagadores de impostos fogem como podem. Uns simplesmente sonegam. Outros conseguem leis privilegiadas. Outros ainda confessam a dívida mas esperam por descontos generosos para quita-las. Uma ciranda que privilegia os rentistas e agrava a situação da população que não tem como escapar dos impostos. A crise  vivida é muito mais de ordem financeira do que econômica.

O pais acumulou uma dívida vultosa e sua renda é insuficiente para pagar os juros e a inchada máquina estatal. Há a necessidade da escolha de um ministro da economia que seja pragmático, mas que ao mesmo tempo seja terno e flexível. Um daqueles homens que falam com o mercado e são os fiadores da dívida perante os bancos .A tentativa  de reorganização  da dívida é a colocação no mercado de títulos da dívida pública, cada vez mais desacreditados. Os financiadores contudo  estão de olho na questão política, para onde vai o pais e se há algum risco do ministro articular um calote no mercado. Ninguém dorme sossegado. A única saída possível é a assembleia, contar com os deputados para a aprovação de leis que acabem com os privilégios e crie novos impostos. Há uma reação forte no centrão sob o pretexto que a carga tributária é alta, o povo não pode pagar, e que é necessário  cortar na carne, desengordurar  a estrutura do Estado dos parasitas e diminuir os gastos . A realeza e a nobreza reagiram e forçaram a demissão do ministro Necker. Ele não conseguiu fazer os milagres que o rei Luís XVI esperava . O terceiro estado liderado pela burguesia tomou conta da Assembleia Nacional e redigiu uma constituição para transformar a monarquia absolutista. A reação da nobreza foi o estopim para o início da revolução que mudou o rumo político da humanidade.

Entre neste debate através do meu Instagram bherodoto, facebook, twitter @hbarbeiro ou no R7.

Fonte:  Heródoto Barbeireo / R7

Gente de OpiniãoDomingo, 9 de março de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Agradecimento a ti mulher em todas as tuas expressões

Agradecimento a ti mulher em todas as tuas expressões

Mulher-Aurora-MarMulher, que fazes metade da humanidadee criaste a outra meia com teu ventre de luz,que em todos os dias do ano sejas celebrada,não só

Reflexão política em tempos de Quaresma

Reflexão política em tempos de Quaresma

Por uma Nova Política de Verdade: Poder sem Violação da Verdade Apresento aqui uma citação do filósofo Michel Foucault, do seu livro  “Microfísica

Coluna da Hora – pedágio na br-364, carnaval, blocos, detran e outros assuntos abordados pelo jornalista Géri Anderson

Coluna da Hora – pedágio na br-364, carnaval, blocos, detran e outros assuntos abordados pelo jornalista Géri Anderson

BR - 364 COM PEDÁGIO?Será que vale mesmo a pena privatizar e favorecer somente a empresa vencedora do leilão nesses primeiros 4 anos? Pra quê pagar

Entrega à inciativa privada o que não funciona no governo que os caras resolvem

Entrega à inciativa privada o que não funciona no governo que os caras resolvem

O senador Confúcio Moura foi bastante criticado nas redes sociais por ter apoiado a privatização da BR-364. Discordo de algumas falas e atitudes do

Gente de Opinião Domingo, 9 de março de 2025 | Porto Velho (RO)