Terça-feira, 29 de abril de 2014 - 14h46
Por Itamar Ferreira (*)
Padre Ton se afastou da vida sacerdotal para se dedicar a uma nova missão na vida pública/política. Foi eleito e reeleito prefeito, eleito deputado federal e durante toda esta carreira política nunca houve denúncias de ilícitos ou irregularidades ou tão pouco julgamento na justiça que o condenasse por algum desvio de conduta.
Fez dois mandatos inovadores como prefeito que garantiram sua reeleição e foram decisivos para sua eleição como deputado federal; passando a ter um mandato parlamentar atuante, presente nos municípios de todo Estado, com liberação de importantes emendas, com uma atuação destacada na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos deputados e uma intervenção propositiva nos grandes temas em debate no Congresso Nacional.
A cada matéria que a imprensa pública, os cabos eleitorais de Confúcio Moura, assim como os de Expedito, se esmeram em tentar desqualificar o sacerdote, que está político neste momento, através de ataques pessoais e acusações genéricas, sem apontar qualquer prova de algo que o incrimine. Usam a sua condição de Padre como se fosse algo negativo e não positivo.
Padre Ton usou recentemente uma figura de linguagem ao dizer que "volto a rezar missa, mas vice de Confúcio não serei", para deixar claro que ele abandonaria a missão política e voltaria à missão eclesiástica, se tivesse que ser vice. Ele está disposto a qualquer missão, menos a entrar na barca furada de ser vice de Confúcio Moura.
Por outro lado, no caso dos Confucionitas, fazem loas ao grande gestor estadual, que conseguiu a façanha de levar Rondônia a uma situação pré-falimentar, ultrapassando a Lei de Responsabilidade Fiscal pela primeira vez em mais de uma década. Está mais do que claro que como governador Confúcio é um excelente médico, que melhor servirá à Rondônia atuando na medicina.
É interessante observar que os críticos manifestam uma grande preocupação sobre o que julgam prejudicial para o PT e o Padre Ton, em termos de aliança e estratégia eleitoral, alertando grande zelo para os riscos e ameaças para o projeto petista. Ora, se eles são contra o PT porque toda essa preocupação? Não seria melhor para eles deixarem o PT cometer os supostos erros, que os beneficiariam? Dessas boas intenções o inferno está cheio!
No meio político o que pesa não é a simpatia ou a antipatia pessoal, o que determina as avaliações e, principalmente, as críticas são as perspectivas políticas de cada projeto. A sabedoria popular já ensina que "ninguém bate em cachorro morto" e a Bíblia alerta "Ninguém joga pedra em árvore que não da fruto".
No cenário político atual existem apenas três candidaturas de maior peso na disputa, a primeira do governador Confúcio Moura, com índices de rejeição assustadores que o levou a adiar várias vezes o anúncio oficial de reeleição, coisa que só fez após muita pressão e romaria dos correligionários. O segundo é do ex-senador cassado Expedito Junior, sobre o qual paira um dúvida singular: ele é ficha suja ou "apenas" um ex-ficha suja? Qualquer das respostas não recomendaria ninguém nessa situação para o cargo de governador.
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Entra cena o terceiro nome, de Padre Ton, que no contexto atual começa a preocupar seriamente Confucionistas e Expeditistas, pois transparece que seria um nome com grande potencial de crescimento junto ao eleitorado, cansado de velhas raposas políticas e de envolvidos em corrupção administrativa ou eleitoral. Há outras postulações como o do grupo do senador Ivo Cassol, que poderá fazer aliança com o PT e, também, do P-SOL que já lançou o nome de Pimenta de Rondônia. Não há como fugir destas alternativas políticas.
(*) Itamar Ferreira: filiado e membro do Diretório Estadual do PT-RO, bancário, sindicalista, presidente da CUT-RO, formado em administração de empresas e pós-graduado em metodologia do ensino pela UNIR, acadêmico de direito da FARO e pré-candidato a deputado federal pelo PT.
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