Domingo, 6 de novembro de 2016 - 05h56
A coordenadora de Qualificação e Relações Acadêmicas da ANDI - Comunicação e Direitos (ex Agência de Notícias dos Direitos da Infância), Suzana Varjão, defendeu mais fiscalização sobre os programas de cunho policial em emissoras de rádio e TV do Brasil. Suzana denuncia que, pelo menos, 21 normas nacionais e internacionais no campo dos direitos humanos são desrespeitadas por essas emissões.
A constatação vem das pesquisas da ANDI, organização que monitora programas esse tipo de programa em diversos municípios do país. “Essas narrativas combatem a democracia, desrespeitam direitos, buscam formar uma mentalidade favorável à barbárie”, observa. Suzana aponta que as violações passam pelo desrespeito à Constituição Federal, que prevê a presunção de inocência. Os programas, explica ela, muitas vezes condenam alguém sem haver julgamento prévio. As violações, indica, chegam à esfera internacional. Suzana cita o Pacto de San José, tratado internacional de direitos humanos firmado em 1969. O Brasil é um de seus signatários.
O que o país precisa, acredita ela, não é de mais leis de regulamentação. Mas de fortalecimento da legislação que já existe. “O Estado tem que fiscalizar a concessão a rádios e TV’s. Existem agências reguladoras na Inglaterra, na França, países em que a comunicação é respeitada”, avalia. No Brasil, Suzana vê o oposto.
Na visão da também jornalista, outra alternativa para o quadro está no ensino superior. “O que se vê muito na universidade é esse debate em separado. A interseção é muito pequena nas universidades”, analisa. Ela se refere à discussão de direitos humanos e a realidade das redações de jornalismo.
Suzana cita que os debates promovidos pela ANDI Brasil adentro como exemplo de iniciativas que precisam ser tomadas para conscientizar a população sobre os direitos humanos. Ela critica os programas policialescos como “não jornalísticos, apesar de se apresentarem como tal”.
Fonte: Estadão / ANDI
Estrada da Penal – o retrato do descaso oficial
A RO – 005, conhecida como Estrada da Penal, é a única via terrestre que dá acesso a milhares de moradores do baixo Madeira, como Vila Calderita, Sã
Do outro lado do poder: Lula sempre defendeu a Anistia
O ano era 1979. Tinha acabado de chegar de Belém do Pará, onde fui estudar e tive os meus primeiros contatos com a imprensa na Revista Observador Am
Consórcio 4UM-Opportunity vai cobrar pedágio na BR-364 sem investir nenhum centavo imediatamente
A BR-364, uma das principais rodovias de Rondônia, está prestes a ser concedida à iniciativa privada pelo prazo de 30 anos. O consórcio 4UM-Opportun
Centrão aproveita fragilidade do governo Lula para exigir mais cargos
A popularidade do governo Lula vem caindo a cada pesquisa de opinião pública. Há quem diga que nunca esteve tão baixa. Muitos são os motivos, entre