Quarta-feira, 25 de setembro de 2024 - 11h58
Era um sábado, por volta das 20h, horário em que os
grupos de whatsapp estão pegando fogo, um colega desses de implicâncias me
perguntou: De onde vem a rejeição da Tourinho, juíza que se aposentou e quer
ser prefeita de Porto Velho? Foi um questionamento legal, mas eu reformulei a
questão: Como está sendo construída essa rejeição? No início da corrida
eleitoral, em julho, o nome da juíza Euma Tourinho passava despercebido, e o
duelo eleitoral se polarizava, novamente na figura do Léo, que após 8 anos
decidiu tentar ser prefeito de PVH (de novo).
Quando a juíza, melhor dizendo a “ex , resolveu dar
uma de Pablo Marçal, no estilo feminino, discreto e leve, nas terras de
Rondônia, a Tourinho começa a ganhar evidências e aparecer nas rodas de
conversas do eleitor. Com uma performance diferenciada, a ex-juíza escolheu um
estilo metralhadora e decidiu atingir o alvo, ou seja, Mariana Carvalho, a
líder nas pesquisas. Nos bastidores, a coordenação da campanha da Tourinho
acredita que para ela chegar ao segundo turno, precisa atingir a primeira
colocada nas pesquisas, diferente de outras capitais como São Paulo e Curitiba
que tem três candidatos empatados. Não deixar Mariana vencer no primeiro round
é o mote da equipe da ex-juíza. Voltando ao meu amigo Antônio do grupo de
whatsapp e seu questionamento... .
A rejeição da candidata do grupo do Confúcio,
Pimentel da Saúde, enfim, desse povo do MDB de Rondônia também começou a
crescer na mesma proporção que sobe. Como nada se apaga em redes sociais, o
povo do lado mais para direita (Mariana Carvalho) e seus satélites, resolveram
ressuscitar imagens e vídeos da Tourinho com o próprio Confúcio Moura,
atualmente a figura política mais odiada de Rondônia e depois com Alexandre de
Moraes, o algoz da direita, justamente em Rondônia, que tem a segunda maior
concentração eleitoral ideologicamente para a direita e principalmente os
conservadores. A construção da rejeição da Tourinho vem da direita e se baseia em
dois aspectos igualmente sustentáveis: O MDB, em Rondônia, acabou por caminhar
com Lula, inclusive a figura mais importante do partido, o senador Confúcio foi
premiado com cargos no governo federal, distribuídos para os seus generais
quando foi governador de Rondônia entre 2011 e 2018. Já o preço a ser pago por
Confúcio; obedecer a todos os comandos de Lula nas votações e polêmicas no
Senado da República, como a mais recente, o impeachment do ministro Alexandre
de Moraes.
A outra rejeição vem do aspecto construído pela
esquerda, dita humanizada, que é a ressurreição de temas polêmicos como a
demarcação de terras indígenas, a descriminalização do posse de drogas,
saidinha de presos, o retorno do DPVAT; enfim temas polêmicos que o senador
Confúcio Moura votou favoravelmente para o Governo Lula e para os partidos de
centro-esquerda, esquerda extrema-esquerda.
A vida politicamente pensando é complexa. A
rejeição de Tourinho não vem dos seus acertos com a estratégia de metralhadora
de Mariana, mas dos erros da figura mais imponente do MDB, o próprio Confúcio.
A ex-juíza, talvez, seja mais para a direita que a própria Mariana, porém a
líder nas pesquisas andará de mãos dadas com Bolsonaro a 10 dias da eleição
pelas ruas de Porto Velho, e Tourinho precisará vencer o mote que está sendo
carimbado nela: A candidata do velho e cansado MDB, do senador Confúcio, de
Alexandre de Moraes, de Simone Tebet, enfim todos literalmente fadados como
esquerdistas e comunistas por Nikolas, Malafaia e Bolsonaros da vida; ou seja, os
bolsonaristas.
A ex-juíza é do tipo que vai persistir até o final,
e vencer a pecha de esquerdista que acabou sendo-lhe rotulada pelo cacique do
seu partido? A batalha da Tourinho, construída pela rejeição do Confúcio, é tão
mais difícil que se apresentar como a candidata capaz de vencer Mariana.
Enfim, na sua força, reside o ponto fraco explorado por seus detratores.
* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.
Victoria Bacon é Jornalista e Professora e reside
em Rondônia desde 2004. Atuou como Colunista, Redatora e Apresentadora nos mais
conceituados e renomados sites e jornais eletrônicos de Porto Velho.
Site: jornalistavictoriabacon.com.br.
Fanpage: @JORNALISTAVICTORIABACON
Silêncio do prefeito eleito Léo Moraes quanto à escolha de nomes para o governo preocupa aliados
O silencio do prefeito eleito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), quanto à escolha de nomes para comporem a sua principal equipe de governo vem se
Zumbi dos Palmares: a farsa negra
Torturador, estuprador e escravagista. São alguns adjetivos que devemos utilizar para se referir ao nome de Zumbi dos Palmares, mito que evoca image
Imagino quão não deve estar sendo difícil para o prefeito eleito Léo Moraes (Podemos) levar adiante seu desejo de não somente mudar a paisagem urban
Aos que me perguntam sobre eventuais integrantes da equipe que vai ajudar o prefeito eleito Léo Moraes a comandar os destinos de Porto Velho, a part