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O que as cores nos ambientes falam para nós - Por Elisa Fraga


 O que as cores nos ambientes falam para nós - Por Elisa Fraga - Gente de Opinião

 O que as cores nos ambientes falam para nós

 Elisa Fraga*


Presente na natureza pela ação da luz, a cor é uma energia. Sem luz, a cor deixa de existir. Em geral, as pessoas sentem grande prazer com a cor e os olhos necessitam dela tanto quanto da luz. Um exemplo disso é a satisfação que sentimos quando, num dia nublado, vemos o sol iluminando uma parte isolada da paisagem, tornando as cores visíveis. A cor pode estimular, animar, como também irritar e deprimir.

É notável a diferença entre uma cor e outra num mesmo ambiente, a sensação e a impressão que cada cor provoca. As cores influenciam nosso estado emocional e visualmente transformam o ambiente.

Depois de muitas experiências que tivemos com cores ao longo de algum tempo projetando, entendemos que a super estimulação com cores fortes, excesso de informação visual e alto brilho podem interferir na concentração e causar fadiga. Ambientes com baixa estimulação visual e acromáticos (sem cor) também são desconfortáveis.

Uma casa bem decorada e com a correta aplicação das cores, considerando sua luminosidade, sem dúvida reflete a personalidade do proprietário e, ao mesmo tempo, torna-se funcional: cada cômodo diferente do outro e projetado para seu particular uso.

O uso correto das cores pode aumentar a eficiência nas atividades, elevar a moral do usuário, reduzir ou aumentar a intensidade de luz, diminuir o esforço visual, ampliar ou reduzir espaço se aprimorar a segurança de certos locais.

Quando há um ambiente com cores claras, a impressão que se tem é de que o ambiente é maior do que realmente é. As cores claras ampliam o espaço. Por exemplo, se você tem um corredor estreito e muito comprido, desejando diminuir seu comprimento, “aproxime” a parede do fundo pintando-a com cor clara. Desta forma, o corredor parecerá mais curto, limitado.

Quando há um ambiente com cores escuras, a impressão de que se tem é que o ambiente é menor do que realmente é. Porém, possuem também a característica de afastamento em direção ao observador. Por exemplo, num hall de entrada, se você tem a parede do fundo muito próxima da porta, pintando-a com uma cor escura, você terá a impressão de que esta parede está mais afastada e a impressão será de ampliação desse espaço. Basta olhar para o céu a noite, o azul-escuro nos passa a sensação de amplidão, infinito.

Sobre cores nos quartos, que é o nosso retiro, nosso espaço de descanso, relaxamento, é melhor optar por cores “frias’’, como tons de azul e lilás, que acalmam e nos ajudam a relaxar. O verde é uma cor estável, de equilíbrio, não estimula, nem acalma, portanto, pode ser uma boa opção. As cores “quentes” como tons de amarelo, laranja e vermelho devem ser utilizados com cautela, em pequenos detalhes de decoração para não causar agitação.

Cores ideais para áreas de trabalho e estudo, para escritórios, seja dentro de casa ou fora, tem de apresentar um tratamento visual atraente, estimulante e deve ter sua própria identidade. No geral, é recomendado o contraste entre as cores das paredes e dos móveis. Para estimular as atividades intelectuais e nos deixar ativos, podem ser utilizadas as cores amarelo, laranja, marrom e ocre.

É recomendado, entretanto, evitar o branco, amarelo forte, vermelho e violeta.

Se quiser experimentar cores diferentes em seu ambiente sem ter que se arriscar logo comprando tintas, experimente os simuladores de cores. Várias marcas de tintas oferecem este tipo de aplicativo em celulares ou em seus próprios sites. Isso pode lhe ajudar bastante.  Algo que fazemos sempre como arquitetos é também comprar pequenas quantidades de cores diferentes das tintas e testa-las lado a lado na parede onde gostaríamos de aplica-las, assim conseguimos ter uma noção de qual tom ficaria melhor, e se este tom está atingindo a sensação que gostaríamos de ter naquele espaço.

* Arquiteta e urbanista

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