Quarta-feira, 10 de setembro de 2014 - 07h30
Tá ruim para os passageiros. Tá ruim para as agências de viagens. Tá ruim para as companhias aéreas E vai ficar pior. Nos últimos quatro anos Porto Velho perdeu metade de seus voos e em outubro perde mais um. As tarifas decolaram e são as mais caras do Brasil. Os voos continuam lotados e final do ano será o colapso. Ah, tem mais uma notícia ruim: promoção só “fanta”.
Se você ainda tem estomago para continuar a ler, vamos lá: Há uns quatro anos quando as obras “dasuzinas” ( royalties para José Carlos Sá) começaram, Porto Velho chegou a ter quase 30 voos. O movimento no aeroporto Jorge Teixeira bombou, mas o dinheiro de tantos pousos e decolagens não ficava aqui. Centenas de empresas de outros estados lotavam os aviões com seus funcionários para as Usinas. E compravam as passagens em seus estados de origem. As agências de viagens de Rondônia não ganharam novos clientes e muitas vezes não conseguiam atender seus clientes pela falta de vagas nos voos.
Há dois anos apareceram as primeiras nuvens negras. Com tantos voos, começaram a sobrar vagas e as empresas aéreas entraram na fase de promoções malucas. Parece que estavam apostando quem quebraria primeiro. Passagem ida e volta para Brasília por R$ 250,00. Só a título de comparação, a passagem de ônibus só de ida para Cuiabá, R$ 150,00.
Aviões lotados e saldo negativo no banco. As empresas aéreas tentaram reduzir custos para manter as tarifas baixas. Não resolveu muito porque a maior despesa é com combustível, cerca de 40%. Tentaram reduzir o custo do ICMS sobre o combustível, que chega a 27%. Alguns estados concederam reduções, como Distrito Federal e Rio de Janeiro (12%).
O Governo de Rondônia bem que tentou reduzir o ICMS, mas foi pelo caminho errado. Mandou uma lei para a Assembleia Legislativa, que aprovou. Mas a redução também depende de uma aprovação pelo Confaz, conselho que reúne todos os secretários de fazendo do Brasil. Resultado é que o Ministério Público ingressou com ação de inconstitucionalidade da lei e a Justiça aceitou.
E, ao contrário dos viadutos, várias frentes de obras das usinas começaram a ser concluídas, reduzindo o número de passageiros. Ai as cia aéreas tiveram uma ideia revolucionária para reduzir custos e aumentar tarifas: Cortaram voos. O nome bonito disso é “adequação da oferta à demanda”.
Cortaram, deceparam, guilhotinaram. De quase 30 voos, hoje são 16. Dia 19 de outubro, as 5.40hs, a Avianca decola pela última vez do aeroporto em direção a Cuiabá, encerrando suas atividades aqui. Quem quiser embarcar neste voo histórico da Avianca vai pagar R$ 1.999,00. Só ida. Pra Cuiabá. E não, eu não errei o valor.
Restam 15 voos, mas só 7 deles são diários. Ficaram a laranjada Gol, a vermelha Tam e a Azul. E o negócio vai ficando preto. Daqui pela frente encontrar vaga em voos, será como encontrar o último dydyo gelado no deserto. E se encontrar será pelo preço de um caminhão de dydyo. Adoro dydyo cola. Coca, tó fora.
Por tudo isso, só esperem promoção “fanta”. E de uva. E sem gelo.
Se você chegou até aqui na leitura e pretende chegar em algum lugar nas férias é melhor começar a investir na manutenção do carro e passar na Igreja para pedir proteção na estrada dos caminhões de soja, vulgo BR 364.
Somos “ponto final de linha”. Temos o ICMS mais caro para o combustível e cada vez menos voos. Ainda assim é possível garimpar um ou outro preço acessível, mas é raro. Lembra do exemplo lá de cima? Porto Velho/Brasília/Porto Velho por R$ 250,00. Hoje, com muita sorte, pesquisa você consegue pagar menos de mil reais. E se comprar com 30 dias de antecipação. Pra voar domingo, dia 07 de setembro e voltar no outro domingo, dia 14, R$ 2.300,00 reais. Vai no dia da independência e volta quebrado. Independência e morte
Para encerrar (até porque o almoço já tá servido), algo tem que ser feito. Na Amazônia, aviação não é luxo. Três empresas aéreas e poucos voos significam preços cartelizados e imorais. Custo de 25% de ICMS sobre o combustível é indecente. Mas eventual redução deve ser condicionada a tarifas razoáveis ou algum tipo de benefício. Como aconteceu no Ceará, onde o ICMS foi reduzido, mas as empresas aéreas foram obrigadas a colocar mais voos, inclusive para trazer turistas estrangeiros para conhecer as maravilhas cearenses. E vários outros estados também reduziram o ICMS e se deram bem.
Pesquise preços, compre com antecedência e procure consultoria de agencia de viagem (recomendo a Voa Brasil que faz mágica para conseguir um preço legal).
E como diz meu amigo Beto Silvestre. Se tudo der certo, estamos ferrados.
Fonte: Alexandre Badra (com informações de Lúcio Moraes)
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