Quarta-feira, 2 de janeiro de 2013 - 12h11
A decisão do novo prefeito de Porto Velho, médico Mauro Nazif, empossado na tarde da última terça-feira (1º/13), instituindo uma espécie de censura velada no Paço para frear críticas aos atos de corrupção praticados por ex-assessores do seu antecessor, o psicólogo Roberto Sobrinho, não se pode classificá-la de acertada nem do ponto de vista técnico e nem político.
Tanto não soou bem, que quem se debruçou por alguns instantes a ler os comentários postados sobre as notícias referentes à solenidade de posse nos principais sítios de notícias e blog regionais, pode pinçar as primeiras rejeições à decisão.
Por partes, então “Dr. Mauro”: do ponto de vista político, o eleitor esperava outro tipo de reação, galgada, ao menos, no princípio da transparência porque afinal os desmandos estão circunscritos ao conceito de dinheiro público.
Assim, o povo tem sim, mais do que o direito de ser informado, pois foi por meio dos canais legais de fiscalização que agiu. E não se aventa aqui, ainda, a tese do conchavo e das negociatas com quem incentivou a prática da corrupção na administração pública.
É falha também, no aspecto técnico, de vez que a equipe de transição identificou e traçou um raio-X dos deslizes da administração anterior. Tem agora o novo prefeito é o condão e a caneta para estimular a divulgação, não de forma irresponsável, mas com retidão, transparência e ética, a fim de que a população conheça a verdadeira radiografia financeira do Paço municipal.
O coordenador da equipe de transição ainda chegou a esboçar a vontade de antecipação de uma “moratória” técnica, que não veio no primeiro discurso do prefeito, sabe-se lá por quais motivos.
Uma coisa é certa: não será a Justiça que cumprirá o papel, que é do político guindado que foi ao cargo pelos leitores e eleitores da capital de Rondônia, de devolver à população de Porto Velho a confiança na classe política. “Dr. Mauro”, o senhor não pode perder esta oportunidade!
Fonte: Blog do BIDU do jornalista de Opinião Abdoral Cardoso
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