Segunda-feira, 17 de novembro de 2014 - 11h31
A corrupção começa na eleição. Essa é uma verdade que eu tenho repetido muitas vezes durante as campanhas eleitorais e na defesa de uma reforma política ampla e verdadeira. Pois quem coloca dinheiro na campanha eleitoral de determinado candidato, na maioria das vezes, tem interesse em obter alguma vantagem, seja ela política ou financeira. São poucos os patrocinadores de campanha que fazem doações legais e cobram apenas que o candidato trabalhe pelo interesse coletivo, o que é legítimo. O que acontece, com o atual modelo de financiamento de campanha, é que tanto políticos como empresários tentam reaver o dinheiro gasto na eleição assim que assumem o poder.
Esse roteiro é a base do que estamos assistindo agora, nesta nova etapa da operação Lava Jato. Mais uma vez, a Polícia Federal prendeu diretores de diversas empresas, públicas e privadas, envolvidos no desvio de recursos da Petrobras. Altos executivos das maiores financiadoras de campanha foram presos. Corruptos e corruptores e quem operava para eles foram pegos e estão revelando como funcionava um dos maiores esquema de corrupção já descoberto no país. Isso não pode continuar. E o principal freio para barrar esse esquema danoso para o país e para a democracia é uma reforma política ampla e verdadeira. Só assim poderemos enfrentar a corrupção e assegurar a manutenção da democracia brasileira.
O modelo de financiamento que temos hoje, com aporte de recursos da iniciativa privada, tem se mostrado desigual e até hoje não existe norma que dê conta de disciplinar e fiscalizar de forma transparente e eficaz a sua aplicação. Como já disse, esse modelo tem sido a porta de entrada para a corrupção, e precisa ser revisto. Acredito que o financiamento público de campanha seja, em tese, o mais compatível com a democracia representativa, pois proporciona condições para tornar as competições eleitorais mais igualitárias. Por meio do PDT, o meu partido, já apresentei à comissão que trata da reforma política no Senado a proposta do financiamento exclusivamente público de campanhas eleitorais.
Essa é apenas uma das mudanças. A democracia brasileira já esperou muito tempo por essas reformas. Precisamos arregaçar as mangas, processar as ideias e contribuições de todos os setores da sociedade para realizar as mudanças necessárias. Precisamos discutir o fim da reeleição, a fidelidade partidária, a cláusula de barreira, para impedir a proliferação de partidos sem qualquer conteúdo programático, o que eu apoio integralmente.
Senador Acir Gurgacz, líder do PDT
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