Quinta-feira, 19 de março de 2015 - 11h37
Professor Nazareno*
Durante pelo menos três dias, de 18 a 20 de março de 2015, ou seja, as prometidas 72 horas de paralisação, várias categorias do funcionalismo público de Rondônia anunciaram solenemente que iriam parar. E muitos pararam mesmo. Escolas sem aulas, hospitais sem atendimentos, policiais civis parados e várias outras categorias de barnabés de braços cruzados. O irônico de tudo isto é que quase ninguém percebeu diferença alguma. A maioria das coisas, pelo menos em Porto Velho, continuou sua triste rotina diária sem nenhuma perturbação aparente para a sofrida população que paga impostos. Pior: quase ninguém percebeu que estas manifestações não têm um endereço certo, já que há quase duas semanas o Estado está sem governador. O atual foi cassado pelo TRE e até agora não se sabe quem de fato governa ou responde pelo Estado.
Dizer que somente agora Rondônia está parada é um pleonasmo vicioso dos mais infames: este Estado sempre esteve parado desde sua criação no longínquo ano de 1943 com o pomposo nome de Território Federal do Guaporé. A rotina de lerdeza, conformismo e lentidão continuou, no entanto, a partir de 1956 quando o rebatizaram de Rondônia, permaneceu após a equivocada transformação em Estado em 1982 e continua até hoje. Nada por aqui funciona direito. Nesta filial do inferno até os noticiários da televisão aberta retransmitem alguns de seus jornais gravados como se notícias fossem produtos com tempo de validade. Em Porto Velho, sua suja e imunda capital, a situação é muito pior. A cidade não parou no tempo e no espaço como muitos pensam. Ela caminha para trás feito caranguejo. Hoje é um lugar de década de 20 do século passado.
Mas os teimosos funcionários públicos não desistem de reivindicar suas melhoras e o fazem sem pensar nas terríveis consequências. Estão certos, mas não percebem que tendo mais aumentos não sobrará dinheiro nenhum “para o Estado funcionar”. Já pensou se alguns dos deputados da Assembleia Legislativa, saudosos, resolvem de uma hora para outra atacar o erário? Não teria dinheiro para bancar a corrupção nem os desmandos. E sem escândalos, corrupção e roubalheiras passaríamos vergonha diante de outras unidades da federação. Senhores funcionários públicos, desistam por enquanto de suas nobres intenções. Os viadutos precisam ser concluídos, a ponte sobre o Madeira precisa de iluminação e o Espaço Alternativo, onde muitos dos senhores caminham, precisa ser terminado. Não há dinheiro para tanta coisa. Acreditem.
Pelo amor de Deus, senhores grevistas, entendam que o nosso Estado, assim como a Petrobras, o PT e os demais partidos políticos juntamente com o Governo Federal precisam alimentar os corruptos e a corrupção. Sem isso, que notoriedade teríamos no exterior? Como ficaria a nossa imagem lá fora? Os nossos sindicatos, que muito bem nos representam, precisam também entender isto. Seus dirigentes, todos eles homens conscientes, cultos e probos, “quase deuses na terra”, talvez entendam. A situação internacional não é muito boa e por isso sofremos tantos revezes na economia. Senhores, dinheiro não dá em árvores. E depois um funcionário público ganha muito bem aqui. Os senhores sabem quanto recebe um professor, por exemplo? Aumentando seus salários, como contratar os comissionados? Entendam! Juntos e com a colaboração de todos Rondônia será um Estado forte e o Brasil um país mais justo. Muito mais justo.
*É Professor em Porto Velho.
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