Segunda-feira, 13 de maio de 2013 - 06h23
João Baptista Herkenhoff
Um ex-aluno me visitou cordialmente para formular face a face três perguntas sobre a Fé.
Propus atender suas indagações através de um artigo de jornal. Para que ele não interpretasse essa modalidade de resposta como desprestígio a sua pessoa, ponderei que talvez a curiosidade dele fosse partilhada por outros. Ele concordou e garantiu que aguardaria com muito interesse a publicação do texto.
Vamos então às indagações do jovem e às respostas que considero pertinentes.
Em primeiro lugar perguntou se Fé e Ciência são compatíveis ou, numa linguagem coloquial: Fé combina com inteligência ou é parceira da ignorância? Um intelectual pode ser um homem de Fé?
Talvez a mais devastadora resposta a todos aqueles que duvidam da harmonia entre Fé e Ciência tenha sido dada por um sábio que se chama Albert Einstein. Disse ele: “A Fé e a Ciência são complementares. Sem a Fé a Ciência é manca. Sem a Ciência a Fé é cega.”
Quis depois o ex-aluno saber se a Fé coere com a Democracia. A resposta a este questionamento é condicional. Se nos postarmos à face de uma visão fundamentalista da Fé, a incompatibilidade é total. O Fundamentalismo pretende monopolizar a Verdade, é intolerante com o pensamento divergente. O fundamentalista coloca a etiqueta de herege em todo aquele que discorda de verdades proclamadas como absolutas. Não há fundamentalistas apenas no universo muçulmano, como uma visão míope dos fatos pretende afirmar. Também entre os cristãos, ainda nos dias de hoje, há aqueles que têm essa visão deformada de Fé. A autêntica religiosidade não é fundamentalista, não pretende ser proprietária da verdade, motivo pelo qual comunga plenamente com uma concepção democrática de mundo e de vida.
Finalmente o jovem deixou de lado os questionamentos teóricos e abstratos e me colocou na parede indagando se tenho Fé. Respondo ao jovem e, ao mesmo tempo, torno pública minha confissão. Tenho Fé em Deus, princípio e fim de todas as coisas. Tenho Fé no Ser Humano porque vejo todo homem e toda mulher, sem qualquer discriminação ou exclusão, como imagem de Deus. Tenho Fé nos princípios religiosos que recebi na infância, pela boca de meu Pai e de minha Mãe. Tenho Fé nos valores éticos que resumem meu credo – respeito às pessoas, sentimento de absoluta igualdade entre todos aqueles que nasceram da barriga de uma mulher, compromisso de lutar por uma sociedade solidária, contra a guerra, pela paz entre as nações e pela construção de um mundo que será melhor através do esforço de todos nós.
João Baptista Herkenhoff é Juiz de Direito aposentado e escritor. Autor do livro: Dilemas de um juiz – a aventura obrigatória. (GZ Editora, Rio). E-mail: jbherkenhoff@uol.com.br Homepage: www.jbherkenhoff.com.br
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