Quinta-feira, 12 de dezembro de 2013 - 20h18
A Igreja acaba de lançar uma campanha para a erradicação da fome no mundo. Esta campanha vem respaldada de apoios muito significativos. Quem a encabeça é a Cáritas Internacional, mas quem a subscreve é o Papa Francisco.
A repercussão prática da posição do Papa já se mostrou muito eficaz, quando do seu contundente posicionamento contrário à intervenção dos Estados Unidos na Síria. A posição do Papa demoveu uma decisão já praticamente tomada pelo Presidente Obama. E a partir daí, os acontecimentos na Síria vão convergindo para uma solução pacífica do conflito interno, mesmo com as muitas dificuldades ainda a serem superadas pelo próprio povo da Síria.
Agora, a campanha é mais ampla, mais complexa, e mais duradoura. Desta vez, o Papa fez questão de agregar outros apoios, estratégicos e práticos, visando inserir esta campanha contra a fome na própria dinâmica da ação da Igreja.
A campanha foi sugerida pela Cáritas da Espanha, e foi logo encampada pela Cáritas Internacional. É de salientar que o Presidente da Cáritas Internacional é o Cardeal Oscar Maradiaga, que é um dos membros do “Grupo dos oito Cardeais”, nomeados pelo Papa Francisco para o ajudarem no governo da Igreja.
Desta maneira, resulta evidente a importância estratégica desta campanha, lançada quando vai tomando forma a nova postura da Igreja, simbolizada pela figura do Papa Francisco.
Para concretizar a proposta de uma Igreja “voltada para a sociedade”, solidária com suas grandes causas, nada melhor do que enfrentar este “escândalo público”, que é o flagelo da fome no mundo, como o próprio Papa o qualificou.
Com o lema: “Uma só família – Pão e Justiça para todas as pessoas” a campanha é lançada agora, com a intenção de ir envolvendo a Igreja toda, para atrair também as adesões da esfera pública, sobretudo a nível das Nações Unidas, onde o brasileiro José Graziano da Silva preside a FAO, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.
A campanha começa “em casa”, convocando as Cáritas de todos os países onde ela está organizada. Tem a intenção de se prolongar até o ano de 2015, quando com certeza já será possível avaliar suas repercussões práticas, para que a ação contra a fome se traduza em políticas públicas orgânicas e eficazes nos países que atualmente mais padecem deste flagelo, especialmente na África, e também na Ásia.
Dependendo do critério adotado, chega-se a cifras aproximadas, que quantificam as estatísticas da fome. O fato é que, segundo as Nações Unidas, existe aproximadamente um bilhão de pessoas que padecem de desnutrição no mundo. Outra constatação persistente é que o problema não decorre da escassez de alimentos. Com a produção atual, seria possível garantir alimentação suficiente para o mundo inteiro. O problema, portanto, não se limita à produção de alimentos, que continua sendo um desafio. O mais difícil é a adequada distribuição dos alimentos, que não pode ser deixada à lógica mercantilista, onde o alimento vira mera mercadoria, e a própria fome se torna, inclusive, fator de especulação financeira.
Esta, portanto, será uma campanha que vai mexer com nossas convicções. E vai colocar em destaque a importância do Brasil, não só pelo seu esplêndido potencial de produtor de alimentos, mas também pelos efeitos benéficos de suas políticas sociais, embora ainda incipientes.
Vamos aguardar as instruções práticas da Cáritas Brasileira, para que esta campanha se insira de maneira articulada em nossas comunidades, e encontre uma generosa proposta por parte do povo brasileiro.
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