Terça-feira, 27 de janeiro de 2015 - 05h05
Aluizio Vidal,
pastor presbiteriano
e psicólogo clínico
Nas tantas datas que envolvem a formação de nosso Estado e de nossa Capital estamos a comemorar 100 anos dessa cidade tão querida, tão acolhedora e tão cheia de possibilidades, mas também tão explorada, maltratada e esquecida.
Definitivamente temos de mudar nosso olhar sobre nós mesmos. Aqui não é mais cidade dos distantes nem dos aventureiros que aqui vieram para explorar durante um tempo e voltar para seus Estados. Aqui é a nossa cidade, onde nossos filhos nasceram, estudam (portanto, já não precisam mais ir para outras capitais), onde produzimos renda para manutenção de nossas famílias e onde temos espaço para investimentos futuros.
Porto Velho caminha para se tornar um centro de muitíssima importância na reconfiguração que a economia nacional fará, seja por conta da abertura para o Pacífico, seja pelo colapso das fontes naturais nas metrópoles do sudeste ou seja por outros motivos, mas precisa urgentemente fazer o mínimo que se exige de uma Capital.
O governo do Estado tem compromisso e responsabilidade assumida com Porto Velho, e, obviamente, esperamos no mínimo os 200 km de asfalto e as obras de saneamento que até agora não se teve a competência de fazê-lo. A motivação pode ser salvar a administração municipal atual e pavimentar candidaturas futuras, desfazer ou esconder más imagens construídas, não importa. O que importa é que precisamos mudar a “cara” de nossa cidade.
Nunca numa campanha se falou tanto daqui como nessa de 2014. A grande maioria dos candidatos amava Porto Velho, também morava aqui e iria lutar por ela. Essas palavras estão gravadas e serão cobradas. Esperamos ver o Senador e os deputados eleitos virem a público falar durante todo o mandato o que estão efetivamente fazendo por Porto Velho.
A administração municipal precisa explicar o que está acontecendo. Seria interessante mostrar o projeto gráfico da época de campanha e dizer o que está sendo feito, ou mesmo a explicação do porque não está sendo feito. A distância entre prefeitura e sociedade continua sendo inexplicável e gera uma sensação de ausência de liderança profundamente perturbadora.
Por fim, a nós cidadãos e cidadãs, cabe a responsabilidade de sujar menos, limpar mais, dirigir com mais respeito e menos disputa e agir de maneira que não deixemos apenas ao poder público todos os deveres. Exemplos disso são: a Associação Cultural Rio Madeira que lutou pela reforma do prédio histórico da Câmara de Vereadores, o grupo que luta na justiça pela preservação da fachada de 1950 do Cine Resky e o projeto do polivalente Rudnei Prado que propõe manter a imagem de cartão postal do outro lado do Rio Madeira, dando condições para preservar o ambiente, respeitar as leis, facilitar a sobrevivência digna dos moradores, gerar mais um ponto turístico importante e legalizar a inevitável urbanização da margem esquerda de nosso rio.
Enfim, que o governo do Estado seja bem sucedido e prepare sua eleição futura para o que quiser; que o vice-governador prepare e crie suas condições para se eleger governador; que o prefeito crie condições para sua sobrevivência política e reeleição, que os legisladores federais, estaduais e municipais sejam promovidos, que novas lideranças políticas surjam, desde que Porto Velho seja tratada com respeito e carinho, para que não a transformemos num potencial que se tornou uma decepção às gerações que aqui estão nascendo. Construamos, pois, os próximos 100 anos. Parabéns!
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