Sábado, 4 de fevereiro de 2017 - 12h11
Ao demitir o neurocirurgião Richam Faissal Ellakis, que apontou em rede social o procedimento que deveria ser feito pelos médicos para a ex-primeira dama Marisa Letícia “abraçar o capeta”, a Unimed deu o primeiro passo, mas não o único que se espera em situações como essa, sem similar no país. Não me lembro de outro caso em que uma pessoa doente tenha sido tão vilipendiada e a Medicina tão desonrada.
Cabe ao Conselho Regional de Medicina tomar imediatas providências, na próxima segunda-feira, para iniciar os procedimentos de cassação de seu registro que certamente terá o apoio da entidade, de todos os médicos e de toda a sociedade.
O juramento de Hipócrates não pode ser jogado no lixo, a menos que o CRM queira ser desmoralizado e desmoralizar toda a classe médica.
A seguir, esse cidadão tem que ser processado na Justiça comum.
É insuportável assistir sem nenhuma reação à escalada de agressões verificada desde o internamento da mulher de Lula no Sírio Libanês, com passeatas e panelaços na frente do hospital e com o compartilhamento, também em redes sociais, de exames da paciente por uma das médicas do Sírio, também demitida e que também deve ser punida pelo CRM e impedida de continuar na profissão.
Se essa onda fascista não for brecada a tempo outras pessoas do mesmo naipe ficarão à vontade para imitar os gestos e irão usá-los contra outras pessoas que escolherem como alvos.
O uniforme branco e imaculado não pode ser manchado de sangue por aqueles que jamais deveriam tê-los vestido.
O Brasil precisa de mais médicos e não de mais monstros.
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