Quinta-feira, 27 de outubro de 2016 - 06h38
Professor Nazareno*
Lucrécia é uma simpática cidadezinha localizada no sertão semiárido do Estado do Rio Grande do Norte. Tem cerca de quatro mil habitantes e está distante uns 350 quilômetros de Natal. As autoridades e a polução da cidade deram um grande exemplo ao Brasil e ao mundo nestas eleições municipais de 2016. O fato quase não foi noticiado pela grande mídia, embora fosse inusitado, exemplar e sem precedentes. Durante o pleito, não houve naquele município nenhuma disputa ou concorrência para a escolha dos seus futuros representantes. Como, óbvio, só havia uma vaga para prefeito, somente houve um candidato. Na verdade, candidata.A futura prefeita da cidade será a professora Conceição Duarte, do Democratas, eleita com 2.316 votos. Para a Câmara Municipal de Lucrécia/RN, havia nove vagas para vereadores. Só houve, portanto, nove candidatos.
Na cidade não se gastou dinheiro nenhum para bancar a eleição de ninguém. Todos os candidatos, desde que tivessem sufrágio diferente de zero, já estavam eleitos antes da votação do dia dois de outubro. Não houve comícios, panfletagem, discursos de ódio, acusações, intrigas, fofocas, baixarias, ofensas, estresse e muito menos briguinhas por causa de nenhum concorrente. Tudo já tinha sido acertado antes em infindáveis reuniões entre os possíveis candidatos, os partidos políticos, as autoridades constituídas e a população da cidade, a maior beneficiada com os acertos. Todos já estavam eleitos para trabalhar em benefício da coletividade. Por que Porto Velho não segue este belo exemplo de Lucrécia? O Dr. Hildon Chaves devia chamar o Léo Moraes ou vice-versa para acertar os detalhes de uma fusão política para o bem da cidade onde moram. “Hildon Moraes e Léo Chaves”.
Um dos dois vai administrar esta capital pelos próximos quatro anos. E como ambos dizem amá-la incondicionalmente, podiam pensar melhor na possibilidade dessa união. O poder de escolha do povo continuaria sendo respeitado: o mais votado dos dois representava a Prefeitura ou metade dela e o menos, cuidava da administração da cidade e da outra metade, numa espécie de Parlamentarismo tupiniquim. Porto Velho teria dois prefeitos ao mesmo tempo. Com quase 27 mil votos, o petista Roberto Sobrinho assumiria qualquer secretaria do município, assim como Williames Pimentel que teve mais de 33 mil sufrágios, Mauro Nazif com 51 mil, José Ribamar com seus 12 mil, e até o Pimenta com seus mais de dois mil votos seriam também secretários da capital de Rondônia, já que todos só queriam o progresso, o desenvolvimento e a felicidade daqui.
O pior é que nenhum deles está disposto a se unir para beneficiar o lodaçal, a pocilga. Todos só pensam em si mesmos, em suas ambições pessoais, em seus partidos, em suas coligações. O portovelhense entra no jogo deles e toma partido por um ou por outro e se esquece da sua cidade que é quem mais sofre nesse “jogo de empurra”. Todos devíamos nos unir por esta maltratada cidade. Isto por que as propostas de um não são melhores do que as do outro e transformariam a provinciana, suja e fedida Porto Velho na Paris, Londres ou Milão dos trópicos. Porém, já se sabe que cidade teremos daqui a quatro anos. As atuais promessas não passam de engodo, de enganação para se ganhar votos dos simplórios. Não somos Lucrécia/RN e certamente, para a nossa desgraça, ganhará aquele que souber melhor enganar a população, aquele que mentir de forma mais profissional e convincente. Domingo tem eleição. E Porto Velho perderá de novo.
*É Professor em Porto Velho.
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