Quarta-feira, 3 de julho de 2024 - 14h28
Encurtando
distâncias entre as comunidades ribeirinhas de Porto Velho e a Justiça
Restaurativa, uma equipe de facilitadores do Tribunal de Justiça de Rondônia
(TJRO) embarcou na Operação Justiça Rápida Itinerante, que percorreu o Rio
Madeira entre os dias 19 a 29 de junho de 2024. A intenção foi executar a
segunda fase do projeto Vozes da Floresta nas localidades.
O
Vozes da Floresta é um projeto da Coordenadoria de Justiça Restaurativa do TJRO
e iniciou em 2023 com o mapeamento realizado pela equipe que compõe o Núcleo de
Justiça Restaurativa. O diagnóstico inicial apontou a necessidade de articular
a construção de novas formas de resolução de conflitos e apresentar às
comunidades o grande potencial transformador dos círculos de construção de paz.
Presente
no barco da Justiça, a facilitadora de práticas restaurativas do TJRO Luciana
Martins, explicou que essa segunda etapa do projeto consistiu na realização de
círculos de diálogos para a promoção da paz. Os círculos foram feitos em
escolas municipais, estaduais e na rede de saúde. Envolveu professores e demais
profissionais das escolas, além de lideranças de cada comunidade. A terceira
etapa será a formação de facilitadores locais para às práticas restaurativas,
visando instrumentalizar as comunidades e ampliar a rede de atendimento para
prevenir e solucionar conflitos da região.
“As
atividades aconteceram junto à Justiça Rápida Itinerante, uma vez que o público
alvo é o mesmo. Nosso objetivo foi sensibilizar as comunidades ribeirinhas para
a Justiça Restaurativa e sua metodologia, como, por exemplo, as práticas
circulares, onde reunidos em círculos os facilitadores mobilizam as pessoas a
falarem, refletirem sobre ações necessárias para o desenvolvimento da própria
comunidade, fortalecendo vínculos das pessoas envolvidas. Os efeitos das
práticas circulares não são apenas pontuais, embora tenham efeitos imediatos,
eles reverberam nas vidas das pessoas, continuam a ecoar”, comentou.
O
facilitador do TJRO Roger Bressiani, destacou um exemplo prático de como o
Projeto Vozes da Floresta tem impacto direto no cotidiano dos envolvidos. “No
distrito de Calama fomos a uma escola realizar um círculo de construção de paz
para professores e fomos informados da morte recente de uma aluna. Até aquele
momento, os professores não haviam parado para dialogar sobre o que tinha
acontecido. Durante a prática, eles conseguiram expressar suas emoções, falar
sobre seus sentimentos e compartilhar o que aquela perda significava. Foi uma
experiência impactante tanto para nós, os facilitadores, quanto para a própria
comunidade escolar”, lembrou.
Justiça Restaurativa
A
Justiça Restaurativa é um método alternativo para prevenção e resolução de
conflitos que conta com uma série de técnicas como, o círculo de paz, citado
acima. Na prática, as pessoas falam e se escutam respeitosamente, partilham
valores e dialogam sobre diversos assuntos, passando por temas de
responsabilidade individual e coletiva.
“A
Justiça Restaurativa é benéfica para estreitar relacionamentos, facilitar
tomadas de decisões, fortalecer diálogos, aproximar comunidades. Tem em sua
essência o objetivo maior que é promover e fortalecer uma cultura de paz, o que
converge com a proposta da Justiça Rápida Itinerante”, explicou Roger Bressiani.
O Ministério Público Federal (MPF) propôs ação civil pública, com pedido de liminar, para que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
MPF quer informações sobre a cobertura vacinal em escolas de Rondônia
O Ministério Público Federal (MPF) enviou ofício à Agência de Vigilância Sanitária (Agevisa) pedindo informações sobre a cobertura vacinal infantoju
Atendendo a pedido de ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal condenou o município de São Miguel do Guaporé (RO) a
Contaminação por agrotóxicos, proliferação de animais peçonhentos, crescentes casos de malária e dengue são problemas enfrentados pelos moradores da