Segunda-feira, 19 de janeiro de 2015 - 09h02
Professor Nazareno*
Uma tal Associação Cultural Rio Madeira, ACRM, subscreveu recentemente na Justiça local uma petição judicial contra a Igreja Internacional da Graça de Deus, pois os religiosos estariam prejudicando com uma construção a fachada original do antigo Cine Teatro Resky localizado no centro, que dizem ser histórico, da capital. Em tempos de total abandono pelas sucessivas e desastradas administrações públicas dos legados cultural, social, estrutural e urbanístico de Porto Velho, a iniciativa ímpar dessa associação é até louvável, porém extemporânea e, parece, sem muitas chances de gerar resultados práticos uma vez que a dilapidação e a destruição pura e simples dos aspectos patrimoniais e culturais desta cidade já se tornaram uma espécie de política pública rotineira que vem sendo posta em prática ano após ano bem à vista de todos nós.
Contadas a dedo, havia na “manifestação” dezoito pessoas sem contar aquelas, bem menos entusiasmadas, que de seu conforto em Campo Grande, Recife, Rio de Janeiro além de outras cidades e capitais do país mandaram seu irrestrito apoio ao movimento. Brava manifestação, bravos pioneiros, mas onde estavam estas pessoas quando destruíram o Casarão do Segundo Ciclo da Borracha localizado em Calama no baixo Madeira? Talvez elas nem saibam do crime patrimonial que fora praticado ali onde hoje existe uma feia “praça”. Talvez muitos nem saibam da existência da própria Calama. Onde estavam estas mesmas pessoas quando o Madeira, vagarosamente e num longo período de mais de três meses, invadiu, encharcou, enlameou e destruiu quase que completamente todas as instalações da EFMM durante a última enchente histórica?
Filhos ilustres de Porto Velho, mas que muitas vezes se associam a políticos desonestos, forâneos, incompetentes e ladrões para ajudar na destruição do que resta desta abandonada e suja capital. Querem preservar a fachada de um solitário prédio escriturado e que talvez já tenha dono definitivo, e não viram que a ponte do Madeira foi construída, parece que de propósito, sem iluminação. Não viram a desastrada administração do PT com as carcaças dos viadutos? Será que não percebem que moramos e pagamos impostos há várias décadas numa das piores cidades do país em termos de infraestrutura, água tratada, trânsito, área de lazer, praças, saneamento básico, arborização e IDH? Nunca vi uma só manifestação por aqui para exigir respeito pelo imposto que pagamos e o devido retorno em obras públicas. O alvo de agora é pequeno.
Juro que estas manifestações me metem medo. A última delas foi para embargar a construção de um moderno hotel (o Sleep Inn) por causa da “vista” das Três Caixas d’Água. O resultado todos sabem qual foi: o terreno em pleno centro da cidade hoje está abandonado e só serve como privada para desocupados. Se tivessem implodido o lúgubre monumento, que tem pouca serventia, teríamos gerado vários empregos para nossos jovens. Enfim, por que ninguém fala nada sobre o Espaço Alternativo? Havia ali mais de duas mil árvores, algumas frutíferas, e hoje o que resta? Será terminado por este Governo? Até o teatro não tem alvará. Flor do Maracujá, Jerusalém da Amazônia, Expovel, futebol, Carnaval, dentre outros aspectos culturais, quando se terá tudo isto de volta? Algum dia, teremos pessoas nascidas ou não aqui, que lutarão para melhorar nossa qualidade de vida? Parabéns, ACRM, mas há muitas outras lutas para abraçarmos.
*É Professor em Porto Velho. (http://blogdotionaza.blogspot.com.br/)
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