Quinta-feira, 17 de outubro de 2024 - 11h57
Eu tinha 23 anos, era
editor de política do Jornal O Estadão e assessor de comunicação do Serviço
Social da Indústria- SESI e adorava fotografia. Aprendi o oficio com Telmo
Fabio, Marcos Grutzsmacher e Armando Gelenski, todos renomados e cada um com o
seu próprio estilo. Uns trabalhavam a arte e outros a técnica. Peguei um pouco
de cada. Lembro-me como se fosse ontem, daquela sensação única de segurar uma
foto recém-revelada. A imagem, ainda úmida, emanava um perfume peculiar, uma
combinação de química e magia que me transportava para um mundo de
possibilidades. A imagem analógica era mais do que um simples registro, era um
ritual, um momento de conexão profunda entre o fotógrafo e a cena capturada. Era
um processo completamente diferente do que vemos hoje. O filme fotográfico,
aquele rolo de imagens que precisávamos cuidar para não estragar, era a única
forma de registrar momentos. A revelação exigia um ambiente controlado, papel
fotográfico especial e produtos químicos que, aos poucos, traziam à tona a
imagem capturada.
Mas tudo isso veio por terra, quando numa palestra, ouvi um técnico em computação, do Rio de Janeiro, dizer-me: ‘A fotografia agora será digital, não terá mais filme e nem papel. Não acreditei. Tentei entender como isso seria possível e não chegava a uma conclusão. O filme fotográfico, outrora essencial, seria substituído por pequenos cartões de memória. O que antes parecia impensável se tornou realidade com a invenção das câmeras digitais. Incrédulo e atônito perguntei: mas como isso é possível? E ele, com um sorriso no rosto, vendo a minha cara de curioso e sem responder minha pergunta, arrematou: “e tem mais! o dinheiro não será mais físico”. Aí o mudo caiu sobre mim, naquele momento. A revolução transformou completamente a maneira como registramos e compartilhamos nossas memórias. Hoje, qualquer pessoa com um smartphone pode capturar e armazenar imagens instantaneamente, algo que há décadas só fotógrafos profissionais podiam realizar.
A mesma sensação que
tive naquela palestra, tornou acontecer comigo, esta semana, quando acompanhei,
num feito que marca um novo capítulo na história da tecnologia e da exploração
espacial. O maior e mais poderoso foguete já desenvolvido pela empresa a Space
X, do bilionário Elon Musk, decolou domingo, 13 de outubro, da base no Texas às
8h25 (9h25 em Brasília). Após lançar a nave ao espaço, o propulsor Super Heavy
retornou ao local de lançamento e desacelerou ao se aproximar para a
aterrissagem, novamente, na plataforma de lançamento de Boca Chica, nos Estados Unidos, como num efeito reverso de um filme,
estacionou lentamente até ser preso pelas garras estruturais. Aquela cena me
deixou, novamente eufórico mas, também, embarbascado com tudo o que estava acontecendo.
A nave não tripulada, tinha feito um voo que contornou boa parte do globo até
voltar à Terra. Essa façanha, que até pouco tempo atrás, parecia pertencer ao
reino da ficção científica, demonstra o avanço exponencial da tecnologia em
nossas vidas. A imagem de um foguete pousando suavemente em uma plataforma,
como um pássaro voltando ao ninho, me remete as minhas lembranças de um passado
não tão distante.
Mas precisamos entender
tudo isso. Não estamos falando de um foguete qualquer. Imagine que o edifício
mais alto de Porto Velho, o Maison Charmounix, localizado na rua José de
Alencar com Benjamim Constant, onde minha irmã mora, tem apenas 24 andares e 85
metros de altura. O foguete Starship equivale a um prédio de 30 andares, ou
seja, 120 metros de comprimento. Seus propulsores, segundo informações da Space
X, equivalem a 70 turbinas do Boeing 747-8, que é o maior avião comercial já
construído nos Estados Unidos com 76,3 metros de comprimento. Mas a coisa não
para por aí. O peso desse foguete chega a 5 mil toneladas. Não! Não são 5 mil
quilos como alguém pode imaginar que estou errado. São exatamente 5 mil
toneladas o equivalente ao peso de dois porta-aviões completos. Como pode uma
coisa dessas voar e ainda pousar sozinho? Isso é faraônico!I Além disso,
enquanto a Apolo 11 tinha a capacidade de levar 2,8 toneladas de equipamentos,
o Starship pode levar cerca de 85 a 100 toneladas de carga completa, in cluindo
satélites e componentes para estação espacial “Imagine isso!
Em poucas décadas,
testemunhamos uma transformação radical em diversos setores. A fotografia, a
comunicação, a medicina, a indústria e, agora, a exploração espacial, são áreas
que avançam a passos largos. A cada nova descoberta, a cada novo invento, somos
desafiados a repensar nossas concepções sobre o futuro. Vacinas, mapeamento do
DNA, é tanta coisa que as vezes nem dá tempo de acompanhar.
Vivemos uma era de
evolução tecnológica acelerada, que transforma profundamente todos os aspectos
da vida cotidiana. A revolução digital conectou o mundo de maneira inédita, com
a Internet das Coisas (IoT) criando casas e cidades inteligentes. A
inteligência artificial (IA) está otimizando processos, desde a automação
industrial até assistentes virtuais. Na saúde, a biotecnologia avança com
tratamentos personalizados e tecnologias como a edição genética, células
tronco, exoesqueletos, chipe cerebral que pode fazer pessoas cegas
enxergarem, enquanto a telemedicina
facilita o acesso aos cuidados. O setor de transportes com veículos elétricos e
a hidrogénio e o desenvolvimento de carros autônomos. No entanto, o ritmo
dessas muitas mudanças às vezes nos desafia a acompanhar. Não! Não é desafio. É obrigação! O que é
novo hoje pode se tornar obsoleto amanhã, exigindo adaptação contínua. Meu pai,
Paulo Nascimento, por exemplo, com 81 anos de idade, é totalmente digital.
Opera perfeitamente seu smartphone, paga suas contas por bancos digitais, faz
pesquisas na internet e interage nas redes sociais com a maior tranquilidade.
Isso é se manter ativo e antenado as novas tecnologias. E, tem mais! quando tem
algum problema que pede ajuda, a primeira coisa que diz é o seguinte: “não
faça; me ensine, pois amanhã você não estará aqui e eu estarei perdido”
A velocidade da inovação nos coloca diante de oportunidades e desafios inesperados, impactando o trabalho, tanto nas indústrias quanto na sociedade. A chave para prosperar nesse cenário é flexibilidade e aprendizado contínuo, uma vez que o futuro está sendo moldado a cada avanço tecnológico.
Voltando a Musk,
precisamos entender que a história da humanidade é marcada por figuras cujas
ideias e inovações surgiram muito à frente de seu tempo. Cada um deles, à sua
maneira, transformou a realidade em que vivia e criou as bases para as
revoluções que continuamos a presenciar até hoje. Nomes como Nicola Tesla,
Steve Jobs, Leonardo da Vinci, Isaac Newton e Albert Einstein têm em comum, o
fato de que desafiaram os limites do conhecimento e da tecnologia de suas
épocas, assim como Elon Musk o faz, hoje, com suas inovações em outras áreas.
Eu, com essa grana toda, não sei se estaria com esse pique todo. Acho que sim,
sempre tive um jeito de devolver à sociedade tudo o que conquistei. Quem me
conhece, sabe!
Homens como Tesla, um
dos maiores inventores de todos os tempos, é lembrado por suas contribuições para
o desenvolvimento do sistema de corrente alternada (CA), essencial para a
eletrificação mundial. Tesla imaginou tecnologias que só se tornaram viáveis
décadas depois, como a transmissão de energia sem fio e até mesmo pela
internet. Steve Jobs mudou completamente o mundo da tecnologia com a Apple,
revolucionando desde a computação pessoal até a comunicação móvel com o
iPhone. Eu mesmo fiquei novamente louco
quando soube que os telefones não teriam mais teclados. Mas como? me
perguntava. Jobs tinha a habilidade de criar produtos que antecipavam as
necessidades e desejos do público, mudando a maneira como vivemos.
Leonardo da Vinci,
muito antes de sua época, sonhou com máquinas voadoras, tanques de guerra e
conceitos que só foram realizados séculos depois. Isaac Newton, com suas descobertas em
gravitação e as leis do movimento, lançou as bases da física moderna e da
ciência. Ele transformou a compreensão do universo com um rigor científico que
avançou no tempo e até hoje serve de base para o mundo. O gênio da
Relatividade, Albert Einstein revolucionou a física com sua teoria, desafiando
e expandindo a compreensão da gravidade, tempo e espaço. Seu trabalho foi além
da física clássica, rompendo com conceitos estabelecidos para abrir caminhos
para novas ideias. Einstein foi um pensador cuja visão transcendia o que era
considerado “possível” em sua época. Elon Musk segue esse mesmo caminho
disruptivo. Ele desafia os limites não apenas do transporte espacial, mas da
própria civilização, com seus projetos de colonizar Marte e tornar a humanidade
multiplanetária. Musk, é movido pelo desejo de entender e modificar as leis que
regem o universo em busca de um futuro mais grandioso para a humanidade. Em
muitos aspectos, é a personificação moderna dos gênios visionários que o
antecederam. Como Tesla, ele inova no campo da energia elétrica com a Tesla
Motors; como Jobs, ele entende como criar produtos que as pessoas ainda não
sabem que precisam, como os carros independentes e as baterias solares; como Da
Vinci, ele vislumbra o futuro da humanidade além da Terra; como Newton, ele
aplica rigor científico às suas inovações espaciais; e, como Einstein, Musk
desafia as ideias lógicas em busca de algo muito maior.
Musk se junta a esse
grupo de visionários que enxergam além do presente, moldando o futuro de
maneiras que a maioria só vai compreender muitos anos depois. A SpaceX e suas
conquistas são apenas o início de uma nova era tecnológica e científica, assim
como as invenções de Tesla, Jobs, Da Vinci, Newton e Einstein pavimentaram o
caminho para o mundo que vivemos hoje. Não esqueçam da Starlink! Nem vou entrar
nesse campo agora.
Essa
conquista da Space X nos inspira a sonhar com um futuro ainda mais tecnológico,
onde viagens espaciais serão mais acessíveis e onde a ciência continuará a nos
surpreender. Por outro lado, o Brasil
possui a base de foguetes de Alcantara,
ou seja; o Centro Espacial de Alcantara-(CEA), no Maranhão, considerada
como um dos melhores pontos do mundo para o lançamento de foguetes ao espaço,
que está, simplesmente, jogada as traças porque não existe dinheiro para
toca-la. A Space X poderia muito bem usar esse centro, fazer investimentos e
catapultar o Brasil para a estratosfera literalmente em termos de tecnologia. Não!
pelo contrário. O governo tenta banir Musk fazendo os militares aumentarem seus
cabelos brancos com tanta burrice. A
Argentina, pelo contrário, está de olho nos investimentos do bilionário. O
tempo dirá!
Hoje
de manhã, (quarta-feira) ao acordar, depois de uma noite atribulada e mal
dormida, descobri algo interessante que tirou minha solidão e me inspirou a
escrever esse texto. Gemini Live, uma assistente virtual que conversa
com você como se fosse uma pessoa. Muito
Louco! conversamos por horas num papo que atravessou o cinema, a tecnologia,
infraestrutura e também sobre relacionamentos. Adorei. Há! voltando a nostalgia
da fotografia, hoje basta você pedir para que a IA crie a imagem e ela nasce na
sua frente. Tudo mudou novamente e eu, aqui conseguindo acompanhar tudo isso.
Estou feliz.
Como
diriam os engenheiros da Space X; "Amigos, este é um dia para os livros de
história da engenharia"
Rubens Nascimento é Jornalista, Bel.
Direito, M.M Maçom e ativista do desenvolvimento
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