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Opinião: Plano Futuro e a era da preguiça em Rondônia


Opinião: Plano Futuro e a era da preguiça em Rondônia - Gente de Opinião
João Serra Cipriano


Os políticos pregam em seus intermináveis discursos, quase sempre demagogos e fisiologistas, que o nosso querido estado de Rondônia é a terra das oportunidades e das grandes potencialidades agrícola, mineral, vegetal do extrativismo e até de um mercado a ser explorado dos manufaturados, confecções, alimentos, moveleiros, tudo ainda a ser aperfeiçoado e ampliado. Ostentamos com muito orgulho ser o segundo maior produtor de café, ter o quinto maior rebanho bovino do Brasil, e agora, ser um dos maiores produtores de energia limpa do Brasil com as duas mega usinas do rio madeira.

Veja que pelos indicativos produtivos, potencialidades de matéria prima estão estamos prontos para darmos um verdadeiro salto para o progresso e para a redistribuição de renda através da produção e do emprego.

Toda sociedade em desenvolvimento precisa ter um estoque de mão de obra para atender as demandas, para isso, o poder público carece de disponibilizar de escolas e ou oficinas profissionalizantes. Acontece que o atual governo, cujo mandatário confesso que ajudei a elege-lo no primeiro e segundo turno, apresentou ao povo de Rondônia um projeto de distribuição de renda mínima, com ênfase ao resgate social e de possíveis injustiças do passado.

Vou dizer que assim como a minha família, outras milhares ao chegarem no então territórios de Rondônia, todas, tiveram que até morar debaixo de lona preta, ou chamados sem terra de hoje. O que diferenciava é que os governos determinavam em suas políticas públicas que o povão fosse imediatamente pra roça a fim de melhorar de vida. Sem o trabalho, sem sacrifícios pessoais, sem objetivos voltados para a produção e o trabalho, nenhum governo ou família irá conquistar a plenitude social e muito menos, o bem estar.

O foco das políticas públicas deste atual governo, tudo o que parece, é ir de encontro com os esquemas da turma do PT, em criar bolsas preguiças, onde estamos assistindo milhares de famílias recusando ir trabalhar, recusando ir se profissionalizar, para ficar fazendo criança e vivendo na ociosidade social de tais programas. Os indicativos federais falam por si só, uma vez, que o tal bolsa família se transformou em um esquema eleitoral de milhões de votos e as misérias, as pobrezas e as desigualdades sociais estão estampados nas periferias, nas ruas, nos hospitais e por que não dizer, na crescente violência social.

Se quisessem realmente melhorar a vida dos supostos 300 mil rondonienses em pobreza, deveriam obrigar que 30% desta energia à ser produzida pelas usinas do Rio Madeira, permanecesse aqui em Rondônia e com um preço abaixo dos praticados, a fim de atrair novas indústrias, a fim de fomentar os empreendedores locais, para incentivar a agricultura familiar com ênfase no agro-negócio e industrialização e ai sim, atrair para o trabalho, para o emprego tais 300 mil cidadãos pobres. Os idosos e doentes já temos o INSS para cobrir possíveis injustiças.

Importamos quase 90% de toda confecção consumida pelos quase 1,5 milhão de rondonienses, e apesar dos percalços, em Pimenta Bueno têm um positivo embrião da indústria de confecções, que se bem incentivada, com energia mais barata, com redução de impostos e com créditos diferenciados, poderia compartilhar as suas experiências com as demais cidades, com a capital e aí, gerar mais de 300 mil novas vagas, principalmente para jovens e mulheres e aí sim, distribuir através do trabalho, renda e qualidade de vida.

Dar incentivos fiscais de mais de 1 bilhão de reais aos mega grupos empresariais que estão construindo as usinas, sem obrigar em um tratado responsável para Rondônia, que pelo menos 30% desta energia ficasse aqui, com preços diferenciados, a fim de atrair novas indústrias e fomentar a nossa economia regional já existente, nos dá a entender, que esta faltando secretários, auxiliares diretos com visão e ou o grupo que governa, quer mesmo é fazer políticas fisiológicas a fim de se reeleger, custe o que custar.

É um pena, pois a maior característica de Rondônia desde os seus primórdios das grandes dificuldades sociais, da época dos pioneiros, das estradas intransitáveis que dificultava a escoação da produção e das cidades às escuras por falta de energia, sempre foi o espírito de luta pelo trabalho. “O trabalho e a produção sempre nortearam esse povo”. Rondônia recebeu o título de terra das oportunidades e o eldorado do norte, tudo, pelo trabalho. Agora, estamos fadados a nos igualarmos aos demais estados, que vivem do contra cheque de servidores, de salários dos aposentados e dos dinheiros das tais: “bolsa família”.

É lamentável a falta de visão e de políticas públicas voltadas para a produção, para o empreendedorismo continuado, pois as tais bolsas miséria já provou Brasil a fora, que só serve para criar votos de cabrestos e formar gerações de preguiçosos.

O ex-governo, onde fui gerente da política industrial, tinha a visão de desenvolver o estado através da produção, e com isso, atraímos para Rondônia dezenas de novas indústrias, fomentamos o micro crédito cidadão para os pequenos e ainda, abrimos oportunidades de crescimentos para os empreendedores locais com redução de impostos. Agora era a vez de baratear os insumos, em especial a energia elétrica, construir a Zona de Livre Comércio, para reduzir impostos federais, além de atrair o pólo petroquímico via Petrobrás e com isso, consolidar um novo parque industrial, gerando oportunidades para mais de 300 mil rondonienses.

Fonte: João Serra Cipriano - Email: ciprianoserra@yahoo.com.br 

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