Quinta-feira, 4 de dezembro de 2014 - 22h33
Aluizio Vidal
Pastor Presbiteriano
e Psicólogo Clínico
Um povo padece quando seus líderes o conduz ao abismo e essa é a sensação que se vive no Estado de Rondônia com as novas operações por aqui perpetradas.
São tantas as operações que não compensa citar seus nomes, mas de comum se tem alguns fatos que devem nos levar a sérias reflexões:
1. O Ministério Público de Rondônia é sério? Crê-se que sim, portanto, precisa ser
respeitado e apoiado em suas ações. Quem não acredita nisso que se manifeste e faça as devidas acusações;
2. O que está sendo feito em relação às operações anteriores em nosso Estado? A
população merece e precisa saber o desenvolvimento das investigações para que não fique com a sensação de impunidade ou de que há apenas um grande teatro que não leva a nenhum resultado.
3. O desvio de dinheiro das obras públicas parece ser cada vez mais comum. Como ficam as leis de licitações? Parece que se faz urgente uma revisão e reajustes dessas leis ou um empoderamento cada vez maior dos órgãos de fiscalização.
4. A corrupção está sempre ligada às campanhas políticas? Parece que cada vez fica mais claro que para se ganhar eleição é preciso que se tenha muito dinheiro, muita ligação com o poder e a cara de pau de passar uma imagem de seriedade que não se tem. Portanto, é tempo de se lutar ardentemente por uma reforma política e eleitoral que mude o padrão que se tem hoje, pois esse está fadado a desestimular as pessoas sérias de participarem do processo político e criar um ambiente perfeito para a malandragem que se esconde e usa o mandato para seus desmandos.
Não quero cometer a leviandade de acusar quem ainda não foi julgado, mas quero manifestar a decepção em viver num Estado tão bonito, tão cheio de possibilidades e ficar com vergonha de vê-lo ser sucateado, desrespeitado e exposto ao ridículo na mídia nacional.
Isso tudo pode nos levar ao desânimo de participação no processo eleitoral, à perda de esperança em renovação das lideranças e a um processo de luta pela sobrevivência individual ao invés do serviço à sociedade.
Resta o apoio ao Ministério Público, a torcida pela justiça, a dúvida do que fazer frente a essa situação, a indignação, a frustração e o sentimento de ter sido engando. De novo.
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