Segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017 - 20h28
Sensibilizadas com as condições das crianças que participam do projeto Curumim - Guarani, na Academia Torres, no Bairro Nacional, as mulheres que integram o grupo “Amigas do Vinho Rosa” lançaram no sábado, 04, a campanha SOS Bairro Nacional para chamar a atenção das autoridades para reconstruir a ponte da Estrada do Belmont, iluminar a área, retirar o mato que toma conta dessa parte da rua e oferecer mais segurança aos moradores.
Um lado da ponte caiu há três anos e, devido a erosão, a situação se tornou ainda mais crítica, fazendo com que apenas um veículo passe pelo local de cada vez. Para complicar ainda mais, o mato avança pela rua, não tem calçada e nem iluminação. É nesse cenário que as crianças que frequentam o projeto Curumim-Guarani passam todos os dias para ir às aulas de taekwondo e jiu-jitsu, e também para a escola.
Para as crianças que frequentam o projeto na parte da noite o perigo é maior, especialmente porque elas vão sozinhas. “Nós, professores, ficamos esperando elas passarem pela ponte com receio de que algo aconteça. É uma insegurança total”, declarou o mestre voluntário Henrique Holanda, que dá aula de jiu-jitsu.
Essa rua é a mais movimentada, pois é a principal porta de entrada do bairro, por onde passam os caminhões que se dirigem a área portuária. “É desumano o que está acontecendo com essas crianças – elas correm risco de morte a todo momento”, declarou a empresária Sânia Miranda, que está liderando a campanha junto com as amigas.
Projeto
O Curumim-Guarani começou há três anos. Quando abriu a academia, o professor Torres começou a cobrar mensalidade e, para sua surpresa, muita gente queria fazer aula, mas não tinha dinheiro para pagar, especialmente as crianças e adolescentes que viviam em situação de vulnerabilidade social. Sensibilizado, Torres começou a ministrar aula de taekwondo de graça, mas precisava de mais voluntários para ajudar no trabalho.
Ao tomar conhecimento do caso, o professor e empresário Henrique Holanda (jiu jitsu) teve a ideia de instituir o projeto em parceria com Torres e Carlos Eugênio (jiu jitsu). Agora, essa ação social já conta com mais dois professores – Jocílio Torres e Cilos Torres Vieira.
O grupo não conta com apoio do setor público ou de organizações privadas. Apenas um parlamentar paga o salário de um professor. O ponto onde funciona a academia é alugado – o custo é R$ 600,00, fora os gatos com energia e limpeza. A equipe conta apenas com a solidariedade de voluntários.
Campeões
Atualmente, o projeto atende mais de 100 crianças e adolescentes a partir dos 03 anos de idade. Mas existem regras para participar do Curumim-Guarani: a criança ou adolescente não pode tirar nota baixa na escola e precisa ter disciplina, seguindo a filosofia das artes marciais. Aquele que estiver com nota baixa não participa do exame de faixa. “Para quem treina, sabe o quanto uma penalidade dessas é dolorida”, declarou Torres.
O resultado positivo do projeto pode ser constatado pelo número de atletas que se destacam em competições fora do estado. Em 2012, Gabriel Castelo Branco, 12 anos, atleta de jiu jitsu, ficou em terceiro lugar em uma competição na Espanha. Marivânia Costa foi campeã brasileira de taekwondo, Arthur Gouveia vice-campeão e Giovana Da Luz, vice-campeã Brasileira
Doação – quimonos – material escolar
O grupo “Amiga do Vinho Rosa” aproveitou o lançamento da campanha para fazer ação solidária em favor do Curumim-Guarani. Elas doaram material escolar para todas as crianças do projeto e 50 quimonos. Boa parte dos atletas não tinha a vestimenta adequada para treinar – alguns conseguiam emprestado do colega que tinha acabado o treino ; outros recebiam doação de quimonos usados e tinha ainda aqueles que utilizavam números três vezes acima do dele, que mal dava para se movimentar.
25 de novembro - a pequena correção ao 25 de abril
A narrativa do 25 de Abril tem sido, intencionalmente, uma história não só mal contada, mas sobretudo falsificada e por isso também não tem havido
Tive acesso, sábado, dia 16 de novembro, a uma cópia do relatório da Polícia Federal, enviado pela Diretoria de Inteligência Policial da Coordenaçã
Pensar grande, pensar no Brasil
É uma sensação muito difícil de expressar o que vem acontecendo no Brasil de hoje. Imagino que essa seja, também, a opinião de parcela expressiva da
A linguagem corporal e o medo de falar em público
Para a pessoa falar ou gesticular sozinha num palco para o público é um dos maiores desafios que a consome por dentro. É inevitável expressar insegu