Sábado, 29 de dezembro de 2018 - 08h50
A saga dos pioneiros que chegaram ao coração da Amazônia, incumbidos de instalar toda a estrutura do Poder Judiciário, em meio aos anos 80. O que parece um roteiro hollywoodiano, na verdade retrata com fidedignidade a trajetória da magistratura de Rondônia e, agora, está escrito para sempre nas páginas do livro “Ameron 35 anos: a história da magistratura em Rondônia”. O lançamento aconteceu na quarta-feira (19), no hall do edifício-sede do Tribunal de Justiça de Rondônia, trabalho é fruto de parceria firmada entre a Associação dos Magistrados do Estado de Rondônia (Ameron), Caixa Econômica Federal e Santo Antônio Energia.
Com a presença de magistrados, promotores de justiça, defensores públicos e advogados, a Ameron apresentou a imprensa local a obra inédita que conta com a riqueza de detalhes todo o histórico da Justiça de Rondônia, compreendido entre o fim do século 19 e início do 20. A obra busca os indícios da aplicabilidade da Justiça, nos estados do Mato Grosso e Amazonas, quando da divisão político/administrativa da região só surgirá com a lei que criou os territórios federais. No Brasil, em meados do século 20, no governo Vargas.
“São histórias contadas por aqueles que construíram a ‘história’, detalhes e curiosidades pitorescas que enriquecem o conhecimento não só dos cultores do Direito, como também dos mais apaixonados leitores que buscam a compreensão da sua realidade social. Essa obra é fruto de um trabalho inédito, documentado, relatado e fotografado com maior fidedignidade possível para contextualizar os fatos mais próximos da realidade ao leitor, em um trabalho jornalístico e com a participação de todos os magistrados ativos e inativos”, discursou o presidente da Ameron, desembargador Alexandre Miguel.
Um dos colaboradores do trabalho de investigação e pesquisa histórica para a produção da obra, William Haverly Martins, destaca a importância e o papel do Judiciário desde os tempos mais remotos até a sociedade contemporânea. “O exercício da Justiça foi o primeiro ato civilizatório, sem medo de errar da humanidade. Está no Torá e na Bíblia, no livro dos juízes, está em Salomão – Justiça Salomônica – está nos povos do crescente fértil , se enveredarmos ao criacionismo, está no próprio Deus, ao instalar um Tribunal Celestial Supremo, para julgar os atos de Eva e Adão, no Jardim do Éder. Em qualquer ajuntamento humano, por mais abstrato que seja o conceito, ou por mais esdrúxula que seja a cultura, a justiça e o magistrado estarão sempre presentes, na maioria das vezes, acompanhados de filósofos gregos, juristas romanos, deusas com venda ou sem venda, com balança de vários formatos, com espada posicionada pra cima ou pra baixo, como um valor inerente, uma virtude cardinal, ou simplesmente uma conquista do ser humano, enquanto ser social”, proferiu durante a cerimônia de lançamento.
O livro “Ameron 35 anos: a história da magistratura em Rondônia” estará também disponível pelas plataformas digitais, permitindo o acesso do conteúdo em e-book, baixando pela internet. O material será disponibilizado em breve na página da Ameron na web.
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