Segunda-feira, 15 de abril de 2013 - 09h08
Professor Nazareno*
Fiquei perplexo quando foi anunciada a prisão do ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho. Como seria possível prender o “JK da Amazônia”? Não pode ser, claro que havia engano: Sobrinho foi o melhor prefeito que esta cidade já teve em seus quase cem anos de existência. Ainda bem que tudo não passou de um simples mal entendido que logo foi resolvido pela competência e celeridade da nossa Justiça. Basta olhar a cidade de Porto Velho para perceber o espanto das pessoas com esta ação talvez equivocada. Sua limpeza, seu planejamento urbano, suas limpas e asseadas ruas, a excelente coleta de lixo, a arborização impecável, o transporte urbano de fazer inveja a Londres ou Paris, a regularização fundiária e principalmente a nossa iluminação pública atestam e comprovam que este “eminente líder” foi um administrador que se destacou dentre todos os que ocuparam o Palácio Tancredo Neves. Todos somos prova disto.
O petista é inocente. Culpados somos nós, eleitores e munícipes pagadores de uma das mais altas taxas tributárias do mundo. Culpados somos nós que ficamos calados e não reclamamos nem nunca protestamos contra a corrupção, roubos, desmandos, injustiças, falta de saneamento básico, de saúde pública, de educação de qualidade, mas excesso de violência e outras mazelas sociais. Culpados somos nós por morar numa das piores cidades do mundo e que ostenta hoje um dos menores IDH’s dentre as capitais brasileiras. Somos também culpados por ter contribuído para colocá-lo no poder e também por não ter exigido da Câmara de Vereadores, na gestão passada, que fiscalizasse de fato todas as ações do ex-prefeito. Somos culpados por termos sido cúmplices de Roberto Sobrinho e de sua turma. Além das redes sociais, de que outra forma de protestos participamos ou lideramos contra o nosso ex-administrador?
Roberto Sobrinho é muito importante por tudo o que fez para o povo de Porto Velho. Tão importante que quase chegou a provocar um racha entre o Tribunal de Justiça de Rondônia e o Ministério Público. Que outro cidadão desta cidade e deste Estado conseguiria este feito inédito? Além do mais, Sobrinho quebrou um tabu: mostrou que a nossa Justiça é extremamente rápida e eficaz, já que em menos de 40 horas ele foi preso e teve o seu Habeas Corpus julgado. A nossa Justiça é o máximo, eu sempre acreditei nisto. Uma proeza como esta não é para qualquer um ser humano comum só mesmo para uma personalidade do tamanho e da importância dele. Nossos políticos são todos homens abençoados por Deus e como o país é sério, não há necessidade de punir um líder político só por causa de bobagens. Aqui, nem do sumiço dos 27 milhões de reais se fala mais, afinal esse dinheiro não ajudaria em nada mesmo.
Mas Roberto Sobrinho já é passado. Agora, a discussão é o pastor evangélico Marco Feliciano, Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Um simplório, um bobo da corte, uma espécie de “boi de piranha” e que foi colocado no lugar certo e na hora certa apenas para fazer declarações infantis, absurdas e inconsequentes só para desviar a atenção da opinião pública brasileira com relação aos inúmeros problemas dos políticos ladrões, dos petistas envolvidos no mensalão, que ainda não foram presos e nem punidos, e do próprio Renan Calheiros, Presidente do Senado. Todo mundo sabe disso, mas quase ninguém admite e até aplaude publicamente o religioso de “sábias palavras”. Por isso, é possível que o ex-prefeito de Porto Velho seja também um inocente, um injustiçado. E se há dúvida quanto a isso, é só perguntar a um de seus advogados ou a qualquer militante do PT rondoniense, que terá uma resposta repleta de justificativas convincentes. No Brasil, tudo é possível.
*É Professor em Porto Velho.
Tive acesso, sábado, dia 16 de novembro, a uma cópia do relatório da Polícia Federal, enviado pela Diretoria de Inteligência Policial da Coordenaçã
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